Morreu
nesta quinta-feira (2) a jornalista e apresentadora Glória Maria. Um
símbolo da TV brasileira, ela tratava um câncer. Em nota, a TV Globo
lamentou a perda e disse ter recebido a notícia “com muita tristeza”.
“Em
2019, Glória foi diagnosticada com um câncer de pulmão, tratado com sucesso com
imunoterapia. Sofreu metástase no cérebro, tratada em cirurgia, também com
êxito inicialmente”, começou.
“Em
meados do ano passado, Glória Maria começou uma nova fase do tratamento para
combater novas metástases cerebrais que, infelizmente, deixou de fazer efeito
nos últimos dias, e Glória morreu esta manhã, no Hospital Copa Star, na Zona
Sul do Rio”, prosseguiu o documento.
Nascida
também no Rio e filha de um alfaiate e uma dona de casa, a jornalista Glória
Maria Matta da Silva sempre estudou em colégios públicos e foi desde cedo
um prodígio. O início da carreira, diante da falta de oportunidades, exigiu que
ela conciliasse o trabalho como telefonista e a graduação em jornalismo na PUC-Rio.
Na
Globo, sua estreia aconteceu em 1971 em um momento em que os jornalistas
ainda não apareciam nas reportagens em vídeo. Ela cobriu à ocasião a cobertura
de um desabamento no Elevado Paulo de Frontin, na capital carioca, e foi
a primeira jornalista a aparecer em cores na TV Globo.
Pioneira
em diversos momentos, ela cobriu a posse do presidente Jimmy Carter
direto de Washington — a primeira transmissão ao vivo em cores, feita no Jornal
Nacional. Em meados dos anos 1980, Maria passou a integrar a equipe fixa do
“Fantástico”, programa que também apresentou entre os anos de 1998 e
2007.
Visitou
mais de 100 países, especificamente 156 países ao longo da vida, e completou 15
passaportes, segundo relatos.
Suas
entrevistas com celebridades marcaram gerações. Madonna, Michael
Jackson, Mick Jagger, Nicole Kidman, Harrison Ford e Leonardo
DiCaprio – todos se sentaram para conversar com a repórter.
O
jornalismo de viagens também se tornou uma marca registrada. Foram mais de cem
países visitados e uma série de experiências históricas. Glória esteve na Guerra
das Malvinas (1982), na invasão da embaixada brasileira no Peru por um
grupo terrorista (1996) e na Copa do Mundo da França, entre outros
eventos.
Desde
2010, a artista integrava a equipe do Globo Repórter, programa que
passou a dividir os holofotes a princípio com Sérgio Chapelin e depois Sandra
Annenberg. Foi para o programa que ela gravou a icônica cena em que fuma
maconha, na Jamaica.
Gloria
Maria deixa duas filhas
adolescentes, Maria e Laura.
Nenhum comentário:
Postar um comentário