Preta Gil lançou nesta quinta-feira (9) o lindo clipe de “Vá Se Benzer”, parceria com Gal Costa, sua madrinha de batismo na
vida real.
A
cantora lançou o clipe durante o “Encontro
com Fátima Bernardes”, nesta manhã, e definiu o projeto como um clipe-manifesto:
“Essa música chegou para mim com força.
Eu não tô falando de mim. Eu tô falando de muita gente. Tô falando sobre a
gente poder tomar conta da sua própria vida; da gente evoluir como seres
humanos, da gente se espiritualizar, independente da religião que a gente
tenha, pra que a gente possa emanar coisas boas pro mundo”.
Assista
ao clipe de “Vá Se Benzer” abaixo:
Ao
publicar o clipe no YouTube, Preta Gil
ainda deixou um texto manifesto contra o preconceito:
“Vá Se Benzer!
Sou eu, diz aí quem é você entre os 7.6
bilhões dessa terra?
Quem somos na fila do pão, do “inferno”
ou “céu” desse nosso existir?
Quem sobreviverá à era do ódio
apocalíptico? Ao tempo bipolar em um mundo partido por partidos, lados da mesma
moeda.
Quem está livre dos “likes” e “dislikes”?
Dos “gostos” e “desgostos” de convivermos na rede virtual da sociedade?
Sou preto e você azul? Sou homo e você
hétero? Sou gordo e você magro? Sou Shalom e você Saravá? Sou isso e você
aquilo? O que importa? Que diferença a diferença fará em um mundo finito de
infinitos mortais?
No final, iremos todos para um mesmo
buraco, alguns cremados quando o dia chegar, outros queimados vivos pelos seus
“iguais”.
Esquecemos de respirar o ar do viver em
paz e viciados na guerra, praticamos sem culpa o esporte de julgar.
Seu Deus é melhor que o meu? E quem não
tem um pra chamar de seu? Merece respirar o mesmo ar?
Quem te ensinou a julgar não tinha
defeitos? Seus medos são maiores que seus preconceitos? Você tem moral para
opinar sobre a moral do outro?
Quem é caça e caçador na selva? Mocinho
ou bandido no “bang bang”? Está livre do mosquito ou da bala perdida?
Hipócritas apontam o dedo aos gordos,
índios, albinos, coxos, pequenos, negros, ricos, pobres, cafonas… A todos que
sirvam de alvo aos pescadores do ódio nas redes virtuais, nas rodas virulentas
e virais dos odiosos de plantão.
Ninguém é santo e está livre desse
pecado. Quem nunca apontou o dedo?
Tem alguém perfeito aqui? Tem alguém
acima do bem e do mal?
Alguém encontrou a felicidade ou a
satisfação? Conta aí, compartilha.
E amar, alguém já sabe conjugar? Ainda
há tempo?!
Ainda nos resta o dia de hoje, talvez o
segundo seguinte, o presente, esse aqui e agora.
Seu tempo, meu tempo, seu direito, meu
direito. Su casa mi casa.
Paremos de julgar, de jogar pedra, de
gastar a vida fazendo com o outro o que não quer sentir na pele.
Respeito é bom e você gosta, eu gosto.
O último a sair do jogo de acusações do
homem contra o homem, acende a luz.
A luz da vida para amar e ser livre,
para ser quem você é e fazer sua parte.
Tome conta da sua vida, deixe o outro
pagar as próprias contas e pecados.
Crédulo ou não, ninguém é santo nesse
templo da imperfeição.
Se não acreditar em nada disso, basta
aceitar ser H-U-M-A-N-O, mano(a).
Humano na espécie, humano no propósito
de fazer e querer ser feliz.
Pensa no outro além de si.
Estamos juntos sob a lei da ação e
reação, seja “fake”, “hater”, beato ou pagão.
Fazer o bem, que mal tem?
Fazer o mal, que bem faz?
Diga aí, quem é você?
Vá Se Benzer!”
O
álbum “Todas as Cores” da Preta Gil, que conta com parcerias com Pabllo Vittar e Marília Mendonça já está disponível para audição nas plataformas de
streaming.
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