terça-feira, 12 de março de 2013

Top 10 – “Meus Heróis Morreram de Overdose”



Bom dia, meu poooovo!

Olhe aqui eu voltando, depois de um longo inverno.

Well, semana passada, hein, só “desgraça”, hein? Morte de Chorão, morte de Chávez, morte do meu orçamento para esse mês... o BRASEEEEL NÃO TÁ PREPARADO, MÉLDÉLS!

A morte do Chávez e do meu orçamento nem tanto, mas a do Chorão me deu a ideia do post de hoje: uma playlist macabra, de pessoas que morreram de overdose. Tudo bem que sexo e drogas sempre são vendidas junto com a ideia do rock e da rebeldia, porém montar essa lista me deu uma noção mais real de como elas (as drogas) acabaram, de uma maneira tão trágica e prematura, com vidas tão brilhantes. Só ver que a maioria aí morreu antes dos 40 (Sid Vicious, do Sex Pistols, então, nem se fala: tinha 21 ANOS!!! VENTCHE E UM, #minhagentequéquéisso... Morto, rico e bem novinho... e ainda tem aquele seleto clubinho dos 27... eu, hein, quero distância dali! rs). Enfim, chega de papo moralista, até porque eu passaria anos e anos dando sermão na galere (e também porque grande parte da obra musical deles depende do vício e dos momentos de viagem).


Vamos lá, top 10 músicas de artistas que morreram de overdose (músicas em ordem aleatória):


1.        Charlie Brown Jr. – O côro vai comê!: começando prestigiando o rock nacional, com a sua morte mais recente, essa música é, talvez, uma das mais famosas do Charlie Brown. Como todos sabem, Chorão foi encontrado mortão da silva no seu (bem detonado, lascado e destruído) AP. No local, saquinhos brancos achados no chão que, certamente, não eram farinha, aveia quacker ou fermento.


2.        Nirvana – Aneurysm: nossa, foi muito difícil escolher só UMA música do Nirvana, mas Aneurysm, dizem, tem uma relação umbilical com as drogas, então é a eleita (além de que eu LOVIS essa música). Kurt, versão oficial, se suicidou. Ao lado, uma ruma de remédio e umas seringazinhas de heroína. Dizem que ele ficou muito loks, deprê, e deu um tiro na cabeça com uma espingarda. Isso é uma pena porque, além de todo o resto, Kurt era lindo!! Até hoje, vendo as fotos dele, eu não entendo como é que um cara tão mal cuidado era tão bonito. Contraria todas as expectativas gente!!


3.       Led Zeppelin – Rock’n Roll: o morto da vez é o baterista John Bonhan, que não eeeera muuuito rebelde, em relação a alguns da lista. Só sei que o cara encheu tanto a cara (tomou 40 doses de vodka), que morreu asfixiado no próprio vômito. Tenso. Rock’n roll, a música, foi escolhida porque, enfim, ela é autoexplicativa, tem muito esse clima de rebeldia (mais de rebeldia, menos de drogas... mas tá tudo junto mesmo, então, c’est l avie).


4.       Jimi Hendrix - All Along The Watchtower: All along the watchtower só tá aqui porque foi tocada pelo U2 ;) (tou de brinks, a versão de Jimi é assa também). Ele também foi encontrado nadando no vômito e foi porque ele passou a nite na baladz, curtxindo uma festa. Ele tinha tanto vinho, MAS TANTO VINHO, que os PULMÕES estavam cheios. Dizem que ele foi forçado a beber. Também levantaram a hipótese de suicídio. Mas o fato é que a morte dele, do que aconteceu mesmo, é um dos grandes mistérios da história da música. Jimi também integra o macabro grupo dos 27.


5.        Elis Regina – Prá dizer adeus: yes, nós temos rebeldes! Olhae, o Brasil aparecendo de novo. E com uma perda inestimável: Elis Regina e sua voz linda e poderosa (Maria Rita chega nem aos pés) morreu de uma overdose de cocaína e álcool. Sua maior rebeldia era ser uma entusiasta da democracia nos anos de chumbo, pois, apesar de ousada e atrevida, ela não chegou a ser espalhafatosa. Ocupa seu lugar de direito na nossa seleta listinha.


6.        Whitney HoustonI will always love you: pra Whitney, não podia haver outra música (aliás, ALGUÉM CONHECE OUTRA MÚSICA DELA?!?!?). Outra perda recente da história da música, nem tão rock’n roll e tal, mas muito glam: cheirou umas e se afogou na banheira.


7.        Janis Joplin – It ain’t me, babe: méldéls, a mulherada também tem seus momentos! Janis, linda, sweet, morreu, também, aos 27 anos (êta, grupo maledeto, só leva gente boa!). It ain’t me, babe foi escolhida pela conjunção de fatores dela: a música, originalmente, é de Bob Dylan, mas Janis regravou e ficou muito legal (mais lenta e psicodélica), assim como Johnny Cash (que aparecerá de novo na lista!!), que cantou com June Carter e deu uma pegada folk nela. Enfim, em qualquer versão, vale a pena ouvir!


8.        The DoorsLight my fire: quando penso no The Doors, não tenho para onde corer: começa a tocar aquele pianinho do começo e me vem o verso “c’mon, babe, light my fire”. Abrindo os três últimos da lista, mais um lindo e mais um morto aos 27. Jim Morrison, mesmo preso, era lindo (#snif). Na sua morte, teoria da conspiração (ventila que o governo americano – sempre ele – esteja envolvido) e drogas, claro, apesar do laudo oficial ter saído como infarto. Uma curiosidade (PARA MULHERES): dizem que quem for ao túmulo dele, em Paris, e passar a mão naquele local de uma estátua dele que lá está, fica grávida!! #Corre,Gente. Isso foi tão difundido que o saco da estátua ficou “desbotado”!


9.        Sex Pistols - Sex on 45: apesar de ter muito Sex na linha, os caras gostavam mesmo de anarquia (e sexo e drogas e roquenroll!). Sid Vicious, baixista e cantor da banda (outra gracinha), nem esperou chegar aos 27 (help), morrendo aos 21 (HELP!). A sua história inclui: uma mãe muito loks também (dizem que a heroína que ele injetou foi roubada dela...good boy!) e um amor punk post-modern com Nancy Spungen (dizem que ele a matou, mas, sei lá, dizem tantas coisas), e, ao final, numa carta suicida, ele pediu que fosse enterrado ao lado dela. Essa história tá retratada num filme, “Sid and Nancy, o amor mata” (bem leve, né?). Sid, obviamente, não chegou aos 45 para ver como o sexo nessa idade, sendo o rebelde-mor da nossa listinha.

10.      Johnny Cash – Cocaine blues: Encerro a lista, com super chave de ouro, com Johnny Cash. Por três motivos: primeiro, porque eu amo Johnny Cash e sofro de desgosto por não poder tê-lo visto ao vivo (mas ainda o peguei vivo e me emocionei ao som de Hurt, que podia muito bem fechar a lista, de maneira melancólica); segundo porque o cara era um rebelde típico, com seu topete vintage que deixava as roadies num frenesi danado. Claro que teve muita droga na história dele e Cocaine blues não deixa mentir. Ele foi preso e, quando saiu, fez um show na prisão (em Folsom Prison) para os presos, num dos CD’s mais memoráveis que eu tenho. O diretor da prisão, à época, pediu que ele não tocasse Cocaine blues (ou foi Folsom blues, não lembro, tenho que rever o documentário!), para não estimular os presos. E ele, o que fez? Tocou, claro!! Mas Johnny Cash ocupa a lista, em terceiro lugar e principalmente, porque ele morreu de...
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DIABETES! E aos 71 anos! #Troll

Johnny Cash é a prova de que o amor, mais do que matar (como no caso de Sid, Kurt e tantos outros), o amor salva. Johnny Cash, ao contrário dos outros rebeldes, escolheu uma caretona, linda , June Carter, cantora folk, e viveu por muitos e muitos anos. Johnny tava afundado nas drogas, mas quando June o deixou, ele se reabilitou (não sem esforço) e se livrou delas. A história é contada no filme I walk the line (traduzido como Johnny e June), maravilhoso, estrelado por Joaquim Pheonix e Reese Witherspoon (ajuda, Google, comé que se escreve o nome dessa mulher), que também é o título de uma música de Johnny e podia também ter sido eleita para fechar a lista. Enfim, linda história de amor e redenção (tenho que parar ou passo o resto da vida falando sobre Johnny Cash).

Apesar de toda a melosidade, recuperação etc etc, essa é uma playlist de REBELDES e DROGADOS, então “lay off that whiskey and let that cocaine be!”


Por Louisy Rodrigues

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