Dizem por aí que fã que é fã tem que gostar de tudo que seu artista preferido produzir, o que não se enquadra em nada nas minhas críticas em relação às bandas que costumo acompanhar. É o que acontece exatamente com o novo material do Radiohead.
Pois bem, o oitavo álbum de estúdio do grupo, “The King of Limbs”, mal foi lançado e já caiu na desgraça dos fãs. Ok, a banda é famosa por fazer trabalhos alternativos, trazendo batidas ligadas a sintetizadores ou faixas com pura guitarra elétrica. No entanto, o novo disco chegou com cara de continuação, mais radical, do “In Rainbows”, lançado em 2007, com pouca coisa a acrescentar.
O que diferencia “The King of Limbs” do “Kid A”, de 2000, e “Amnesiac”, de 2001, é exatamente a falta de melodias, substituídas por sombras e loops no lugar das músicas propriamente ditas. O título, que faz referência a um carvalho situado na milenar floresta Savernake, em Wiltshire, não foi suficiente para inspirar as oito faixas do também catalogado EP.
É triste, mas o Radiohead se perdeu em sua floresta por causa do abuso na experimentação. O que poderia ser um disco na linha dos primeiros lançamentos da banda, na década de 1990, tornou-se um material desconexo, chato e totalmente cerebral.
“Lotus Flower”, canção mais tradicional do disco, foi eleita primeiro single e já possui um controvertido videoclipe, mas sem força para se tornar um hit radiofônico.
Lançado no último dia 18 de fevereiro, “The King of Limbs” se perde sob camadas sonoras tão cansativas que chega a não possuir a qualidade que a banda alcançou com os sete discos anteriores.
Engraçado. Baixei esse disco há dois dias e tive essa mesma impressão que você. Só não soube direito o que dizer, mas esse seu texto falou por mim.
ResponderExcluirLegal seu blog.
@_renatomedeiros
Pra vc ver como que é gosto... já eu gostei.. o estilo Radio bem melancolico... rsrsr
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