O
ator Umberto Magnani morreu nesta
quarta-feira (27), aos 75 anos. Ele estava internado, em coma, no Hospital
Vitória, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio. A informação foi confirmada por
Isadora Ferriti, amiga da família.
Ele
passou mal na última segunda-feira, durante as gravações da novela e sofreu um
AVC hemorrágico.
A
assessoria de comunicação da Rede Globo
informou na tarde desta terça-feira que um novo padre, interpretado por Carlos Vereza, assumirá a paróquia de
Grotas do São Francisco na trama.
Magnani
é um dos poucos atores que participam das duas fases da novela das 21h. Na
trama, o religioso é grande conselheiro de Santo (Domingos Montagner). Nos próximos capítulos da história, Romão
incentiva o presidente da cooperativa a lutar pela população de Grotas de São
Francisco. Por conhecer tão bem o filho de Belmiro (Chico Diaz), também desconfia do interesse dele pela volta de
Tereza (Camila Pitanga).
Biografia
Nascido
em 1941 em Santa Cruz do Rio Pardo, no interior paulista, Umberto Magnani havia retornado recentemente à Globo, após dez anos
longe da emissora. Desses, ele passou oito na Record, onde atuou em produções
como “Chamas da Vida” (2008), “Balacobaco” (2012) e a minissérie
bíblica “Milagres de Jesus” (2014).
O
ator iniciou sua carreira na televisão na primeira versão de “Mulheres de Areia”, exibida pela TV
Tupi em 1973. Na Globo, sua estreia veio em 1982, quando participou da série “Caso Verdade”.
Na
emissora, ele atuou em várias produções escritas por Manoel Carlos, como “Felicidade”
(1991), “História de Amor” (1996), “Presença de Anita” (2001) e “Páginas da Vida” (2006). Com Benedito Ruy Barbosa, autor de “Velho Chico”, ele já havia trabalho no
remake de “Cabocla” (2004).
Magnani
também teve uma carreira extensa no teatro, que teve início quando ele
ingressou na Escola de Artes Dramáticas
(EAD), em 1965. Em 1968, ele trabalhou com Ruth Escobar e chegou a substituir Antônio Fagundes no Teatro de Arena, na peça “Primeira Feira Paulista de Opinião”, de Lauro César Muniz.
Nos
anos 1980, o ator recebeu duas vezes o Troféu
Mambembe, por “Lua de Cetim” e “Às Margens do Ipiranga”, e duas o
Prêmio Governador do Estado, também por “Às
Margens do Ipiranga” e “Nossa Cidade”.
Seu último trabalho nos palcos foi a peça “Elza
e Fred”, na qual foi protagonista ao lado de Suely Franco. O espetáculo ficou em cartaz entre 2014 e 2015.
Magnani
também se envolveu com o lado político e administrativo do teatro, tendo
ocupado importantes cargos públicos na área. De 1977 a 1990, ele foi diretor
regional da Fundação Nacional de Artes
Cênicas, do Ministério da Cultura.
Ele também chegou a ser presidente da Comissão de Teatro da Secretaria de
Estado da Cultura de São Paulo, em 1985, e secretário da Cultura e Turismo em
Santa Cruz do Rio Pardo entre 2001 e 2002.