quarta-feira, 29 de junho de 2016

Maitê Proença na capa da Rolling Stone Brasil: “Não tenho problema com a nudez”

Depois de sofrimentos indizíveis, experiências psicotrópicas transformadoras e uma vida de facilidades e problemas por causa da intensa exposição, Maitê não tem medo de soar autocentrada ou de causar a ira alheia. Os traumas ela já curou. Agora, o objetivo é outro: se comunicar com o mundo e consigo mesma.

Maitê Proença, a Dionísia da novela da Globo Liberdade, Liberdade, estampa a capa da edição 118/junho da Rolling Stone Brasil, nas bancas a partir desta quarta, 15. A atriz, que já participou de mais de 30 novelas e séries, apresentou programas de TV, fez duas dezenas de filmes, além de escrever e atuar em peças de teatro, completa 37 anos de carreira e, segura de si, se preocupa mais com os próprios pensamentos do que com o julgamento alheio. "Não tenho problema com a nudez. Eu não me lembro de em nenhum momento sair para comprar roupa com a minha mãe. Vivia pelada na praia."

A carreira de Maitê já a levou a diversos lugares inesperados. Quando começou a publicar livros, em 2005, chamou atenção pela eloquência e elogios rasgados que recebeu de mestres da literatura, como Carlos Heitor Cony e Miguel Souza Tavares. “Eu não sou uma pessoa de metas. E vou pra onde dá muita vontade. Se você deixa todo o conjunto de suas percepções, inteligência genética, DNA, isso tudo pensar por você, vai andar mais certo”, teoriza. Representando há décadas o feminino brasileiro, falando francamente, exibindo sem pudor o corpo e demonstrando uma intensa vontade de se ver viva, ela diz que não pensa no passado ou no futuro. "Eu vou andando. E sinto que sou uma pessoa bem diferente hoje do que eu era há cinco anos. Bastante até.

Nesta entrevista, Maitê fala sobre como muda para continuar sendo ela mesma; drogas ("Tomei drogas de expansão de consciência, todas essas coisas. Mas não tomei como as pessoas tomam, duas vezes na vida. Eu tomei três anos, quatro vezes por semana"); fama ("É chato o fato de sempre terem uma expectativa. Você sai na rua e sorri o dia inteiro. Bota uma primeira e vai até 22h da noite no rararará") e mídia ("A gente fazia loucuras. Todo mundo fazia tudo o que queria, tinha uma vida corriqueira e não saía no jornal. Acho que tinha um pudor sobre o que era publicável").