terça-feira, 23 de setembro de 2014

O que achamos de... ‘Godzilla’


Estreou mundialmente no dia 15 de maio de 2014 um novo filme de Godzilla, com nova roupagem pela Warner Bros e Legendary Pictures e direção de Gareth Edwards (Monstros, 2010).

Conferi o filme meses depois de sua passagem pelas telonas. Há exatamente dois dias. Tentarei não soltar spoilers, caso escape me desculpem. Como o estúdio também era americano, tal qual e versão de 1998, o receio de que a mitologia do cultuado lagartão de 100 metros de altura fosse novamente jogada no lixo. 

RECUPERANDO UMA FRANQUIA DE SUCESSO
Como dito antes, o fato do filme de 1998 ter sido um enorme fracasso nas telas e na recepção da crítica, a confiança em cima de um novo longa com Godzilla estava ameaçada. Poucos realmente sabiam o que esperar de um novo filme. Tudo sofreu uma certa resistência, desde a direção até a equipe de produção escolhida pela Warner. Bem, o resultado parece ter confirmado que Godzilla ainda pode e deve fazer muito barulho nos cinemas nos próximos anos.

Com um orçamento estrondoso (cerca de 160 milhões de dólares) o filme conseguiu se pagar logo no primeiro fim de semana da estreia mundial. Só nos Estados Unidos o longa conquistou quase 100 milhões e desbancou a estreia de filmes como Capitão América 2, um feito inimaginável até então. No Japão, lar do gigante monstruoso, a recepção também foi calorosa. O sucesso foi o suficiente para confirmar uma continuação para o filme, ainda sem data programada.


O PAPEL DO SER HUMANO EM GODZILLA
Começando no ano de 1999 temos a abordagem de temas atuais, como o medo de desastres em usinas nucleares, principalmente para os japoneses nestes tempos pós-Fukushima; a fúria da natureza contra os humanos, que pensam que podem controlá-la; e o surgimento de criaturas predadoras para a civilização humana, como é largamente explorada em diversas mídias. Também é interessante notar que fizeram uma ligação interessante com o filme original japonês.

Godzilla não é o único monstro a aparecer na tela grande, temos a presença de outros monstros gigantes que já estiveram nos filmes japoneses, os humanos estão presentes nessa batalha de gigantes como espectadores de um desastre que eles mesmos colaboraram para que acontecesse. Os atores Bryan Cranston (Breaking Bad), Aaron Taylor-Johnson (Kick-Ass) e Elizabeth Olsen (Old Boy) retratam muito bem o papel da humanidade de determinação, desespero, luta e fé de que existe uma solução frente a tamanho desastre ocorrendo em um mundo que está “andando muito bem”.

Aqui fica uma nota que muitas pessoas que assistiram o filme sentiram que a participação do lado “humano” da trama acabou sendo cansativa e ofuscando a grande expectativa que se criava com o monstro em si. Em partes não deixa de ser verdade. Realmente você quer mais monstros em tela. Mesmo assim a participação do elenco é essencial para a criação de toda a ambientação da trama e do desenvolvimento do filme como um todo.

A INCAPACIDADE HUMANA
Gosto de pensar que Godzilla retrata bem como a humanidade é tola ao se considerar os grandes senhores do planeta e controladores de tudo ao mostrar a impotência da humanidade frente a ameaças maiores.

Em muitos filmes, principalmente americanos, a grande solução americana para resolver os problemas são bombas nucleares, mas e quando a ameaça foi originada dos diversos experimentos nucleares essa solução será realmente eficaz? Humanos não possuem Jaeger, tal qual em Pacific Rim, e nem tempo hábil para criar algo semelhante só que em tamanho consideravelmente maior. Assista e descubra qual foi a aposta da humanidade, dica: o poder é muito legal.



NOTA FINAL
★★★