Dr. Cleiton Andrade é graduado pela UFRN
e Estácio, pós graduando na área de
neurologia pela UFRN, atua como Fisioterapeuta Neurofuncional e Pneumofuncional
no Centro Especializado em Reabilitação
no interior do estado. Desenvolvendo um trabalho clínico e educacional com seus
pacientes diariamente.
PZ: Qual foi sua impressão no início da
Graduação em Fisioterapia?
Iniciei o curso em 2010,
na época, a área já se encontrava em constante ascensão e, nesse mesmo período,
estava eu me surpreendendo com as variadas possibilidades de atuação do
fisioterapeuta; pois, quando pensava na profissão, a primeira área que vinha a
minha cabeça era somente a ortopedia e traumatologia, assim como várias
pessoas.
PZ: O que o fez optar pela profissão de
Fisioterapeuta?
Desde criança, sempre quis
conhecer a mais o corpo humano e as suas variadas funções biológicas e
funcionais. Pensei em medicina, mas logo conheci a fisioterapia e vi como uma
profissão que me possibilitaria estar mais próximo do paciente e acompanhar seu
progresso curativo.
PZ: Qual a sua área de atuação dentro da
Fisioterapia e quais os problemas fisioterapêuticos mais difíceis de tratar na
sua rotina?
Atuo como Fisioterapeuta
Neurofuncional e Pneumofuncional na parte hospitalar e ambulatorial. Cada
paciente se apresenta de forma individual no curso da doença. Na área
neurológica, as deformidades ósseas adquiridas no tempo ainda são um peso.
PZ: Qual sua opinião sobre a
Fisioterapia nos últimos anos, e como o atual modelo de formação profissional
pode influenciar daqui para a frente?
A partir do ano 2000, a
profissão veio crescendo de forma significativa em relação à produção
cientifica e reconhecimento por parte da população. Com isso, vem-se
descobrindo mais e mais formas e recursos fisioterapeuticos capazes de
solucionar problemas, até então, sem solução.
A cada cinco anos, o
conhecimento do homem duplica, assim como as necessidades no processo
saúde-doença vão ganhando formas diferentes. Há de se ter consciência sobre as
necessidades da população e as evidências cientificas da fisioterapia sobre
elas. Com o aumento da oferta do curso, os currículos e abordagens de ensino
divergiram entre as diversas faculdades e universidades, assim como o grau de
exigência com o aluno. Muitas vezes formando alunos despreparados para atuarem
no mercado. Nos próximos anos, aumentarão os profissionais despreparados.
PZ: É possível conciliar o exercício da
clínica com a pesquisa, após graduado?
Sim, porém desgastante e
difícil. Está atuando clinicamente no dia a dia trás a possibilidade de por em
prática todo seu conhecimento adquirido na universidade, e é isso que a maioria
dos profissionais fazem depois de formado.
Abdicar do emprego ou
conciliar com a pesquisa se torna complicado pela dificuldade de tempo e verbas
para a pesquisa, assim como os baixos valores das bolsas oferecidas aos
pesquisadores. Nas universidades, outro empecilho está na necessidade de
vinculo como professor ou aluno de mestrado/doutorado para participar dos estudos.
PZ: O que você mais gosta na sua
profissão? Qual é o melhor retorno que um fisioterapeuta pode ter de um
paciente?
Sem dúvidas, a recuperação
do paciente é emocionante. Vê-lo realizando atividades que antes eram
impossíveis ou dolorosas é gratificante.
PZ: Você tem um blog sobre Fisioterapia,
como podemos acessá-lo e quais os temas mais recorrentes abordados na página?
Através do endereço: cleitonandradefisio.blogspot.com.br
Nele trabalho com temas de
patologias tratáveis pela fisioterapia.
PZ: O que você gostaria de dizer aos
leitores do PontoZzero?
Procure um profissional
que realmente entenda do assunto e tenha zelo pelo seu trabalho. Que mostre
conhecimento e técnicas/recursos satisfatórios no seu tratamento. Não deixe sua
saúde na mão de qualquer um.