Rihanna chegou a um patamar no qual pode dizer não para
oportunidades que seriam grandes conquistas para a maioria dos artistas. Sem
lançar álbum e fazer turnê desde 2016, a cantora pode dizer que música não é
mais seu ganha pão principal. De acordo com a revista Forbes, a fortuna estimada de Rihanna
era de US$ 210 milhões no ano passado. Ela tem faturado alto com sua linha
de maquiagens e de lingeries, fora outros produtos licenciados. A estabilidade
financeira faz com que a cantora escolha muito bem com quais projetos se
envolve. Basicamente, ela só faz o que quer.
Em
março de 2017, Rihanna declinou o
convite para cantar em uma festa de gala do Festival de Cinema de Cannes, na França, deixando o palco para Bruno Mars. Segundo o site The Hollywood Reporter, a decisão foi
estratégica: Riri queria ser vista pela comunidade cinematográfica mais como
atriz do que como cantora. Ela tinha dois filmes para lançar, “Valerian e a Cidade dos Mil Planetas” e “Oito
Mulheres e um Segredo”. No ano seguinte, no entanto, Riri já estava em
outra e recusou a proposta para integrar o elenco do filme musical “Cats”, adaptado do espetáculo teatral
multipremiado na Broadway e no West End. Segundo o site Den Of Geek, a musa de Barbados conversou com o estúdio Universal,
mas não aceitou o trabalho por “conflitos
de agenda”. A produção começou no fim do ano no Reino Unido. O elenco ficou
fechado com Idris Elba, Judi Dench, James Corden, Taylor Swift,
Jennifer Hudson, Rebel Wilson, Ian McKellen e Jason Derulo,
entre outros.
Outra
grande oportunidade surgiu em 2018: cantar no próximo intervalo do Super Bowl. Mas a US Weekly revelou que Rihanna
disse não para a NFL quando foi
convidada. A popstar, que já havia estrelado uma publicidade do evento em 2016,
decidiu se posicionar contra a liga de futebol americano em apoio ao jogador Colin Kaepernick, banido depois de ter
protestado contra a brutalidade e desigualdade racial nos Estados Unidos,
negando-se a ficar de pé para o hino nacional antes de um jogo. Cantar no Super Bowl impacta positivamente a
carreira de qualquer artista, porque se trata da maior audiência da TV
americana, mas Rihanna preferiu
manter-se firma em seus valores e convicções.
Mesmo
parada, a cantora desfruta de uma posição favorável no mercado. Ela é a única
artista do mundo a colocar singles de sete álbuns consecutivos no topo da Billboard Hot 100. Desde o início da
carreira, Riri já teve 14 lideranças e 31 músicas Top 10 na parada americana,
recebeu nove Grammys, 12 Billboard Music Awards e entrou seis vezes no Livro
dos Recordes. Ela reverteu a situação: não deixa mais grandes empresas, como a
própria NFL, a tratarem como se ela quisesse muito estar naquele espaço. Ela
pode até querer, sim, mas suas decisões dizem o oposto para o mercado: são
vocês que me querem e precisam de mim. Sem Rihanna,
por exemplo, o show de intervalo do próximo Super Bowl – a cargo do Maroon
5 – já é tido como fiasco antes mesmo de acontecer.
Neste
início de ano, mais um posicionamento assertivo de Rihanna. Ela também não fechou negócio com o Festival Coachella – que foi palco de pontos altos nas carreiras de
Lady Gaga e Beyoncé em 2017 e 2018. O site da revista Variety revelou que ela estava cotada para ser headliner do
festival em 2019, assim como Childish
Gambino. Ele foi anunciado para a line-up nesta quinta (3/1). Rihanna, não. A cantora ficou de fora
da programação. Os outros headliners serão Ariana
Grande e Tame Impala. Antes que
os fãs reclamem – afinal gostam de músicas e performances mais do que batons e
calcinhas – Rihanna está cuidando da
produção de seu álbum novo. O conglomerado radiofônico iHeartRadio, dos Estados Unidos, disse que ela lançará uma música
nova muito em breve.
Nenhum comentário:
Postar um comentário