terça-feira, 6 de dezembro de 2016

Interview with... Wisllene Pinheiro

Wisllene Pinheiro é formada em Serviço Social pelo Centro Universitário FACEX – UNIFACEX, atualmente é Analista de Relacionamento na Unimed Natal. Também trabalhou com outras atividades onde sua maior atuação foi em uma “ONG”, Organizações Não Governamentais, denominado de terceiro setor da economia, ou seja, entidades civis sem fins lucrativos que trabalham com atividades relacionadas com os temas sociais de que se ocupam as políticas públicas (saúde, educação, segurança pública, habitação, etc), atuando nos projetos sociais, promovendo o bem – estar físico, psicológico e social.

O Ponto Zzero teve o prazer de entrevistá-la para saber um pouco sobre sua rotina e profissão.


RN Online: Quantos anos de formada em Serviço Social?
8 anos de formação.

RN Online: O que você entende como uma Assistente Social de qualidade?
O Assistente Social precisa ser capaz de desenvolver uma prática profissional voltada para realidade em que atua. Ser crítico, centrado, e intervir nas expressões da questão social. Portanto, um profissional comprometido com os valores e princípios norteadores do Código de Ética do Assistente Social e que atue tendo como referência a concepção social e crítica da sociedade, a compreensão das relações sócio-econômicas, políticas e culturais e uma constante análise da sociedade contemporânea.

RN Online: Quais os maiores desafios a serem superados pelos profissionais do Serviço Social?
A profissão de assistente social surgiu no Brasil na década de 1930. O curso superior de Serviço Social foi oficializado no país pela lei nº 1889 de 1953. Em 27 de agosto de 1957, a Lei 3252, juntamente com o Decreto 994 de 15 de maio de 1962, regulamentou a profissão.

Em virtude das mudanças ocorridas na sociedade e no seio da categoria, um novo aparato jurídico se fez necessário para expressar os avanços da profissão e o rompimento com a perspectiva conservadora. Hoje, a profissão encontra-se regulamentada pela Lei 8662, de 7 de junho de 1993 que legitima o Conselho Federal de Serviço Social e os Conselhos Regionais. Em seus artigos 4º e 5º, respectivamente, a lei define competência e atribuições privativas da assistente social.

Segundo Iamamoto,“Um dos maiores desafios que o assistente social vive no presente é desenvolver sua capacidade de decifrar a realidade e construir propostas de trabalho criativas e capazes de preservar, efetivar direitos, a partir de demandas emergentes no cotidiano.” (Marilda Iamamoto, 1999).

Com os desafios enfrentados pela realidade social, o Assistente Social precisa ser um profissional qualificado, capaz de identificar, compreender e analisar essa realidade para a viabilização, gestão e formulação de políticas públicas ou empresariais; ter uma postura crítica e também propositiva para que possa responder, em seu exercício profissional, com ações qualificadas que detecte tendências e possibilidades impulsionadoras de novas ações, projetos e funções, rompendo com as atividades rotineiras e burocráticas. E por fim, estar sempre comprometido com o desafio incansável da consolidação da igualdade de direitos e da equidade social e contra todas as formas de exclusão social.

RN Online: Deixe uma mensagem para os estudantes de Serviço Social.
Acredite sempre na melhoria contínua e no fazer profissional, esse é o segredo para ser feliz em nossa profissão, os desafios fazem parte do processo, a diferença é você quem faz.

RN Online: A profissão atende suas expectativas?
A profissão é linda e gratificante, no entanto no que se refere ao fazer profissional muitas vezes  nos sentimos frustrados diante  da falta de recursos e descumprimento por parte dos governantes, o que inviabiliza os projetos e ações a serem desenvolvidas, deixando a sociedade prejudicada e aumentando o índice de vulnerabilidade social. Precisamos de um governo comprometido e valente para fazer valer a igualdade de direitos e Assistência Social conforme Art. 203 e 204 da Constituição Federal.