As
mais belas descobertas ocorrem quando as mesmas coisas são vistas com um novo
olhar.
Filme
sensação do último Festival Internacional de Cinema de Toronto no ano passado vencedor
do Oscar, ‘Moonlight: Sob a Luz do Luar‘
é uma pérola que precisa ser descoberta por todos que amam cinema.
Dirigido
pelo cineasta norte americano Barry
Jenkins, com roteiro baseado na peça In
Moonlight Black Boys Look Blue, de Tarell
McCraney, o filme fala sobre a vida de um garoto de origem humilde que
precisa enfrentar os absurdos feitos pela mãe e acreditar nas suas escolhas num
mundo tão insensível em que vivemos.
Vencedor
do Globo de Ouro 2017 na categoria Melhor Filme de Drama, a história acompanha
o jovem Chiron, que passa por três fases em sua vida: na infância, onde
descobre uma amizade com o traficante Juan (Mahershala Ali); Na adolescência, onde descobre sua sexualidade no
encontro com o amigo Kevin; E na fase adulta, onde tenta se redescobrir após
passar dias preso.
Nos
três momentos de vida do protagonista, interpretado pelos ótimos atores Alex R. Hibbert (infância), Ashton Sanders (adolescência) e Trevante Rhodes (fase adulta), sua mãe
o cerca e o coloca em situações desagradáveis muito por conta de seus vícios
incansáveis. Ao longo do tempo, vamos acompanhando o personagem principal, seus
dramas e suas certezas em um mundo cheio de obstáculos em busca da felicidade.
O
filme é uma grande crítica social. O preconceito e a violência andam lado a
lado, paradigmas impostos por um planeta repleto de caos vivendo todo dia com
medos aflorando e com cada vez menos luz no final desse túnel. O protagonista
vive grandes conflitos dentro de si e acaba sendo exposto por conta de toda a
dificuldade que possui com sua mãe, que deveria ser seu primeiro ombro amigo.
O
roteiro é espetacular. A direção também. O elenco é maravilhoso. É muito elogio
mas com toda verdade do mundo. Tudo é bem detalhado e há uma forma de poesia na
maneira como Chiron enxerga o amor. Repleto de amargura dentro de si, o que
acaba mexendo com suas emoções (como vemos na cena da cadeira sendo quebrada),
as boas ações que viu com os próprios olhos acabam influenciando de alguma
forma suas escolhas.
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