Wisllene Pinheiro é formada em Serviço
Social pelo Centro Universitário
FACEX – UNIFACEX, atualmente é Analista de Relacionamento na Unimed Natal. Também trabalhou com
outras atividades onde sua maior atuação foi em uma “ONG”, Organizações Não
Governamentais, denominado de terceiro setor da economia, ou seja, entidades
civis sem fins lucrativos que trabalham com atividades relacionadas com os
temas sociais de que se ocupam as políticas públicas (saúde, educação,
segurança pública, habitação, etc), atuando nos projetos sociais, promovendo o
bem – estar físico, psicológico e social.
O Ponto Zzero teve o prazer de
entrevistá-la para saber um pouco sobre sua rotina e profissão.
RN Online: Quantos anos de formada em
Serviço Social?
8 anos de formação.
RN Online: O que você entende como uma
Assistente Social de qualidade?
O Assistente Social
precisa ser capaz de desenvolver uma prática profissional voltada para
realidade em que atua. Ser crítico, centrado, e intervir nas expressões da
questão social. Portanto, um profissional comprometido com os valores e
princípios norteadores do Código de Ética do Assistente Social e que atue tendo
como referência a concepção social e crítica da sociedade, a compreensão das
relações sócio-econômicas, políticas e culturais e uma constante análise da
sociedade contemporânea.
RN Online: Quais os maiores desafios a
serem superados pelos profissionais do Serviço Social?
A profissão de assistente
social surgiu no Brasil na década de 1930. O curso superior de Serviço Social
foi oficializado no país pela lei nº 1889 de 1953. Em 27 de agosto de 1957, a
Lei 3252, juntamente com o Decreto 994 de 15 de maio de 1962, regulamentou a
profissão.
Em virtude das mudanças
ocorridas na sociedade e no seio da categoria, um novo aparato jurídico se fez
necessário para expressar os avanços da profissão e o rompimento com a
perspectiva conservadora. Hoje, a profissão encontra-se regulamentada pela Lei
8662, de 7 de junho de 1993 que legitima o Conselho Federal de Serviço Social e
os Conselhos Regionais. Em seus artigos 4º e 5º, respectivamente, a lei define
competência e atribuições privativas da assistente social.
Segundo Iamamoto,“Um dos
maiores desafios que o assistente social vive no presente é desenvolver sua
capacidade de decifrar a realidade e construir propostas de trabalho criativas
e capazes de preservar, efetivar direitos, a partir de demandas emergentes no
cotidiano.” (Marilda Iamamoto, 1999).
Com os desafios
enfrentados pela realidade social, o Assistente Social precisa ser um
profissional qualificado, capaz de identificar, compreender e analisar essa
realidade para a viabilização, gestão e formulação de políticas públicas ou
empresariais; ter uma postura crítica e também propositiva para que possa
responder, em seu exercício profissional, com ações qualificadas que detecte
tendências e possibilidades impulsionadoras de novas ações, projetos e funções,
rompendo com as atividades rotineiras e burocráticas. E por fim, estar sempre
comprometido com o desafio incansável da consolidação da igualdade de direitos
e da equidade social e contra todas as formas de exclusão social.
RN Online: Deixe uma mensagem para os
estudantes de Serviço Social.
Acredite sempre na
melhoria contínua e no fazer profissional, esse é o segredo para ser feliz em
nossa profissão, os desafios fazem parte do processo, a diferença é você quem
faz.
RN Online: A profissão atende suas
expectativas?
A profissão é linda e
gratificante, no entanto no que se refere ao fazer profissional muitas
vezes nos sentimos frustrados
diante da falta de recursos e
descumprimento por parte dos governantes, o que inviabiliza os projetos e ações
a serem desenvolvidas, deixando a sociedade prejudicada e aumentando o índice
de vulnerabilidade social. Precisamos de um governo comprometido e valente para
fazer valer a igualdade de direitos e Assistência Social conforme Art. 203 e
204 da Constituição Federal.