Um
novo recurso do YouTube causou a
maior polêmica essa semana. Diversos vídeos de conteúdo (e criadores) LGBT,
além de clipes de artistas pop, foram censurados. No mesmo dia, uma nota de
retratação foi divulgada nas redes sociais do Youtube e ontem (20), eles publicaram um pedido de desculpas.
No
blog do Youtube, foi divulgado um
texto explicando o que é o modo restrito e como ele funciona. “O problema é que este recurso não está
funcionando da maneira que deveria”, Johanna
Wright, vice-presidente de gerenciamento de produtos do YouTube, escreveu no post. “Pedimos desculpas e vamos corrigir.”
Grandes
influenciadores digitais norte-americanos e até músicos, como a dupla Tegan e Sara (cujos vídeos também foram afetados), comentaram sobre o
bloqueio no fim de semana. A principal crítica é que essa foi a forma do Youtube taxar o conteúdo LGBTQ como “não familiar/amigável”.
A
resposta do Youtube veio da
publicação no blog, onde eles explicam que a ferramenta não funcionou como foi
programada.
“Nós introduzimos o Modo Restrito em 2010
como um opcional para ajudar instituições como escolas e pessoas que querem
controlar melhor o conteúdo visto no Youtube. Desenhamos a ferramenta para
restringir conteúdo de tópicos mais maduros como vídeos que contém blasfêmia, imagens
ou descrições de violência ou certas doenças como vício e transtornos
alimentares.”
“Hoje, 1,5% dos acessos diários do Youtube
vem de pessoas que possuem ativo o Modo Restrito. Mas sabemos que não é sobre
números, mas sobre princípios de perturbar alguém de ter acesso a importantes
conteúdos e diferentes pontos de vista”. O site também reconheceu que
bloqueou vídeos erroneamente.
“Nosso sistema, por vezes, comete erros ao
entender o contexto e as nuances quando avalia quais vídeos serão disponibilizados
no Modo Restrito. Por exemplo, os vídeos a seguir são exemplos de onde erramos:
“Her Vows”, de Ash Hardell, “Coming Out To Grandma” de Calum McSwiggan, “Woman
interrupted during BBC interview” e o clipe “BWU”, de Tegan e Tara”.
Como
o problema ainda não foi solucionado, a vice-presidente de gerenciamento de
produtos do site, pede que os usuários tenham paciência. “Não há nada mais importante para nós do que ser uma plataforma onde
todos possam pertencer, ter uma voz e falar quando acreditam que algo precisa
ser mudado”.
Ainda
no Twitter, foi postando mais um
pedido de desculpas. “Desculpe por toda a
confusão com o Modo Restrito. Alguns vídeos censurados não deveriam estar nessa
categoria. Isso não está certo! Estamos trabalhando nisso”.
Caso
você ainda saiba o que está acontecendo: o YouTube
criou o “restricted mode”, ou seja,
um modo restrito opcional para os usuários com mais de 18 anos (quando se é
menor de idade e tem conta lá o filtro já fica ativado). Essa ferramenta usa,
segundo o próprio site, “denúncia dos
usuários, restrição de idade e outros sinais para filtrar e identificar
conteúdo inapropriado”.
Só
que esse filtro, está bloqueando, por exemplo, clipes de Lady Gaga, Tove Lo, Tinashe, Mariah Carey, Troye Sivan,
Katy Perry, Kylie Minogue, Nicki Minaj,
Christina Aguilera, Miley Cyrus, Anitta, Banda Uó, Lia Clark e váaaaaaarios outros
artistas. Sério, são muitos! O recurso, quando ativado, também censura vídeos
com temática LGBT e de próprios “creators”
LGBT.
A
gente espera que o problema seja corrigindo logo!
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