Estreou mundialmente no dia 15 de maio de 2014 um
novo filme de Godzilla,
com nova roupagem pela Warner Bros e Legendary Pictures e direção de Gareth Edwards (Monstros, 2010).
Conferi o filme meses depois de sua passagem pelas
telonas. Há exatamente dois dias. Tentarei não soltar spoilers, caso escape me
desculpem. Como o estúdio também era americano, tal qual e versão de 1998,
o receio de que a mitologia do cultuado lagartão de 100 metros de altura fosse
novamente jogada no lixo.
RECUPERANDO UMA FRANQUIA DE SUCESSO
Como dito antes, o fato do filme de 1998 ter sido
um enorme fracasso nas telas e na recepção da crítica, a confiança em cima de
um novo longa com Godzilla estava
ameaçada. Poucos realmente sabiam o que esperar de um novo filme. Tudo sofreu
uma certa resistência, desde a direção até a equipe de produção escolhida pela
Warner. Bem, o resultado parece ter confirmado que Godzilla ainda pode e deve fazer muito barulho nos cinemas nos
próximos anos.
Com um orçamento estrondoso (cerca de 160 milhões
de dólares) o filme conseguiu se pagar logo no primeiro fim de semana da
estreia mundial. Só nos Estados Unidos o longa conquistou quase 100 milhões e
desbancou a estreia de filmes como Capitão
América 2, um feito inimaginável até então. No Japão, lar do gigante
monstruoso, a recepção também foi calorosa. O sucesso foi o suficiente para
confirmar uma continuação para o filme, ainda sem data programada.
O PAPEL DO SER HUMANO EM GODZILLA
Começando no ano de 1999 temos a abordagem de temas
atuais, como o medo de desastres em usinas nucleares, principalmente para os
japoneses nestes tempos pós-Fukushima; a fúria da natureza contra os humanos,
que pensam que podem controlá-la; e o surgimento de criaturas predadoras para a
civilização humana, como é largamente explorada em diversas mídias. Também é
interessante notar que fizeram uma ligação interessante com o filme original
japonês.
Godzilla não é o único monstro a aparecer na tela grande,
temos a presença de outros monstros gigantes que já estiveram nos filmes
japoneses, os humanos estão presentes nessa batalha de gigantes como
espectadores de um desastre que eles mesmos colaboraram para que
acontecesse. Os atores Bryan
Cranston (Breaking Bad), Aaron Taylor-Johnson (Kick-Ass) e Elizabeth Olsen (Old Boy)
retratam muito bem o papel da humanidade de determinação, desespero, luta e fé
de que existe uma solução frente a tamanho desastre ocorrendo em um mundo que
está “andando muito bem”.
Aqui fica uma nota que muitas pessoas que
assistiram o filme sentiram que a participação do lado “humano” da trama acabou
sendo cansativa e ofuscando a grande expectativa que se criava com o monstro em
si. Em partes não deixa de ser verdade. Realmente você quer mais monstros em
tela. Mesmo assim a participação do elenco é essencial para a criação de toda a
ambientação da trama e do desenvolvimento do filme como um todo.
A INCAPACIDADE HUMANA
Gosto de pensar que Godzilla retrata bem como a humanidade é tola ao se considerar os
grandes senhores do planeta e controladores de tudo ao mostrar a impotência da
humanidade frente a ameaças maiores.
Em muitos filmes, principalmente americanos, a
grande solução americana para resolver os problemas são bombas nucleares, mas e
quando a ameaça foi originada dos diversos experimentos nucleares essa solução
será realmente eficaz? Humanos não possuem Jaeger, tal qual em Pacific Rim, e nem tempo hábil para
criar algo semelhante só que em tamanho consideravelmente maior. Assista e
descubra qual foi a aposta da humanidade, dica: o poder é muito legal.
NOTA FINAL
★★★★
★★★★