segunda-feira, 11 de abril de 2011

“It’s show time!”

O que leva o ser humano a matar? É instintivo? O gene da carnificina é inerente ao homo sapiens? Está inscrito no nosso DNA? Nascemos puros e naturais e a sociedade moderna nos corrompeu como já profetizava o filósofo suíço Jean-Jacques Rousseau? A violência incrustada na mente de alguns psicopatas é adquirida culturalmente? Tais indagações levam à tona a questão da violência tão “bem” retratada pela mídia e nos filmes do gênero “ultraviolênce”.
Um exemplo real disso é o filme “Violência Gratuita” – (Funny Games), de 1997 do diretor Michael Haneke, que foi refeito agora em 2007 com uma safra de atores hollywoodianos. Entre eles estão o talentoso Michael Pitt (Os sonhadores, Cálculo Mortal), a bela Naomi Watts (21 Gramas, O chamado), Tim Roth (Pulp Fiction), Brady Corbet (Mistérios da Carne).
O longa-metragem narra a história de uma família que durante o veraneio recebe uma visita inusitada de dois jovens de mentes distorcidas, porém simpáticos: Peter e Paul. Um deles entra na casa da família avisando que é amigo dos vizinhos e pede ovos emprestados. Desde então o outro jovem adentra no domicílio e inicia uma série de jogos violentos e mortais com os presentes do recinto: o pai, a mãe e o filho. A “diversão” é instaurada no lar.
A dupla de psicopatas se auto-rotulam de Tom & Jerry, em alguns momentos de Beavis and Butt Head, banhados em uma ironia e um humor negro que lhes é peculiar. Durante o filme Paul e Peter começam a jogar com suas vítimas fazendo brincadeiras e colocando o próprio público como testemunha daquele espetáculo audiovisual. Em alguns momentos, até interagem com o espectador, colocando o receptor com um papel ativo, de certa maneira, nesse show doentio.
Durante o longa-metragem, um dos garotos volta o próprio filme e faz com que seu parceiro que havia sido baleado evite morrer. Algo de certa forma inovador na sétima arte. Um recurso estilístico eu diria, por que não dizer uma interação plena com o público, um jogo.
É inevitável durante o filme referências ao genial “Laranja Mecânica”, de 1971, porém “Violência Gratuita” se torna alvo de tantas controvérsias, e para mim indispensável, pois carrega em si temas polêmicos e algumas reflexões sobre o papel da violência na nossa sociedade. A função social de tudo isso, suas implicações e conseqüências. O que leva o ser humano a fazer esse tipo de ação? É culpa da sociedade? É o meio? É a indústria da consciência que cada vez mais traz para nós noticiários sanguinolentos, filmes banhados de carnificina, séries, novelas, sitcoms coloridos de um vermelho mortal?
A violência como espetáculo. O sangue se tornou mercadoria na mídia e de alto valor. O consumo simbólico que é efetuado por meio das imagens mostradas pelo quarto poder permite que as pessoas canalizem suas patologias, seus impulsos reprimidos. Peter e Paul precisam de audiência, eles descarregam suas pulsões mais negras nas pessoas usando a violência como meio. Eles não precisam da televisão para aliviar seus instintos doentios, eles precisam de nós como vítimas e testemunhas desse show chamado mídia.
 Thiago Neves - Jornalista e profissional da Rádio e TV pela UFRN

21 comentários:

  1. Na época (1997) que vi esse filme gratuita achei um exagero gastar tanta grana para produzir algo como o próprio título diz: Violênto e gratuito. Continuo achando esse tipo de filme uma grande bobagem, para não usar uma palavra escatólogica como definição. Já o cult ¨Laranja mecãnica¨ Esse sim, é uma obra de arte.

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  2. Menina, o moço num foi tirar foto nos cartases do shopi Midiwai. kakakakakaka

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  3. Eu tenho uma certa inclinação para esse tipo de filme. Achei o citado em cima muito bem orquestrado.

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  4. O filme te prende do início ao fim, isso eles realmente conseguiram. Mas nada a ver aquele controle remoto, estragou o filme, me deu vontade de mudar de canal, mas eu fiquei curiosa para ver o final, e vi que perdi o meu tempo.

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  5. Odiei esse filme. As tomadas são ridículas. A mulher nem se preocupou com o filho. Pior filme que vi na vida. E ainda comparam Laranja Mecânica com essa porcaria. Até O Monstro do Armário é melhor que este filme. Juro que quando acabou, só faltava pular na TV de raiva.

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  6. Adorei esse filme é 8 ou 80 ou você vai adorar ou odiar, mas pra quem gosta de um bom suspense sadismo e crueldade vai gostar bastante é um filme convidativo para o telespectador... Uma ou melhor duas mentes cruéis e inteligentes... Só uma obs o filme tem partes que um pouco parada, mas o assista e tenha uma ótima violência gratuita.

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  7. Nossa, adorei o filme, pelo menos na minha opinião parece critica a certos jogos que mostram aquela violência gratuita para quem joga, jogos tipo GTA e tal, na verdade esse filme mostra como seria o jogo não para o jogador, que tem varias vidas e pode voltar ao jogo como aconteceu na parte do controle remoto, mas o lado da vitima a qual a gente precisa matar pra passar de fase.

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  8. Um filme tão pitoresco... Que dá vontade até de ver de novo... E se questionar: por que regravaram esta naba?!?!?

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  9. Tô cansado de encontrar esse jornalista nas raves aqui do Nordeste totalmente drogado e jogado as moscas. Acho que o fim dele será igual ao desses caras desse filme terrível.

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  10. Esse filme é ridículo, eu assistir e foi o pior filme que eu assistir em minha vida.

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  11. UMMMMMMMMMMM

    FIQUEI SABENDO QUE THIAGO ANDA PRECISANDO DE AJUDA. QUEM PUDER DOAR COMIDA, ALIMENTAÇÃO, CARINHO, BRINQUEDOS, POR FAVOR DEIXAR O TEL PARA CONTATO AQUI. VOCÊS SABEM QUE DROGAS É COISA SÉRIA.

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  12. Gente, eu vou adaptar esse vídeo:

    http://www.youtube.com/watch?v=kHmvkRoEowc

    para uma versão com T Neves. Quero dizer que não acho justo isso que está acontecendo com ele.

    Todo mundo merece ir para as raves e se jogar aos cães.

    Eu imploro! Deixem ele em paz!!!

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  13. Não entendo o porquê de tanta frescura com esse texto.

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  14. Tô passada, é muitcha inveja, tem medo não meu fio é assim mermo,qualquer coisa é só fazê um descarrego e canta pra subi.

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  15. Homi, o que a vida pessoal do cara que haver com o filme?! Vamos focar no filme, né?!

    Esse filme é legal, mesmo sendo para doentes mentais.

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  16. Cretino!! Acabou com minha vida, destruiu meu lar e ainda roubou meu gato de estimação, Leonard Pintoff. Apesar de tudo isso, ainda o quero.

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  17. Concordo com Jeanderson, deixe o rapaz em paz e se liguem na resenha.

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  18. Tem pessoas que falta doses cavalares de bom senso para ler e comentar apenas sobre a resenha...

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  19. Muito bem Thiago. Você escreveu o que o filme realmente passa aos seus telespectadores. Mas em sua opinião, o que ele representa para você?

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  20. Esse filme me deixou arrepiado do começo ao fim. Parabéns pelo texto. Tem msn?

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