O
cineasta nova-iorquino Woody Allen
deverá ter um museu, o primeiro no mundo dedicado a ele, em Barcelona. Seria em
pleno bairro Gótico, em um edifício da segunda metade do século XIX, abandonado
há seis anos por sua decadência, o que fez a antiga inquilina, a Escola de Artes e Ofícios, mudar de
instalações.
Embora
seja uma iniciativa privada, do catalão Jaume
Roures, produtor executivo de “Vicky
Cristina Barcelona” (um dos últimos dez filmes dirigidos por Woody Allen),
o imóvel, de 2 mil metros quadrados distribuídos em três andares, é do Governo
regional, e, portanto, depende de uma licitação.
Woody Allen não aceitou de primeira. Reagiu com estranheza ao fato
de que um museu sobre ele pudesse interessar a alguém, segundo contou Jaume Rours à imprensa local. Foi
somente recentemente, com um planejamento mais elaborado em mãos, que o
cineasta se abriu para a ideia, embora não vá, em princípio, participar dela
ativamente. Somente deverá ajudar, cedendo material. Os dois deverão
encontrar-se, em maio, no Festival de
Cannes.
A
intenção de Rours é proporcionar, através do “Woody Allen Center”, uma visita ao universo do cineasta, sem
restringir-se unicamente a seus filmes. A psicanálise, o amor, o sexo, o humor,
a morte e a religião serão alguns dos temas tratados, vinculados, logicamente,
a Woody Allen. A expectativa de
Rours é inaugurar o museu dentro de dois anos.