quarta-feira, 30 de dezembro de 2015

Interview with... Gabriel Pressão

O potiguar Gabriel Pressão vem cada vez mais ganhando espaço no cenário musical do Nordeste. Com show agendado para janeiro de 2016, o Pressão Prime, em Pipa, o cantor tem passagem por diversas bandas de axé, suingueira e forró, sendo a última delas o Forrozão Traz a Massa.

O que você faz? Qual é sua especialidade musical? Eu canto forró, sertanejo universitário e arrocha, os ritmos do momento!

Você trabalha individualmente ou em grupo? Sendo assim, quem mais são? Atualmente uso meu nome, mas trabalho em grupo. Com banda completa e de vez em quando grupo menor, usando bateria, contrabaixo, sanfona e guitarra, por exemplo.

Algum endereço de internet onde possamos ouvir, ver ou ler algo sobre seu trabalho? Não estava com muito tempo pra colocar meus vídeos na internet, então divulgo mais pelo Whatsapp. No Youtube podem digitar “João de Barro Gabriel Pressão” que tem um vídeo; no Instagram, que é recente, é o @gabrielpressao, e no Facebook tem perfil e fanpage, podem procurar pelo meu nome.

Como você começou a fazer música? Quem o introduziu? Meu pai é o compositor e poeta baiano Fernando de Oliveira, e minha mãe estudou sanfona na juventude. Acho que veio daí... risos.

Qual foi sua formação musical? Estudei violão popular e iniciação à técnica vocal um tempo na UFRN, em projetos de extensão que eles abrem periodicamente. Atualmente estava estudando acordeon com o mestre Zé Hilton e Dênis, e técnica vocal com a professora Thaíse na escola de música de Hilkelia.

Quando você se deu conta de que a música poderia ser um meio de vida para você? Sempre levei a música como hobby, apenas recentemente comecei a pensar em coisa maior e investir na minha imagem. Em Natal essa área está muito difícil, por causa de uma promotora do meio ambiente que odeia música. Mas estamos na batalha por nossos direitos e não vamos desistir.

Como é seu processo criativo? Acho que quem compõe não tem um script... a inspiração pode vir nos momentos mais inusitados. Dormindo, em um barco a caminho de uma pescaria e até no banheiro (risos).

Quando você tem seus momentos mais lúcidos, pela manha ou pela noite? Pela manhã. Apesar da grande maioria dos shows serem à noite, não me considero um bicho noturno. Se não tiver show, costumo dormir cedo.

Você alguma vez acordou com uma melodia fabricada em sonhos? Sim, sempre acontece. O chato é que às vezes não lembramos (risos).

Como você sabe quando uma musica já está bem e não precisa de mais mudanças? Temos que correr o risco, não dá pra saber.

Como você foi descobrindo seu território criativo? Como o descreveria? Ainda estou descobrindo, esse processo não tem fim. Eu desenho desde pequeno, me interesso por pintura, escultura, arte em geral. E música. Tudo está ligado, a arte em si é interligada. Quem gosta de alguma coisa, quase sempre se interessa por outras facetas.

Que parte de seu trabalho é a que você menos gosta? Quando eu ia muito a festas, aos vinte e poucos anos, odiava quando tinha uma festa grande e eu perdia porque tinha show meu, às vezes em local com gente desanimada (risos). Hoje o que mais abomino é a desvalorização da classe musical por parte do poder público aqui em Natal.

Com que frequência você ensaia? Ensaiamos mais pra montar música inédita, ou passar alguma música nova. Poucas vezes por mês.

Como você se sente nos momentos que antecedem a entrada no palco? Cara, eu acho que é a mesma sensação que o jogador de futebol sente ao entrar num estádio lotado ou ao marcar um gol. Não dá pra descrever.

Que músicos ou bandas foram inspiradores em sua carreira? Como eu comecei cantando suingueira, gostava muito do estilo de Xandy do Harmonia, ouvi muita gente boa da Bahia. Aduílio Mendes e Gleydson Gavião, dos Gaviões do Forró, são os forrozeiros que mais admiro. Mas curto também o velho Toca do Vale... ah, esse pessoal sertanejo de hoje é muito fera. Jorge e Mateus, Marcos e Belutti, Henrique e Juliano. E antes de entrar em bandas eu ouvia MPB: Alceu Valença, Geraldo Azevedo... no violão gosto mais de tocar eles.

Três canções chave em sua vida "La Belle de Jour", de Alceu Valença, "Bandolins", de Oswaldo Montenegro e "O amanhã é distante", de Geraldo Azevedo.

Que outras coisas você fez para ganhar a vida? Sou formado em Educação Física pela UFRN, fui personal trainer e professor de EF escolar do município. Também sou consultor imobiliário registrado no conselho e gosto muito da área de vendas.

O que aconselharia a alguém que quer começar na carreira? Siga o conselho de Victor e Léo: Preocupe-se sempre em melhorar seu trabalho, o sucesso será consequência.

Como está sua empolgação pra esse momento de sua carreira? Estou em um bom momento, mas não anseio tanto pelo sucesso quanto ansiava antes. Hoje quero estudar canto e acordeon pra melhorar meu trabalho, e poder estar pronto pro caso de aparecer uma boa oportunidade.

Quem são seus ídolos na música? Jorge e Mateus, Cristiano Araújo, Ivete Sangalo, Aduílio Mendes, Gleydson Gavião

Qual foi o show mais marcante que você foi até agora? Tiveram vários, mas destaco o primeiro que cantei com Gleydson Gavião numa casa de show daqui de Natal.