Depois da
estreia consagradora em Salvador, no Shopping Iguatemi, no dia 13, e em seguida
ao sucesso de lançamento em todas as capitais do Nordeste e Norte, finalmente
chega às grandes cidades do Sul e Sudeste, inclusive Belo Horizonte, o esperado
'Irmã Dulce', longa de Vicente Amorim, conhecido diretor de 'Corações Sujos' e 'Caminho das Nuvens'.
Rodado
durante seis semanas na capital baiana, com produção de Iafa Britz, e roteiro assinado por L.G. Bayão e Anna Muylaert,
o filme conta a comovente história de Maria
Rita de Souza Brito Lopes, a Irmã
Dulce, que ficou conhecida em todo o Brasil, por sua dedicação aos pobres e
desvalidos, como 'O Anjo Bom da Bahia'.
O lançamento coincide com os 100 anos de nascimento da religiosa, que ingressou
na Congregação das Irmãs Missionárias da
Imaculada Conceição da Mãe de Deus, onde recebeu o nome de Dulce, em 1933.
As
atrizes Bianca Comparato e Regina Braga dividem com muita
competência o papel principal no filme, que reúne ainda no elenco craques como Malu Valle, Patrícia Oliveira, Amaurih
Oliveira e Caco Monteiro, além
das participações especiais de Irene
Revache, Fábio Lago e Glória Peres. O filme, que foi viabilizado
pela captação de R$ 9,5 milhões por meio das leis de incentivo cultural, tem
ainda Gracindo Júnior, Marcelo Flores, Renato Prieto e Zezé Polessa
como atores convidados.
Para Bianca Comparato, que interpretou Irmã Dulce quando jovem, no início de
sua carreira religiosa, quando resolveu largar tudo para dedicar-se a Deus e
aos pobres, ela foi uma pessoa extraordinária, diferente de todo mundo. “Pude perceber
isso enquanto fazíamos as filmagens em Salvador, e eu conversava com o povo.
Cada pessoa da Bahia, sobretudo as mais humildes, tem uma história para contar
sobre ela”, disse.
Para Regina Braga, que interpretou a
religiosa madura e tomada pela doença que a levou em 14 de março de 1992, aos
77 anos, esse foi o papel mais intenso que fez.
Vicente Amorim, por sua
vez, contou ter tomado conhecimento da existência de Irmã Dulce quando era adolescente, e seu avô, um médico chamado Oswaldo Nazareth, que era simpatizante
do Partido Comunista, falava muito dela, como um exemplo a ser seguido. “Para fazer esse filme,
além de ter passado vários dias em Salvador, e procurado conhecer os lugares
onde ela viveu e praticou suas obras de caridade, tentei me inteirar o máximo
possível sobre a história, que é riquíssima. Nunca dirigi um filme que mexesse
tanto comigo”, disse.
Adorada
pelo povo baiano, que a considera santa, em 2000, a Igreja Católica deu início ao processo de beatificação e
canonização de Irmã Dulce, e em
dezembro de 2010, o Papa Bento XVI
assinou o decreto de reconhecimento de um milagre atribuído a ela. A cerimônia
de beatificação ocorreu em 22 de maio de 2011, quando o querido Anjo Bom da Bahia recebeu o título de
Bem-Aventurada dos Pobres.