Eu já tinha tentado ver Para Maiores nos cinemas, mas por problemas técnicos (o
som não funcionou), eu acabei vendo outro filme na épóca. Felizmente, comprei
uma cópia e pude vê-lo na tranquilidade de meu quarto, coisa que muita gente
não suportou, já que se trata mesmo de um filme feito para insultar quem não
aguenta grosseria.
Humor grosseiro é o que não falta no longa, que se compõe
de vários pequenos curtas dirigidos por vários cineastas, entre eles, Peter Farrelly (Quem
Vai Ficar com Mary?, 1998), uma das principais mentes
diabólicas por trás desse filme que conseguiu trazer um super-elenco de astros
e estrelas de Hollywood. Além de Farrelly, outros nomes conhecidos entre os
diretores está James Gunn (de Super,
2010), a atriz Elizabeth Banks, que
participa de um dos melhores segmentos, Brett
Ratner (de X-Men
– O Confronto Final, 2006), Griffin Dunne (de Da
Magia à Sedução, 1998), entre outros.
O super-elenco que
aparece no cartaz horrível tem Kate
Winslet, Naomi Watts, Elizabeth Banks, Emma Stone, Gerard Butler,
Chloë Grace Moretz, Hugh Jackman, Anna Faris, Kristen Bell,
Halle Berry, Richard Gere,
Christopher Mintz-Plasse, Uma Thurman,
Justin Long, Jason Sudeikis, Kate Bosworth, Seann William Scott, Liev Schreiber, Kieran Culkin, Terrence
Howard, Johnny Knoxville, Tony Shalhoub, Chris
Pratt, entre outros rostos que podem ser reconhecidos. Conta-se que o
elenco fugiu em peso da pré-estreia do filme nos Estados Unidos.
Mas o que há de mais neste Para Maiores?
Como é um filme em segmentos, eles arrumaram uma historinha para juntar as
partes soltas. Uma historinha bem boba, mas que até que funciona razoavelmente
bem. O primeiro segmento conta com Kate Winslet e Hugh Jackman em um primeiro
encontro. O que ela não sabia é que ele tem testículos em seu pescoço. E o
filme explora bastante o fato, chegando a ser bem engraçado no final. Também se
destaca o segmento com a Halle Berry, que não por coincidência também é sobre
um encontro amoroso. Mostra até que ponto o jogo “verdade ou consequência” pode
chegar.
Outro destaque do
filme é a história dos garotos que ficam totalmente desesperados quando a
garota vivida por Chloë Grace Moretz tem sua primeira menstruação na casa
deles, enquanto espera o seu pai. Difícil não rir da situação e mesmo da
interpretação dos garotos, digna de aplausos. Mais um momento memorável do
filme: Anna Faris confessa que quer que seu namorado faça cocô nela. O cara,
ajudado por um dos amigos, se esforça para dar o seu melhor. O resultado é
impagável.
Como é natural, alguns segmentos são bem mais fracos que
os outros. O que mostra o Batman (Jason Sudeikis) zoando do Robin (Justin Long)
num desses encontros rápidos (speed dating) que aparecem em filmes e séries
estadunidenses até tem os seus bons momentos, mas não chega a ser realmente
bom. Destacaria, finalmente, o último, pós-créditos, com Elizabeth Banks às
voltas com um gato (em desenho animado) muito do sacana (pode ampliar o máximo
possível esse adjetivo).
E por mais que o
número de pessoas que saia reclamando do filme seja enorme, como pude comprovar
ao final da sessão, há que se dar o crédito à coragem de seus realizadores. No
fim das contas, o saldo é mais positivo do que negativo. Isto é, se você não se
sentir ofendido ou achar que humor escatológico, quando feito com criatividade,
é algo a ser totalmente descartado.
NOTA FINAL
★★★
★★★