Conquistando
cada vez mais novos espaços, Pabllo
Vittar é a capa da nova edição de revista Contigo! com uma reportagem intitulada “Quem é este fenômeno?”. Na matéria, a drag queen trata de vários
temas de maneira simples, para compreensão ampla de um público que não é
necessariamente o nicho LGBTQ. Ela é, de fato, mainstream.
Chamá-la
de a Pabllo ou o Pabllo, por exemplo, não é um problema – como muitos
recriminam nas redes sociais. “Artigo
para definir pessoas é tipo marcar boi, sabe? A gente é livre para ser o que
quiser e eu sou ‘o’ ou ‘a’. Não será uma letra que definirá meu gênero ou quem
eu sou”, diz. Nem sempre Pabllo foi confiante assim. “Sempre percebi que não pertencia aos padrões e às normas impostas pela
sociedade. No começo, sofria muito por ser diferente. No Ensino Fundamental,
tinha um menino que era muito chato e, desde o primeiro dia de aula, tirava
sarro de mim por causa do meu jeito afeminado. Um dia, estava na fila do
refeitório com duas amigas e ele virou uma sopa na gente”.
Na
família, ela contou com um ambiente tolerante. O pai abandonou sua mãe grávida
e só reapareceu agora ao vê-la na TV. Pabllo não quer contato com ele. Mas a
mãe sempre soube, desde criança, sobre sua sexualidade. E mais: Pabllo tem uma
irmã gêmea, também homossexual. “Quando
criança, falavam que a gente nasceu com o sexo trocado. Mas discordo. Viemos
bem certinhos mesmo, cada um em seu corpo e personalidade. Deus não erra nunca
e somos provas disso”, fala.
Sobre
esse papo de tratamento psicológico para “cura
gay”, Pabllo tem um discurso esclarecedor: “este é um retrocesso inaceitável. Ler sobre isso… Parece que estou
lendo algo de muitos anos atrás. Precisamos de medidas que auxiliem famílias e
pessoas LGBTs a entenderem que a sua identidade sexual não é questionável,
muito menos algo errado ou uma doença. O que precisamos é de ações de
conscientização da população e não tratar isso como uma doença”. Segundo a
drag, é importante deixar claro que a sexualidade não é uma decisão e sim a
identidade sexual. “Nós, LGBTs, não
decidimos a nossa sexualidade, nascemos assim”.
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