segunda-feira, 25 de abril de 2011

Secretário da Cultura, Chico César, acende polêmica na Paraíba


O atual Secretário Estadual de Cultura da Paraíba, Chico César, vem causando polêmica em seu Estado por ter feito declarações sobre a participação de artistas de grande sucesso na maior festa de São João do Mundo, em Campina Grande.
Segundo o compositor em entrevista a uma rádio local, o governo da Paraíba não irá apoiar a presença de “bandas de forró de plástico” em sua festa junina, como é o caso das campeãs de vendas de CDs Magníficos e Aviões do Forró.
Após muitas críticas sobre suas afirmações, até mesmo do secretário de Desenvolvimento Econômico de Campina Grande, Gilson Lira, Chico César resolveu publicar uma nota à imprensa para amenizar a questão.
Em resumo, o secretário contou não ter afirmado que o governo iria proibir a participação de bandas maiores no evento, mas que o foco financeiro seria em cima de artistas menos populares.
Honestamente, não vejo a declaração de Chico César como forma de intolerância as grandes bandas de forró do Nordeste, que em sua grande maioria apelam nas letras e traz em suas performances mulheres seminuas dançando no palco. Mas já está na hora de começarmos a valorizar os artistas que fazem um trabalho de raiz, mostrando a verdadeira cultura de suas regiões. Se não resgatarmos essa tradição, o problema cada vez mais ganhará proporções inigualáveis, deixando o povo cego para sua própria cultura popular.

16 comentários:

  1. Cabra macho, tem meu apoio incondicional.

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  2. Agora DEU! Banda de forró não é cultura popular!? E O QUE VAI SER ENTÃO!? Só porque uma coisa faz sucesso ela é "plastificada"? Desde quando Aviões não mostra a cultura do jovem de classe média (e baixa) das capitais nordestinas?

    Cultura é só aquele artista indie que faz uma poesia altamente sem sentido (e sem fundamento) no palco? Ou é apenas coco de roda?

    Concordo que se deve investir em artistas que ainda não se consagraram, assim se descobre um futuro Garota Safada da vida, ou então se mantêm uma tradição como Bumba-meu-boi. Mas isso deve ser balanceado ao se dar espetáculos com o que há de mais famoso hoje, senão vira museu ao ar livre.

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  3. Não vejo no texto nada que diga que Cavaleiros do Forró e Maguiníficos não sejam bandas advindas da cultura do Nordestino. Muito pelo contrário. Eles tem condições e podem muito bem se apresentarem sem o dinheiro do estado da Paraíba, que deve sim, investir nos pequenos artistas e no som de raiz de suas regiões.

    Você não acha que as diversas bandas de forró que tocam a mesma coisa e se portam do mesmo jeito no palco não precisam diversificar um pouco mais?

    Vamos ceder mais espaço para o novo!

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  4. Forró de plástico é uma denominação NOVA. Pensando-se forró como cultura de mercado, onde vc tem um produto, plastifica ele e põe pra vender sem se importar com a qualidade musical. Entretanto a crítica do Chico César não está diretamente ligada a qualidade dessas "bandas", mas sim à valorização dos artistas de pequeno porte, em detrimento das bandas de forró consagradamente plastificadas.

    Boto fé!

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  5. Sérgio, você não curte mesmo forró, mano. Magníficos está escrito errado.

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  6. Certíssima a postura do cantor e compositor e agora Secretário da Cultura do Estado da Paraíba, Chico César. Não é necessário nem intencional proibir a participação das bandas de “forró de plástico”, desde que a iniciativa privada pague. Dinheiro público é para fomentar cultura e descobrir talentos esquecidos. Há muitos artistas consagrados e que normalmente lotam seus shows se valendo de verbas e patrocínios da lei de incentivo para apenas multiplicarem seus ganhos.

    Tiro meu chapéu de palha para você Chico!

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  7. Parabéns, Chico César, meu cantor brasileiro!

    Continue firme no seu propósito. Eu te apoio!

    Essas bandas de gosto duvidoso que descaracteriza a cultura nordestina, tem que sumir do mapa.

    A imprensa deveria a ser a primeira a apoiar a verdadeira cultura nordestina não tocando e incentivando essas porcarias.

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  8. O equilíbrio é essencial. Forró de "plástico" ou forró de "raiz" é forró e faz parte da cultura nordestina. Portanto, ambos devem ter incentivo tanto da iniciativa privada como estatal. Por mais que as letras das bandas de "plástico" sejam pobres de conteúdo querendo ou não elas pregam os costumes de determinado local. As de "raiz" também trazem essa contribuição. Então por que segregar? Tudo é cultura. E por favor não me venham falar dessa separação idiota entre cultura popular e erudita. É tudo cultura. O que falta é estímulo para a iniciativa privada investir em bandas de "raiz" já que as "plásticas" já tem bastante patrocínio. O Procultura está aí cada vez mais estimulando as empresas privadas em incentivar o "novo". O problema está na direcão do olhar.

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  9. Thiago Neves, decididamente, você mistura alhos com bugalhos. Por acaso, acha que Chico anda fazendo terrorismo cultural? Imposição? Ditadura? Cruzes…

    Chico César, ou qualquer um que já tenha tomado (vide Olinda) ou venha a tomar decisão parecida, está a anos-luz de distância do que seria uma ditadura. A contribuição do Forró de plástico é mínima para a cultura do Nordestino. E primeiro: todo governo deve estimular e incentivar, sim, a cultura local. Se escolhe artistas que produzem uma música mais genuína ou se prefere grupos padronizados e apelativos, isso é uma questão de política cultural. No caso, a política cultural do governo Ricardo Coutinho é pela preservação do patrimônio musical nordestino, que se perde a cada ano que passa por descuido dos governos e pela imposição (aí, sim, a palavra está empregada de forma corretíssima) mercadológica das rádios e gravadoras. Segundo, as bandas de “forró de plástico” não precisam de incentivo do governo. Essas fazem shows o ano inteiro e têm sempre público disposto a ouvi-las. Quem impõe o que o povo deve ouvir são as rádios – muitas delas, pertencentes a donos de gravadoras – e o dinheiro fácil proporcionado pela produção industrial de um tipo de música que não usa mais de três acordes, com letras apelativas e desvalorização da mulher em apresentações ao vivo. Isso, sim, é ditadura. E das brabas!

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  10. Chico César está certo! Esse evento é para ajuda e incentivar aos artistas menores e não para vim essas bandas de forró que só canta musicas com letras mal feitas e até algumas palavras apelativas!!

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  11. Caro Almir, você realmente não entendeu NADA que eu falei. Repito: NADA. O seu argumento deixou bem claro isso. Em nenhum momento falei em ditadura, nem imposição, nem fiz critíca ao que você mesmo autodenominou de "terrorismo cultural". Quero deixar bem claro que não sou um apreciador dessas bandas de forró que se vendem como vc mesmo diz. Penso que elas não pregam apenas a desvalorização da mulher, elas também falam do modo de vida de boa parte dos que frequentam esse tipo de festa. Pobreza de letra não significa pobreza de contéudo. Não tou aqui lançando críticas a Chico César, de forma alguma, mas sim palpitando provocações. Será que esse discurso que o que a mídia vomita não presta não é batido demais? Concordo que devemos valorizar o patrimônio cultural nordestino, mas não esqueça que isso também faz parte da cultura e não me venha com essa baboseira de cultura de raiz ou cultura genuína. Tudo é cultura. Abra sua mente e amplie seus horizontes, sua visão sobre o assunto é muito reducionista e pré-conceituosa.

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  12. Chegou a tropa de choque da cultura. Agora o Estado vai nos obrigar a ouvir o que o governo acha que é o melhor para o cidadão, e vai proibir o que acha ruim. Esse filme já assisti outras vezes!

    A partir de agora só toca frevo, maracatu e outras culturas de Recife.

    A música de Chico Buarque continua atual.

    “Apesar de vocês amanhã há de ser um novo dia…”

    DETALHE: Não sou lá muito fã de forró.

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  13. Essas bandas de forró apelativas são o retrato da pobreza cultural de uma massa. Triste de um povo que perde tempo em questionar a íntegra atitude do talentoso Chico Cesar que busca preservar a originalidade de um estilo tipicamente nordestino, o sensacional e poético forró pé de serra. Aplausos pro "OMI VISSE".

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  14. A PIOR DITADURA IMPOSTA AO POVO BRASILEIRO: ” O JABÁ” NO RÁDIO E NA TV.
    AQUI NA BAHIA ” RALA A CHECA NO CHÃO” OU ” RALA A BRIQUITA NA BRITA” É NOVA POESIA FM. UMA MISÉRIA CULTURAL.
    CHICO CÉSAR É NOSSO CONVIDADO NO EVENTO JOÃO GILBERTO 80 ANOS BOSSA NOVA. GERALDO AZEVÊDO TAMBÉM.

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  15. Caro amigo Thiago, essa atitude só podia partir de quem tem conhecimento profundo das nossas raizes culturais como é o caso de Chico,quem dera todo estado tivesse um secretário de cultura como ele, pois com certeza nossos patrimônios culturais nao seriam jogados na vala comum a exemplo dessas bandas onde o que prevalece é a presença constante de mulheres praticamente nuas, além de letras medocres, que nada tem a haver com o forró tradicional do nordeste, cito também essas coisas horrorosas tipo axé e bandas de pagode que só estimulam aos nossos jovens a consumirem ainda mais bebidas e outras drogas não legalizadas.

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  16. Tem todo meu apoio. Vamos tirar do mapa os forrós de plástico.

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