Em 1998, no auge do meu vício pela MTV e seus programas Disk MTV, Top 20 Brasil e Top 10 EUA, os VJ’s do canal só falavam do novo lançamento da rainha do pop, Madonna, até então um disco batizado de “Ray of Light”. Fazia exatamente 4 anos que a cantora não lançava nada inédito e a expectativa era grande por parte dos fãs, críticos e até aqueles que não curtia muito seu som. Nessa época eu ainda não conhecia o universo da estrela e fiz pouco caso de todo falatório.
Em fevereiro daquele mesmo ano, estreou “Frozen” e para minha surpresa o vídeo clipe trazia uma Madonna morena no meio do deserto, com roupas negras, que segundo ela em entrevista a MTV, dizia ser “a personificação da angústia e infelicidade feminina”.
Digamos que eu peguei a fase em que a estrela amadurecia e ganhava uma nova persona, enterrando definitivamente a velha e pervertida Material Girl.
No início de 1997, quando sua primeira filha, Lola, tinha apenas meses de vida, a cantora começou a procurar colaboradores para seu novo trabalho ignorando todo livro de regras que vinha seguindo desde seu álbum de estréia. Pat Leonard, velho parceiro da estrela, Rick Nowells e William Orbit foram os escolhidos, e responsáveis por algo legitimamente pop e brilhante.
Era comum ver Madonna chegando ao estúdio às três da tarde dirigindo seu próprio carro, onde se reunia com a equipe de profissionais antes de começar a gravar. O local preferido era sempre um velho sofá do estúdio, onde foi posto um microfone e um caderno, para suas improvisações de melodias e letras, quando já não trazia prontas. O resultado disso tudo foram nove músicas em dez dias e um Nowells impressionado com a rapidez e qualidade das faixas finalizadas.
Apesar de todos os esforços da cantora e do produtor, o resultado final da etapa inicial do álbum não agradou em nada Madonna, que de imediato resolveu inventar melodias em cima de três acordes de Rick, resultando na faixa dedicada a Lola, “Little Star”.
As faixas escritas pela cantora em parceria de Kenneth ‘Babyface’ Edmonds acabaram ficando de lado por suas semelhanças com “Take A Bow”, um dos maiores sucessos da estrela nas paradas norte-americanas. Madonna não queria ser repetitiva e por mais que as canções fossem muito boas, não seria por aquele caminho que ela seguiria. Sendo assim, foi a vez de William Orbit entrar em cena, já que tinha feito um remix memorável para “Justify My Love” anos antes. Sem falar que foi ele quem deu a coerência necessária que faltou em “Bedtime Stories” ao novo disco.
Porém, por pouco essa parceria não funcionava, pois Orbit não estava acostumado ao ritmo frenético que é trabalhar com Madonna. Com o passar do tempo, a genialidade do rapaz terminou conquistando a cantora, que deu a ele tempo suficiente para trabalhar as faixas do disco com tranqüilidade.
Considerado um álbum profundo, “Ray of Light” busca sua essência nos mistérios da vida. Trazendo músicas poéticas, carregadas de inteligência e uma ligeira sensação sombria. O disco reflete o apetite voraz de Madonna por livros de simbologia, literatura que vai de Shakespeare a Sylvia Plath, passando por Anne Sexton.
Segundo Nowells, a segurança da cantora para a gravação deste disco veio da experiência com o filme Evita e das aulas de canto que ajudaram sua voz a ficar mais trabalhada, o que é evidente.
O fotógrafo escolhido para fazer o material do encarte foi Mario Testino, que usou o azul como cor dominante, junto a uma maquiagem sutil e os cabelos longos com cachos não mais platinados, dando uma versão mais leve dela aos fãs. Ou seja, uma Madonna madura, diferente da apresentada nas fases anteriores, que contribuiu bastante na influência estética e musical do final dos anos 1990.
Vencedor de vários prêmios, incluindo 5 Grammys, “Ray of Light” é descrito pela Rolling Stone como brilhante, e qualquer fã de música que se preze não pode deixar de tê-lo em sua coleção.
ESSE ÁLBUM É UM DOS MEUS PREFERIDOS. A MÚSICA THE POWER OF GOODDBYE É A MINHA MÚSICA PREFERIDA DA MADONNA. O CLIPE É UMA OUTRA HISTÓRIA. NELE, MADONNA QUE É JÁ BONITA, ARREBENTOU!!!!!!!SE FOI UM DIVISOR DE ÁGUAS? HUM...SERÁ? CREIO QUE ANTES DISSO MADONNA JÁ HAVIA DADO SINAIS QUE A MATERIAL GIRL JÁ HAVIA FICADO PARA TRÁS...
ResponderExcluirNão preciso nem dizer que Madonna é a minha grande musa inspiradora de todas as dácadas de minha vida.
ResponderExcluir1986 - Minha mãe excutava sem para o 'True Blue', mesmo não sendo tão fã da artista.
1990 - Minha tia tentava me ensinar a coreografia de 'Vogue', sem nenhum sucesso. Eu era muito dura. AusAus
1994 - Minha irmã chorava o fim de seu noivado ao som de 'Take A Bow', 'You See', 'I'll Remember' e 'Crazi For You'.
1998 - Eu comprava o disco 'Ray of Light' com dinheiro da mesada que juntei durante um mês.
2000 - Dançava 'Music' na The Week com meus grandes amigos e meu futuro marido.
2007 - Minha filha de 2 anos tentava dançar 'Hung Up' em frente a TV.
Bem, não preciso dizer mais nada.
Eu amo Madonna!
Dinho, saudades de vc. Vê se aparece. Sentimos saudades de vc seu pentelho!
Cláudia e Marcelo
Madonna é um retrato de uma época que continua viva, onde ser feliz é a grande sacada. Que a Diva siga 'always pretty'.
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