Preparem-se
porque aqui no Ponto Zzero vai rolar
o #Madonna60. Durante toda a semana,
nós estaremos comemorando o aniversário da rainha do pop com matérias a
homenageando. São 60 anos de Madonna
vivendo entre nós, mostrando toda sua arte, seu poder, seus clipes
maravilhosos, apresentações marcantes, influenciando gerações e gerações de
cantoras…
Ao
longo dessas seis décadas de existência ~quase quatro delas liderando a
indústria musical~, a cantora foi pioneira em inúmeras esferas, entre elas a do
videoclipe. Tem assunto melhor pra começar esse especial #Madonna60 no Ponto Zzero?
Foi
a partir deste formato que, no início dos anos 1980, Madonna, junto com Michael
Jackson, Prince, Janet Jackson e muitos outros, dominou a arte de fazer videoclipes, fez a
sua fama e ditou muuuuitas tendências. Deu trabalho selecionar tão poucos
vídeos maravilhosos em um catálogo cheio de pérolas. Foi tarefa árdua. Mas
listamos os 15 melhores vídeos do ícone, do muito bom até o excelente (porque,
convenhamos, não dá pra dizer que ela tem um clipe ruim – o Get Together é apenas uma apresentação
no power point).
Pare o que você estiver fazendo e
venha com a gente:
15. Hollywood
Vamos
começar essa lista com Hollywood,
terceiro single do disco American Life.
A atitude do momento era questionar o modo de vida americano e Madonna não perdeu tempo em mostrar as
duas faces da cidade. Cheio de referências ao trabalho do fotógrafo Guy Bourdin, o vídeo é um bom exemplo
de como a parceria dela com o francês Jean
Baptiste Mondino, que também fez os clipes de Justify My Love, Don’t Tell
Me e Human Nature, rendeu bons
frutos. Olha essa fotografiaaaaa!
14. Open Your Heart
Aqui
a palavra é anos 1980. Esse clipe é uma viagem! Um garoto entra no que parece
ser um clube noturno e encontra Madonna
toda performática, vestindo o que seria o embrião do famigerado sutiã de cone
da Blond Ambition Tour. Ele a
observa por uma fresta e o resultado disso é pura fascinação!
O
orçamento foi baixo, mas sabe quando a música tem um quê de doçura? É um peep
show com a Madonna! É a Madonna dançando. Com peruca, com um
collantzinho! Icônico. É a música que a Britney canta em frente ao espelho em
Crossroads.
13. Cherish
Se
tem uma coisa que Madonna sabe
conservar são bons contatos. Depois de ter trabalhado com Herb Ritts em algumas sessões de fotos ~entre elas, a da capa do
disco True Blue~ ela resolveu se
reunir novamente com o fotógrafo para o clipe de Cherish, uma balada supergostosinha, ilustrada por homens vestidos
de sereia e uma Madonna toda clean,
correndo pela praia. Corta pra hoje, Beyoncé
faz o mesmo em Drunk in Love, só que
numa praia à noite. Não é qualquer cantora que faz um clipe somente com p&b
na praia e manda bem. Tem que ser Madonna.
Ou Queen B.
12. Bedtime Story
Achou
que a gente não ia falar de conceito? Em 1994 a Björk escreveu essa música para a Madonna. Elas nunca se encontraram, mas a islandesa enviou uma
letra para ela que se tornaria não somente a veia do trabalho que ela lançaria
naquele ano, mas também o cenário mais surreal da história dos clipes.
Madonna aparece numa sociedade futurista que faz testes em
humanos. Divagação total pelo universo místico do inconsciente e uma verdadeira
obra prima ~tanto que o vídeo atualmente fica numa sala do Museu de Arte Moderna de Nova York, em exposição permanente. Tá,
meu bem?
11. Papa Don’t Preach
Papa Don’t Preach foi certamente o primeiro embate direto da Madonna com a igreja católica. O ano
era 1986 e as questões femininas estavam em alta. No vídeo da canção, que é
quase um curta-metragem, ela encarna uma garota que engravida do namorado
Trouxe
o debate para a roda e ganhou os nossos corações com este que é um dos clipes
mais legais dos anos 1980. E tem o papai dela sendo o Danny Aiello, ator icônico de Hollywood.
10. Ray of Light
O
objetivo da era Ray of Light foi o
de revolucionar. Bebendo na fonte da música eletrônica, Madonna convidou o então desconhecido diretor Jonas Akerlünd e caiu na estrada para uma série de filmagens
frenéticas que olhando a primeira vista, parecem ter sido feitas do dia para a
noite, mas levaram 14 dias para serem reunidas.
Tudo
frenético e agitado, correndo pela cidade alucinadamente e terminando a noite
numa balada, tudo isso combinado a alguns dos melhores vocais da carreira. O
resultado? Inúmeros prêmios, entre eles o Grammy na categoria Vídeo do ano e o
VMA de 1998 de melhor clipe do anooooo!
9. Bad Girl
Os
anos 1990 renderam à Madonna
inspiração para trabalhos primorosos, como o próprio clipe de Erotica, lançado em 1992. Mas desse
álbum, sem dúvida, a melhor produção é a de Bad
Girl, derradeiro single do CD. Aqui, Madonna
encarna uma empresária bem sucedida, quase uma versão Miranda Priestly do drama.
Produção
cinematográfica, viu? Sabe quem dirige o clipe? David Fincher, que depois chegou em Hollywood fazendo S7ven, Clube da Luta, A Rede Social
e Garota Exemplar.
8. Express Yourself
O
mesmo David Fincher que fez Vogue e Bad Girl para Madonna
também fez esse. Nesse clipe, a referência é o filme Metrópolis, a revolução industrial, mas com um toque feminista da
rainha do pop. Ela é a mulher dominante.
Ela
tem um exército de homens sem camisa dançando para ela. Ela transa com um
deles. Ela é chique, ela tem um gato preto, vestidões… Tem muita chuva, é meio Blade Runner… É um festival de imagens
riquíssimo. Ela tá toda noir, ela.
7. Human Nature
Olha
aí o Mondino novamente. Ele já tinha feito o Justify My Love e chocado o mundo com a polêmica e agora voltava a
trabalhar com Madonna num video que
fala sobre censura, sobre ser quem você é e não se desculpar por isso.
A
ideia de Human Nature é bem simples.
Madonna aparece com trancinhas, batom preto, roupa toda de couro, bem mulher
gato, num clipe totalmente branco com uma coreografia absurda de boa junto com
os dançarinos. É assim que se faz clipe, gente. Madonna ensinou pro mundo inteiro.
6. Like a Prayer
Taí
um dos vídeos mais polêmicos da história da cultura pop. Madonna fala de religião, de preconceito. A rainha do pop canta no
meio de crucifixos em chamas e vive um amor proibido. Tira um santo do altar da
igreja e o beija na boca. Era então um santo? Ou um amor da vida dela que era
perseguido pela polícia? Veja o clipe e tira suas próprias conclusões.
Nessa
época, a Pepsi tinha feito um
contrato milionário com a cantora para ter a música Like a Prayer num dos comerciais da Pepsi. Ao lançar o clipe e Madonna
ser excomungada pela igreja católica e ser criticada por Deus o mundo (nesse
caso, figurativamente falando), a marca de refrigerantes cancelou o contrato. A
rainha do pop manteve o clipe como era e não alterou nada. Fique com seu
dinheiro, Pepsi. Muahuahauhaua!
5. Take a Bow
Paixão
de cinema: imagina só você, uma dama da sociedade espanhola da década de 1940,
se apaixonando por um toureiro. Amor impossível é o tema de Take a Bow, uma das maiores obras-primas
da cantora. O clipe, filmado no sul da Espanha, serviu inclusive para dar uma
forcinha na hora da seleção de Madonna
para o filme Evita, musical que deu
à cantora o Globo de Ouro de melhor atriz três anos depois. Lindo de morrer!
Que lingerie maravilhosa, M!
4. Frozen
Em
1998, Madonna já sabia direitinho o
que queria dali em diante, pois colocou toda a equipe em uma van e foi até o
deserto de Mojave, o mais árido e mais seco dos Estados Unidos, e gravou o
videoclipe de Frozen, uma das baladas
mais belas do catálogo.
Mais
uma vez morena e encarnando uma espécie de deusa gótica, é nesta canção que ela
apresenta o conceito dark do disco Ray
of Light, disco que seria lançado pouco tempo depois. A direção é do
britânico Chris Cunningham, que fez
vários clipes do Aphex Twin e a
obra-prima All is Full of Love, da Bjork.
3. Rain
Ela
tá de cabelinho preto curtinho, no meio da comunidade japa. Rain é um dos vídeos mais sofisticados
da Madonna. Filmado completamente em
preto e branco e colorido artificialmente pra dar aquela tonalidade azul
maravilhosa, o videoclipe mostra a artista em várias poses reflexivas, lidando
com o drama que é viver um amor não correspondido. A direção é do Mark Romanek, que já fez clipe pra
todo-artista-pop-que-você-conhece-no-mundo.
2. Justify My Love
As
primeiras posições não poderiam deixar a desejar. Esse é lindooooo! Mais uma
obra-prima em forma de clipe. Madonna
conseguiu ser extremamente sexy e ousada num clipe cheio de fetiches e com
todas as formas de amor. A direção é do francês Jean-Baptiste Mondino, que também fez o Don’t Tell Me. Na época, Justify
My Love foi censurado pelas televisões. Nem a MTV topou exibir. Madonna
lançou um VHS só com o clipe e vendeu horrores nos supermercados e bancas de
revista.
Vendo
o burburinho sobre o clipe, as emissoras decidiram exibir. Madonna fez questão de não cortar nada. O clipe como você vai ver
está do jeito que a rainha do pop quis. No final, ela sai toda safadinha do
“bordel” e o clipe manda o recado: “Pobre é o homem cujo prazer depende da
permissão do outro”.
1. Vogue
Um
dos melhores clipes da história dos videoclipes. Tá no mesmo patamar de “Thriller” de Michael Jackson. Dirigido por David
Fincher (que depois chega para fazer Express
Yourself e Bad Girl para Madonna), o vídeo é perfeitamente
coreografada e iluminado.
A
ideia é uma homenagem ao cinema e ao glamour dos astros e dos filmes da década
de ouro de Hollywood. Só que Madonna
fez isso com as gays negras, asiáticas e marginalizadas mais POC possíveis,
numa época em que a comunidade LGBTQ sofria com o surto da Aids e o preconceito
era muito maior que o de hoje. E a dança “voguing”, que todo mundo agora
conhece por causa de “Pose”.
Sem
Madonna, a música pop não seria
porra alguma. Queremos mais 60 anos de Madonna. Como é bom viver na mesma época
que ela. Todo mundo aprende. Todo mundo recebe arte provocativa com qualidade
absurdamente boa. Rainha do pop mesmo.
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