“ANTI” vai gerar muito debate na mídia
especializada em indústria fonográfica. O disco novo da Rihanna já está no meio de um impasse. Ele foi certificado como
platina nos Estados Unidos pela Associação
Americana da Indústria Fonográfica (RIAA), mas esse número – um milhão de
cópias – não será reconhecido pela Billboard.
O
sistema adotado pela revista e por suas paradas é baseado nos dados da Nielsen Music, que não considera a
distribuição de downloads gratuitos. O mesmo aconteceu quando Jay Z lançou o “Magna Carta Holy Grail”, com a distribuição para usuários de um
celular Galaxy novo, e também com Miley
Cyrus e o disco experimental independente (sem patrocínio).
O
que aconteceu com “ANTI” foi o
seguinte: Rihanna recebeu um
patrocínio de US$ 25 milhões da marca Samsung. A empresa comprou um pacote de
um milhão de cópias digitais do oitavo disco da cantora, antes mesmo de estar
pronto, e aceitou disponibilizá-las gratuitamente para o público via Tidal. Em 15 horas, houve 1,4 milhão de
downloads na plataforma. As pessoas baixaram, mas não compraram. Quem comprou
foi a Samsung, de certa forma, garantindo o certificado de platina de antemão.
“Houve
conversas com a Billboard no início, quando essa campanha e essa parceria [com
a Samsung] começou, mas acabou que tudo se voltou para entregar a música
diretamente aos fãs. Todos amaríamos que isso contasse, mas estamos focados
aqui que ele é nº1 [independente das paradas]”, diz Grace Kim, diretora de marketing do Tidal.
“Esse é um novo modelo. O novo modelo quer
saber quantos fãs estão tendo acesso à música. Em breve, todos terão que vir
por esse caminho. Nós acreditamos que esse é só o começo sobre [as mudanças] de
como vendemos álbuns, como distribuímos para os fãs, como os fãs consomem a
música. É apenas uma maneira diferente de pensar”.