terça-feira, 22 de julho de 2014

Sombrio em sua perfeição, “Ultraviolence” consolida Lana Del Rey



Com o segundo disco de inéditas de Lana Del Rey, “Born To Die”, e o hit “Sometime Sadness”, eu passei a dá maior atenção a cantora. Entretanto, foi com o lançamento do seu terceiro disco, “Ultraviolence” e a música “West Coast” que virei um fã daqueles que escuta o disco todos os dias.

Quem quiser conhecer o novo trabalho da norte-americana, basta ouvir as hipnotizantes “Shades of Cool” e “The Other Woman”. Além claro, de “Pretty When You Cry”, para atestar a qualidade e seu crescimento musical.

Enquanto muitos acreditavam em 2011 que a estrela seria apenas uma febre, já que sua repercussão começou através do videoclipe de “Video Game”, retirado do disco “Lana Del Rey A.K.A. Lizzy Grant”, eis que a morena retorna ao cenário musical com o segundo trabalho, já citado no início dessa resenha, “Born To Die”, de 2012, mostrando que não estava para brincadeira e que seu nome ainda figuraria por algum tempo nas paradas de todo planeta. O que ficou comprovado com o lançamento dos singles subsequente do disco.

O álbum “Ultraviolence” conta com parte de sua produção feita pelo guitarrista Dan Auebach, do duo norte-americano The Black Keys, o que deixou o disco mais coeso e linear. Digamos as músicas ficaram numa mesma atmosfera comandadas pela faixa, e uma de minhas favoritas “Cruel World”. Triste e obscura. Que traz em sua letra o peso de um mundo frívolo e hedonista, onde seres humanos se violentam e exercem sua crueldade de várias formas. Não tem como não ser fisgado por essa canção.


Já na música título “Ultraviolence”, temos a poesia sobre uma mulher que escuta tanto violinos como sirenes ao apanhar de seu homem. Forte não é? O produtor entendeu o que Lana queria passar nesse disco e brincou com seu mundo, já sombrio, envolvendo ainda mais as músicas num ambiente introspectivo e depressivo.

É certo dizer que Lana Del Rey acertou em cheio na escolha das faixas desse novo trabalho, que tem seu repertório totalmente autoral, regular e triste. Sim, o disco é uma pancada no estômago, mas vale a pena consumi-lo.