The Great, a
série icônica de Tony McNamara, retornou para a sua 2ª temporada com
muita irreverência, inovação e humor.
Esse novo ciclo trouxe os
acontecimentos (não muito históricos) do nascimento do filho de Catarina, a
Grande, chamado Paul, junto dos acontecimentos ao redor da Nova Rússia,
agora sob o recente comando da imperatriz. A personagem de Elle Fanning
precisa navegar a perda de seu grande amor, Leo, o nascimento de seu primeiro
filho e as demandas políticas, as quais, agora, são de sua única e completa
responsabilidade.
Peter, o personagem de Nicholas
Hoult, passa por grandes provações, agora como soberano de sua esposa e
pai, papel que, surpreendentemente, o ex-imperador consegue performar muito
bem, talvez pela falta de uma figura paterna no seu próprio amadurecimento.
Essa temporada trouxe um lado mais humano e reflexivo sobre qual lugar no mundo
está reservado para o seu personagem, com uma evolução mais sentimental e menos
prática, em desconforme com o “estilo russo” de ser, sempre muito falado
na obra.
Hoult e Fanning entregam
atuações impecáveis, com mais sofrimento e menos humor nos temas abordados
neste ano, o qual conta, também, com a brilhante Gillian Anderson. A
adição da atriz, que é mãe da Fanning, é certeira, por conta da semelhança
física entre as duas e da química construída entre elas, resultando numa
relação de peso, mesmo que em poucos episódios. Os demais atores e atrizes do
elenco não ficam para trás, contribuindo para a série de maneira relevante e
dentro da importância de cada um, com destaque para Belinda Bromilow, a
qual trouxe uma sensibilidade e vulnerabilidade em conjunto a um rigor preciso
da sua personagem.
A cenografia da série
constrói uma Rússia já inexistente, mas que sempre passa uma aura colossal, com
uma fidelidade visual belíssima. Os grandes palácios extremamente requintados,
com muita atenção aos detalhes pela produção, são contrapostos com os campos
vastos com abundância de verde e natureza, representando a Rússia rural do
século XVIII na sua integralidade.
A figurinista Sharon Long,
também presente na 1ª temporada da produção, trouxe uma nova perspectiva aos
figurinos já usados, sempre obedecendo ao contexto histórico, região e marcos
da narrativa. É possível ver a importância e a influência que as vestimentas
tem dentro da narrativa, por meio de uma execução extraordinária, com destaque
para todos os figurinos usados por Fanning no período de gravidez da sua
personagem.
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