sexta-feira, 29 de janeiro de 2016

Billboard não reconhece platina da Rihanna por não considerar downloads gratuitos de “ANTI”

ANTI” vai gerar muito debate na mídia especializada em indústria fonográfica. O disco novo da Rihanna já está no meio de um impasse. Ele foi certificado como platina nos Estados Unidos pela Associação Americana da Indústria Fonográfica (RIAA), mas esse número – um milhão de cópias – não será reconhecido pela Billboard.

O sistema adotado pela revista e por suas paradas é baseado nos dados da Nielsen Music, que não considera a distribuição de downloads gratuitos. O mesmo aconteceu quando Jay Z lançou o “Magna Carta Holy Grail”, com a distribuição para usuários de um celular Galaxy novo, e também com Miley Cyrus e o disco experimental independente (sem patrocínio).

O que aconteceu com “ANTI” foi o seguinte: Rihanna recebeu um patrocínio de US$ 25 milhões da marca Samsung. A empresa comprou um pacote de um milhão de cópias digitais do oitavo disco da cantora, antes mesmo de estar pronto, e aceitou disponibilizá-las gratuitamente para o público via Tidal. Em 15 horas, houve 1,4 milhão de downloads na plataforma. As pessoas baixaram, mas não compraram. Quem comprou foi a Samsung, de certa forma, garantindo o certificado de platina de antemão.

“Houve conversas com a Billboard no início, quando essa campanha e essa parceria [com a Samsung] começou, mas acabou que tudo se voltou para entregar a música diretamente aos fãs. Todos amaríamos que isso contasse, mas estamos focados aqui que ele é nº1 [independente das paradas]”, diz Grace Kim, diretora de marketing do Tidal.

Esse é um novo modelo. O novo modelo quer saber quantos fãs estão tendo acesso à música. Em breve, todos terão que vir por esse caminho. Nós acreditamos que esse é só o começo sobre [as mudanças] de como vendemos álbuns, como distribuímos para os fãs, como os fãs consomem a música. É apenas uma maneira diferente de pensar”.