O
sétimo álbum de Luciana Mello, Na luz do samba, é dedicado ao pai da
cantora, Jair Rodrigues (1939 -
2014), morto há dois anos. A dedicatória é feita, sobretudo, pelo fato de Jair
sempre ter insistido na ideia de Luciana gravar um disco de sambas. Na luz do samba, como o título já dá a
entender de forma clara, é esse disco.
A
presença de Jair Rodrigues é evocada
logo na primeira das nove músicas do álbum, disponibilizado ontem nas
plataformas digitais. Samba composto em tributo ao cantor pelo irmão de
Luciana, Jair Oliveira, Estrela sorridente joga luz sobre a
alegria esfuziante do pai de Luciana e de Jairzinho.
Entre
inéditas e regravações, Luciana Mello
revive Sou eu (Moacir Santos e Nei
Lopes, 2001), dá voz a samba lançado há 35 anos por Beth Carvalho no álbum Na
fonte (1981), Escasseia (Zé do
Maranhão, Beto sem Braço e Aloísio Machado), e divide com Alcione a interpretação de Somente
sombras, samba composto por Zeca
Pagodinho com Arlindo Cruz e
lançado na voz de Jair Rodrigues em
1987.
A
participação da filha de Luciana, Nina
Levy, em Roda de baiana, fecha o
arco familiar do disco, cujo repertório também inclui sambas como Brasileira guerreira, Clementina e Joia rara.