Aos
70 anos, o cineasta Hector Babenco
morreu na última quarta-feira (14) vítima de uma parada cardiorrespiratória. A
morte foi confirmada pela produtora HB
Filmes, responsável pelas principais obras do cineasta. Ainda segundo a
produtora, Babenco morreu às 22h50. “Ele
passou por um procedimento simples. Ontem ele estava bem”, lamentou Denise Winther, que trabalhou como
assistente de Babenco nos últimos cinco anos. O hospital também confirmou a
morte, mas não deu maiores detalhes sobre o quadro de saúde do cineasta.
Radicado
no Brasil, o diretor fez importantes trabalhos para o cinema nacional, como “Pixote – A Lei do Mais Fraco” (1980;
vencedor do Prêmio Leopardo de Prata, no Festival de Locarno), “O Beijo da Mulher-Aranha” (1984;
indicado ao Oscar de melhor diretor) e “Carandiru”
(2003; que faturou o Prêmio Especial do Júri e Público no Festival de Cinema de
Havana).
A
atriz Barbara Paz que era casada
como cineasta desde 2010, postou uma foto com uma declaração de amor ao amado:
“Ser profundamente amado por alguém nos
dá força; amar alguém profundamente nos dá coragem. Lao-Tsé”, escreveu ela.
O
casal havia se separado em janeiro de 2014, mas resolveu retomar o
relacionamento no final do ano, em novembro. “O Hector vai ser um amor infindável na minha vida. Ele nunca vai sair
da minha vida. São pessoas que entram pra nunca mais sair. Ele é uma dessas
pessoas”, disse ela na ocasião.
Devastada
com a morte do companheiro, Bárbara cancelou a apresentação da peça “Gata em Telhado de Zinco Quente”, em
cartaz no CCBB do Rio, durante o fim de semana. Segundo comunicado enviado pela
assessoria do espetáculo na tarde desta quinta-feira (14), a atriz embarcará
para São Paulo, onde o corpo do diretor será velado nesta sexta-feira (15), na
Cinemateca, das 10h às 15h.
Através
das redes sociais, a morte de Babenco foi lamentada por vários famosos. “‘Contento-me em ser uma pessoa não
resolvida(…) acho que das minhas imperfeições, ainda sairão coisas
interessantes’. RIP Hector Babenco”, escreveu Gilberto Gil. “Não tenho nem
o que escrever. Que dia horrível. Tristeza imensa”, acrescentou Paula Braun.