Em 1986, participa de um episódio da série Tele Tema, fazendo sua estreia na Rede Globo. Em seguida, ela atuou na novela “Hipertensão”, onde Lúcia (Luzia) morreu por volta do capítulo 100. Em seguida, integrou o elenco da novela O Outro. Cláudia Abreu é muito apreciada por seus papéis de destaque em novelas, minisséries, seriados e especiais da “TV Universal“. Em 1988, lança o musical “Globo de Ouro“, que substitui a recém-nascida atriz Isabela Garcia. Sua carreira na TV foi intercalada por breves interrupções ou ocasionais séries e shows especiais, durante os quais se concentrou em teatro, cinema e maternidade.
Em
1989, coprotagonizou o grande sucesso Que Rei Sou Eu?, em que incorporou
a princesa Juliette, que dançava lambada e até aparecia de minissaia em pleno
século XVIII, mostrando ao público seu lado cômico. Em 1990, viveu uma das
personagens mais marcantes de sua carreira, a dançarina Clara, da novela Barriga
de Aluguel. Na trama, Clara aceitava alugar o útero para gerar o filho de
outra mulher, levantando a discussão sobre quem deveria ficar com a criança, a
mãe biológica ou a mãe de aluguel. Em 1992, integrou o elenco da minissérie Anos
Rebeldes, como a jovem militante Heloísa, que, de mocinha mimada e rica,
entra para a luta armada e combate o golpe militar de 1964. Sua atuação na
minissérie lhe rendeu o prêmio de melhor atriz pela Associação Paulista dos Críticos
de Arte. Em 1994, protagonizou a novela Pátria Minha e, em seguida,
à procura de diversificar sua carreira após oito anos participando de novelas
quase anualmente, iniciou seu primeiro período sabático, a partir de 1995,
limitando-se a participações pontuais e bissextas nas séries A Vida como Ela
é... e A Comédia da Vida Privada, e nas minisséries Guerra dos
Canudos e Labirinto. Durante esse intervalo, pôde se dedicar ao
cinema. O ano de 1997, é particularmente prolífico em sua carreira. Participa do
filme Tieta em fins de 1996. Ao lado de Sônia Braga e Marília
Pêra, interpretou Leonora. No ano seguinte, mais alguns trabalhos seus
chegam aos cinemas: O Que É Isso, Companheiro?, onde faz o papel da
guerrilheira Renée, ao lado do americano Alan Arkin, e Ed Mort,
como Cibele, que lhe rendeu o prêmio Lente de Cristal, no Festival de
Cinema de Miami. Nessa época, e paralelamente ao cinema, voltou aos palcos,
atuando em Noite de Reis e As Três Irmãs.
Em
1999, seu retorno às grandes produções da televisão vem no papel da escrava
branca Olívia Xavier, em Força de um Desejo. Em 2001, apareceu no cinema
como a baronesa Maria Luísa, no filme O Xangô de Baker Street. Foi um
ano que se destacou especialmente em sua vida pelo nascimento de Maria Maud,
sua filha com o cineasta José Henrique Fonseca, devido ao que reduziu
seus compromissos profissionais e iniciou outro período sabático. Importantes,
nessa fase, são as filmagens do longa O Homem do Ano. O filme,
emblemático para o casal, pois foi dirigido por seu marido, teve roteiro
premiado de Rubem Fonseca, sogro de Cláudia. Em 2002, fez uma
participação na minissérie O Quinto dos Infernos, como a imperatriz
Amélia de Leuchtenberg, segunda esposa do imperador brasileiro Dom Pedro I.
Também filmou O Caminho das Nuvens, um road movie brasileiro sobre uma
família de nordestinos que, de bicicleta, atravessa toda a distância até o Rio
de Janeiro, em busca de uma vida melhor.
No
ano seguinte retornou à televisão em Celebridade, na pele da pérfida
Laura Prudente da Costa, arqui-inimiga da mocinha Maria Clara Diniz (Malu
Mader). Primeira vilã na carreira da atriz, Laura, a despeito de suas
vilanias, foi um sucesso de público, que lhe valeu o Prêmio Contigo! de
melhor atriz; o humor ácido, pontuado pelo tempo seguro de Cláudia, tornaram a
personagem popular e querida. Também nesse ano, como homenagem ao seu início no
Tablado, produziu e estrelou a peça clássica de Maria Clara Machado,
Pluft, o Fantasminha. Com um ritmo mais suave, o cinema voltou a ser
opção na sua vida. Cláudia aceitou o convite para substituir a atriz francesa Clara
Bellar, no papel de Glória, na produção de Os Desafinados em 2006, e
começou a filmar, no Rio e em Nova Iorque, ao lado de Rodrigo Santoro, Ângelo
Paes Leme e outros. A história marca a trajetória de um grupo de cinco
músicos nos tumultuados anos sessenta e setenta, sua luta pelo sucesso e seus
dramas pessoais. O filme, só lançado em 2008, rendeu-lhe o prêmio QUEM de
melhor atriz. Retornou à televisão em outra grande produção da Rede Globo,
Belíssima, como a protagonista Vitória, ex-menina de rua, que se casa
com o milionário Pedro Assumpção e vai viver com ele na Grécia, enfrentando
grande oposição por parte da avó megera do rapaz, Bia Falcão.
Em
2007, pela primeira vez desde o início de sua parceria com Gilberto Braga,
em 1992, na minissérie Anos Rebeldes, apareceu ao lado do autor em O
Tablado e Maria Clara Machado, documentário sobre a dramaturga e o teatro
criado por ela. Seu trabalho seguinte foi Três Irmãs, onde interpretava
Dora, uma perua fútil, mas de bem com a vida. Em 2012, viveu um dos grandes
momentos de sua carreira ao interpretar a cantora tecnobrega Chayene, uma vilã
cômica, na novela Cheias de Charme. A atriz fez aulas de canto para
dispensar dublagem, além de se organizar para cuidar dos filhos, pois
interrompeu a licença-maternidade. Em 2013, fez uma participação em O
Dentista Mascarado, interpretando Leona, uma famosa atriz de TV. Em 2014,
interpretou a atriz americana Pamela, protagonista da história, que é casada
com Jonas (Murilo Benício), filha de Jack (Miele) e mãe de Megan (Isabelle
Drummond), além de contracenar com Titina Medeiros, em Geração
Brasil, repetindo novamente a parceria com os autores, Filipe Miguez
e Izabel de Oliveira. Em 2016, foi a protagonista Helô na novela A
Lei do Amor, que fazia par romântico com Pedro (Reynaldo Gianecchini).
Em 2017, atua e estreia como roteirista na série infantil Valentins.
Ainda em 2017, a atriz participou da série Cidade Proibida, no episódio Caso
Lídia.
Voltou
ao cinema em 2017 com participação no suspense O Rastro. Em 2018
protagonizou Berenice Procura, filme de Allan Fiterman adaptado
do livro de Luiz Alfredo Garcia-Roza.
Vida Pessoal
Cláudia
Abreu formou-se na Pontifícia
Universidade Católica (PUC) do Rio de Janeiro em 2009 e casou-se com
o produtor de cinema José Henrique Fonseca. Eles têm quatro filhos, Maria
(2001), Ferry Pa (2007) e José Joquim (2010) e Pedro
Henrique (2011).
Em
novembro de 2012, foi lançado o DVD Os Grandes Sucessos Musicais da
Novela Cheias De Charme, que contém canções gravadas pelo protagonista,
além da participação de atores de novelas e cantores convidados. Além de
participar do DVD, Cláudia também gravou o programa Roberto Carlos Especial,
lançado em 25 de dezembro de 2012, e cantou com outras atrizes e o rei.
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