segunda-feira, 18 de abril de 2011

“INVENTANDO” – Por Paulo Henrique Alves Pinheiro


Eis que vejo, sou autor e ator de desejos,
Invento lugares e viajo nas minhas paranóias.
Não sou natural de lugar preciso, com hora,
Sou filho da nada. Ora! Tudo depende de beijos.
Enquanto o instante me passa, não passo,
Sou eu quem comanda os atos, segura o relógio.
No tempo em que busco o que quero, sou aço,
E no meu aço, carrego o tempo que busco. Ágil...
Vivo de bulir e ir por qualquer direção, sem medo,
Na curiosidade frenética que me perpassa os dedos.
Sou muito mais do que aquilo que não se responde...
Sou além do mistério que existe entre céu e terra,
Além do mais, dos meus planos e minha quimera,
Sou, talvez, o último verso que o poeta esconde...

3 comentários:

  1. Adorei "O último verso que o poeta esconde".

    ResponderExcluir
  2. Paulo, você tem um dom incrível para as palavras. Quero sempre acompanhar seus trabalhos por aqui. Sucesso!

    ResponderExcluir
  3. Ah, muito obrigado!! Mesmo!!

    ResponderExcluir