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Esquema de trânsito será semelhante ao do réveillon: Copacabana será fechada ao trânsito às 19h30. Um centro de controle será montado na Praça do Lido, e 65 torres de patrulhamento serão espalhadas na areia.
O show de Madonna na Praia de Copacabana no próximo dia 4 de maio vai durar 2 horas, e quem quiser evitar a multidão poderá ouvir a apresentação atrás do palco, já que haverá torres de som dos 2 lados da boca de cena.
A Prefeitura do Rio de Janeiro e o governo do RJ deram detalhes, nesta quinta-feira (25), do plano operacional para o megaevento. A previsão de público aumentou, e as autoridades esperam 1,5 milhão de pessoas nas areias de Copacabana — antes era 1 milhão.
A estrutura está sendo montada em frente ao Copacabana Palace, voltada para o Leme. Os organizadores estimam que atrás do palco e da área de serviço, em direção ao Posto 6, esteja menos cheio.
Haverá DJs tocando a partir das 19h. Às 20h, assume o DJ Diplo. Madonna subirá ao palco às 21h45. O show deve terminar às 23h45 — se a rainha não quiser esticar...
A TV Globo, o Multishow e o Globoplay vão transmitir a apresentação ao vivo.
Segurança
A PM mobilizou 3,2 mil militares para o dia do evento. Assim como no Ano-Novo, haverá 18 pontos de revista com detectores de metal nos acessos à praia — e atenção, porque nem todas as ruas estarão abertas para passagem. Garrafas e vasilhames de vidro e objetos cortantes serão retidos.
A tropa vai operar com 12 câmeras de reconhecimento facial, 64 viaturas e 4 drones. Um centro de controle será montado na Praça do Lido, e 65 torres de patrulhamento serão espalhadas na areia.
Trânsito
O esquema será muito semelhante ao adotado todos os anos no réveillon.
Já na quinta-feira anterior (2), o estacionamento será proibido em quase todas as vias em Copacabana.
No sábado (4), a pista junto à areia da Avenida Atlântica amanhecerá fechada, como acontece na operação das áreas de lazer nos domingos e feriados. Às 11h, a pista da Atlântica junto aos prédios também será interditada. partir das 18h, só poderão entrar no bairro táxis e ônibus. Às 19h30, Copacabana toda estará fechada ao trânsito. Às 4h, os acessos serão reabertos.
Metrô
O metrô do Rio vai funcionar até 4h da madrugada para atender o público que for ao show.
Diferentemente do que acontece no réveillon, não haverá o embarque escalonado por hora, com os bilhetes especiais. A concessionária informou que o sistema vai operar com 100% da frota a partir das 15h e recomendou que o público antecipe a ida a Copacabana, desembarcando na Siqueira Campos.
O acesso às estações será monitorado, e não está descartada uma “operação-tartaruga”, com controle nas plataformas, a fim de evitar superlotação.
As demais estações do sistema metroviário funcionarão normalmente, das 5h à meia-noite, e após o horário habitual de fechamento, ficarão abertas apenas para desembarque do público.
Ônibus
Haverá uma linha direta do Terminal Gentileza até a Avenida Princesa Isabel, com bilhete de ida e volta a R$ 8,60, exclusivamente no cartão Jaé.
BRTs vão operar ao longo da madrugada para escoamento dos fãs, nas linhas 11 (Alvorada-Santa Cruz), 17 (Campo Grande-Santa Cruz), 22 (Alvorada-Jardim Oceânico), 35 (Paulo da Portela-Alvorada), 38 (Galeão-Alvorada), 50 (Jardim Oceânico-Centro Olímpico), 51 (Deodoro-Recreio), 60 (Deodoro-Gentileza) e 80 (Penha-Gentileza).
Ônibus de linha regulares terão os bolsões de embarque e desembarque na Praia de Botafogo e em Ipanema, como já ocorre no réveillon.
Estrutura
O show da rainha do pop conta com uma estrutura digna da realeza.
São pelo menos 200 pessoas na equipe, que ocuparão 90 quartos do hotel Copacabana Palace, um dos mais luxuosos do Rio.
No hotel, 5 salões estão reservados para ensaios.
A apresentação conta com 80 toneladas de equipamentos que são transportados em 3 aviões de carga e 30 caminhões.
Uma parte dessa carga, inclusive, já desembarcou no Aeroporto de Viracopos, em Campinas, no interior de São Paulo.
Madonna consegue manter sua relevância mais uma vez em 40 anos de carreira, sem perder seu trono de Rainha do Pop. Podemos ver isso com o efeito de sua última turnê mundial, a Celebration Tour, que além de ter esgotado todos as suas datas pelo mundo, mostra o quanto a estrela ainda consegue surpreender e inovar no palco, mesmo com as limitações da idade. A estrela está atualmente com 64 anos.
Para finalizar com chave de ouro sua atual excursão, a Celebration Tour, a cantora escolheu o Brasil como palco. Mas precisamente a Praia de Copacabana, um dos cartões postais mais conhecidos do pais no mundo.
Mas não será apenas mais um show da cantora, será o show!
Segundo informações publicadas por alguns portais de notícias especializados em entretenimento, esse será o maior show da cantora, podendo se tornar o maior show de um artista no mundo, até o presente momento, de todos os tempos.
Como parte da divulgação, a edição brasileira da revista Billboard, celebra a vinda de Madonna com uma matéria especial sobre os 40 anos de carreira da cantora na edição desse mês, com direito a duas capas especiais.
A sétima edição da BillboardBrasil tem uma surpresa: uma revista extra, que celebra os 40 anos de carreira de Madonna e revela todos os detalhes da vinda ao Brasil.
Em 2021, com a estreia de "Duna", Denis Villeneuve mostrou ao mundo que adaptação é uma das coisas que ele faz de melhor. O "selo de qualidade" do cineasta, a bem da verdade, já estava mais que criado na indústria depois de "A Chegada" (2016) e "Blade Runner 2049". Mas foi no deserto de Arrakis que o diretor franco-canadense encontrou sua mina de ouro — ou especiaria. Foram seis oscars só no primeiro filme. Nesse segundo, ouso dizer que as chances nas premiações duplicam.
Se o primeiro longa-metragem fez um meticuloso trabalho de apresentação do universo criado por Frank Herbert, autor do livro no qual a agora trilogia de Villeneuve se baseia, o segundo chega como um filme transitório, preparando terreno para um terceiro título que já tem até nome — "O Messias de Duna" —, mas sem perder espaço ou relevância ao trazer a continuação da história de Paul Atreides (Timothée Chalamet). E resolve um dos problemas mais criticados da produção de 2021: o ritmo.
A trama gira em torno de Paul, o messias que inicia uma guerra santa para salvar o planeta desértico de Arrakis da exploração da especiaria, item valioso para viagens espaciais e poderoso entorpecente. Em busca de vingança pela exterminação da Casa Atreides, ele se une aos fremen, povo nativo do deserto, para reequilibrar as forças do universo.
O impacto não só veio com a fotografia esmagadora do deserto, que te engole ao mesmo tempo que fascina, mas com a junção dela a um som que atravessa o corpo e causa sensações que somente um elenco tão talentoso quanto o do filme poderia amplificar.
Mas será que vale a pena investir seu tempo nesse longa?
A obra que baseia ambos os filmes de "Duna" é um extenso e complexo "calhamaço" de 680 páginas. Em outras palavras, é um manuscrito longo que descreve um novo universo, o deserto Arrakis, a cultura e geopolítica de cada uma das Casas daquela galáxia e, principalmente, a história de Paul, que tem o dom de prever o futuro — ainda que em diferentes linhas de possibilidade. Mesmo diante dessa trama intrincada, Villeneuve fez um excelente trabalho no primeiro filme para apresentar esse cenário, mas em um ritmo que não agradou todo mundo: muita gente se queixou da lentidão dos acontecimentos na história.
O formato mais lento é bem característico dos filmes do diretor e também se relaciona com o próprio gênero da ficção-científica no cinema. Não é bem o formato "Blockbuster", então é normal que cause um estranhamento à primeira vista. Mas esse é um problema que, nesse segundo título, já pode ser dado como resolvido — até porque, diante do sucesso do primeiro longa, essa necessidade de cativar um público maior se faz muito necessária. O novo filme teve orçamento de US$ 122 milhões e seu antecessor faturou US$ 433,8 milhões.
Munido de um público que agora tem contexto, em "Duna: Parte 2", Villaneuve se aprofunda na relação dos personagens entre si e com o deserto. Nomenclaturas difíceis e paisagens muito contemplativas, de longa duração e com muito foco, ficaram no primeiro filme: a continuação é mais rica em cenas de ação, diálogos dinâmicos e momentos mais emocionantes — o que permite que suas 2h45 de duração passem imperceptíveis.
Vale dizer que apesar do enfoque nas relações, os aspectos mais culturais do filme não se perderam, tampouco receberam menos atenção. Eles estão todos ali e compõem o universo, embora estejam, sem sombra de dúvidas, mais equilibrados com todas as cenas épicas do filme. Também ficam mais fáceis de serem compreendidos, outro ponto que deixava muita gente confusa no longa de 2021.
"Duna: Parte 2" abre muito espaço para desenvolver o romance entre Paul Atreides e Chani (Zendaya), que teve tão pouco tempo de tela no primeiro filme. A química entre Chalamet e Zendaya, nesse segundo longa, funciona à perfeição: toda a construção do longa te influencia a suspirar nas cenas em que estão juntos, muito alternadas entre takes distantes e close-ups no rosto dos atores.
Contudo, ao mesmo tempo em que é fácil torcer pelo casal, é aflitivo se apegar ao amor deles — algo que o roteiro trabalha muito bem. Não é spoiler dizer que, em condições tão desfavoráveis, diante de uma guerra inevitável e da ascensão de Paul como líder dos fremen, Chani assume uma posição angustiante.
Aqui vão as apreciações do brilhante trabalho de Zendaya no filme. Enquanto a atriz mergulha na interpretação de uma personagem mais "dura" e carrancuda, com fortes convicções e problemas de confiança, Chalamet tem desenvoltura para cativar interesse nas cenas em que se apresenta mais humilde, na mesma medida em que mantém postura para abocanhar os momentos em que é líder. O ator nova-iorquino, de 28 anos, confirma que é a escolha ideal para o papel. Zendaya, por outro lado, comprova sua maestria para desenvolver papéis de drama.
Somados a eles estão Javier Barden, Stellan Skarsgård e Rebecca Ferguson, atores já consolidados na indústria, que são peças-chave para o desenvolvimento deste segundo filme e não deixam nada a desejar. Também são apresentados Florence Pugh, que revela na fisionomia todas as reações e pensamentos da Princesa Irulan — personagem que, nos livros, acompanha os leitores desde o início da trama — e Austin Butler, que encara o desafio de trazer à vida o ambicioso e violento Feyhd-Rautha. São artistas que preenchem a tela com talento: E é só o que pode ser dito sem spoilers.
O deserto que te engole — e encanta
Já desde os trailers é perceptivo o quanto a fotografia de "Duna: Parte 2" é suntuosa. São vários os takes mais abertos, que aproveitam a magnitude de Arrakis. As cenas na areia foram gravadas no deserto da Jordânia e Abu Dhabi, o que abre margem para uma filmografia muito mais realista, distante dos CGIs exagerados. As dunas, verdadeiras montanhas de areia, recriam aquilo que Frank Herbert tanto se esforçou para transpassar em seu manuscrito: a força irrevogável do deserto.
O enquadramento mais distante dos personagens, que os mostra tão pequenos em relação a essas dunas, expressa muito bem o quanto a natureza pode ser esmagadora. Ali, tudo tem mais poder do que os humanos, seja pelos vermes de areia, seja pela sobrevivência em um local tão inóspito. E ao mesmo tempo, esse perigo eminente tem uma beleza viciante: o deserto assusta na mesma medida que emociona. É difícil tirar os olhos da tela e a vontade de querer passar mais tempo lá dentro sufoca os pulmões com ansiedade.
Épico que reverbera no peito
Por fim, se tem uma coisa que um bom filme de ficção-científica precisa, sem exceções, é causar impacto. Não existe nova realidade, universo ou probabilidade que se preze sem isso. A estratégia, nesse gênero, vem muito pelo conjunto da fotografia com a mixagem de som— ela mesma, aquela categoria que todo mundo ignora nas premiações do cinema.
Veja, é um fato que são muitos os componentes para tirar um roteiro do papel e transformá-lo em filme, e também é claro que a filmagem é uma das partes mais importantes do todo (senão, não se chamaria filme, né?). Mas muita gente dá pouca importância ao som, que tem esse poder (delicioso) de causar sensações. É aquele silêncio que antecede o susto em "Psicose", o conforto do preparo dos pratos em "Ratatouille", a ansiedade da explosão da bomba em "Oppenheimer", o desespero dos tiros de "Dunkirk" e por aí vai.
Em "Duna", o trabalho do som é um dos pontos mais importantes, porque é por meio dele que toda a sensação de magnitude — tanto dos personagens quanto do deserto — se forma e se apoia. É aquele ponto que reverbera no peito: o som atravessa o público e carrega, consigo, uma porção de sensações. O poder do deserto mora em seus barulhos e silêncios, nos vermes que fazem a cadeira do cinema tremer e o espectador se arrepiar.
Não à toa, o diretor ganhou o Oscar de mixagem de som no primeiro filme, de 2021, e deve ter a atenção da Academia também neste segundo longa. Minha única ressalva é que toda a atenção ao som engoliu um pouco do trabalho brilhante de Hans Zimmer, que foi premiado três anos atrás na categoria de melhor trilha sonora. Não acho que a música esteja perdida na trama, mas ela sem dúvidas recebeu mais atenções no filme de 2021.
Ainda seguindo nas partes que poderiam ser melhores, outro ponto que deixa a desejar é o desenvolvimento de Feyd-Rautha (Austin Butler). Novo à trama, apesar de bem interpretado, o personagem chega às telas com fama da psicopata, mas não convence tanto nas ações demonstradas. Em conjunto dele, na verdade, noto que os "vilões" da vez tiveram pouco destaque: senti falta de uma construção melhor dos personagens.
Tem diferença dos livros?
Como toda adaptação, é necessário fazer escolhas. Aqui não foi diferente: "Duna Parte 2" fez algumas escolhas narrativas diferentes da obra original, mas chega aos mesmo lugares. A parte boa de quem é um leitor fiel do livro de Herbet é que há bastante conteúdo para identificar, e uns bons easter eggs para aquecer o coração dos fãs.
Na visão da crítica que vos fala, que tem a ficção-científica no topo de seus gêneros favoritos do cinema, tenho uma teoria. Existem filmes sci-fy que te impactam, alguns te atravessam, muitos fazem grandes alertas, mas poucos (bem poucos, mesmo) são aqueles que te consomem. Desde o primeiro "Duna" me senti consumida pelo trabalho de Villeneuve. Nesse segundo filme, no entanto, de alguma forma, ele conseguiu também me soterrar na emoção — o que é uma boa analogia, já que a maior parte do filme se passa na areia. Então, sim, vale muito ver no cinema. De preferência na sala IMAX.
Quem está no elenco de "Duna: Parte 2"?
O elenco é composto por Timothée Chalamet, Zendaya, Austin Butler, Florence Pugh, Javier Barden, Christopher Walken, Josh Brolin, Rebecca Ferguson, Dave Bautista e Stellan Skarsgård.
“Deadpool & Wolverine” deve ser um prato cheio de piadocas, referências de cultura pop e ação, como indica o inédito trailer divulgado pela Marvel Studios nesta segunda-feira (22).
Ao som de “Like A Prayer”, de Madonna, a prévia mostra Wade Wilson/Deadpool (Ryan Reynolds) e Logan/Wolverine (Hugh Jackman), agora na mira da Autoridade de Variância Temporal (AVT), juntos. Os dois trocam porrada, aprendizados e humor.
Os personagens também estampam os novos pôsteres do filme. Cada um aparece empunhando sua respectiva arma, que, em seu brilho, reflete a imagem do outro.
Nomes como Matthew Macfadyen, Jennifer Garner, Emma Corrin, Morena Baccarin, Rob Delaney, Leslie Uggams e Karan Soni formam o elenco com Reynolds e Jackman.
Reynolds ainda assina o roteiro em parceria com Shawn Levy, Rhett Reese, Paul Wernick e Zeb Wells, além de atuar como produtor. O mesmo Levy é o responsável pela direção. “Deadpool & Wolverine” estreia em 25 de julho.
Orgulho nacional! A estreia de “Guerra Civil”, novo filme do premiadíssimo estúdio norte-americano A24, chamou a atenção do Brasil e do mundo a Wagner Moura.
No país de origem do ator, seu nome disparou no Google e cresceu em 600% só nos últimos sete dias. Seus personagens e projetos também tiveram picos de buscas. Veja os dados reunidos pelo Google Trends, em primeira mão.
“Guerra Civil” e Wagner Moura estão entre os assuntos com maior crescimento no Brasil nos últimos sete dias. O longa-metragem foi 2º assunto com maior alta na categoria de entretenimento nesse período, ficando atrás apenas de “Fallout”.
Abril de 2023 já é o mês com mais pesquisas por Wagner Moura desde 2019. Ou seja, este é o patamar de buscas mais alto dos últimos cinco anos.
As pesquisas por Wagner Moura aumentaram seis vezes na comparação dos últimos sete dias com o período anterior (+600%), superando as feitas por “Guerra Civil”.
Capitão Nascimento, em “Tropa de Elite”, foi o personagem de Wagner Moura mais buscado desde o início da série histórica, em 2004. Pablo Escobar, em “Narcos”, foi o 2º personagem do ator mais buscado.
Logo depois, os filmes “Elysium” (2013) e “VIPs” (2010) foram muito buscados ao lado do nome de Wagner Moura. Já a novela mais pesquisada foi “ParaísoTropical”, da TV Globo, que foi ao ar em 2007.
Em cartaz nos cinemas brasileiros desde a última quinta-feira (18), o thriller distópico acompanha um grupo de jornalistas durante uma guerra civil nos Estados Unidos.
Nomes como Kirsten Dunst, Jesse Plemons, Cailee Spaeny, Nick Offerman e Stephen McKinley Henderson integram o elenco com Moura. Alex Garland, conhecido por “Ex_Machina: Instinto Artificial” (2014), assume a direção e o roteiro.
Dentre todas as adaptações de games para o cinema ou TV, Fallout talvez fosse uma das que teriam o trabalho mais fácil para dar certo, mas ao mesmo tempo, a que poderia desandar com o menor deslize. O Amazon Studios abraçou a possibilidade e colocou a produção nas mãos de Jonathan Nolan e Lisa Joy, responsáveis por Westworld, que conseguiram entregar uma das adaptações mais fiéis e divertidas de um jogo de videogame até hoje.
Fugindo da armadilha de tentar recontar a história de um dos jogos da franquia, Fallout, a série, se dá bem por andar com as próprias pernas em um universo criado ainda na década de 1990, pela Interplay, e popularizado para novas gerações pela Bethesda Softworks.
Fallout entrega uma bela representação do que é jogar um dos games da franquia, com todos os seus acertos, mas não sem os tropeços. Basicamente, até os bugs típicos dos títulos da Bethesda que sempre marcam os lançamentos de novos jogos estão presentes nos erros da adaptação. É jogar sem precisar de um joystick na mão.
I don't want to set the world on fire
Fallout se passa 229 anos após a guerra nuclear que devastou os Estados Unidos. A história se divide em três personagens principais: Lucy MacLean, jovem moradora do Vault 33 e interpretada por Ella Purnell (Yellowjackets); Maximus, um escudeiro da Irmandade do Aço, interpretado por Aaron Moten; e Cooper Howard, um ator de Hollywood que sobreviveu por mais de 200 anos como um Ghoul, um ser mutante que agora é um caçador de recompensas, interpretado por Walter Goggins (Justified).
Os três personagens conseguem cobrir praticamente tudo o que Fallout pode oferecer em uma série de TV. Lucy é, de certa forma, inocente, já que nunca saiu do abrigo subterrâneo e não tem noção dos perigos do mundo exterior. Maximus já conhece o mundo através da dor e da devoção à Irmandade do Aço, que tenta limpar o país de alguma forma. E Cooper já perdeu e viveu tempo suficiente para compreender como as coisas realmente funcionam.
Ao focar nesses três personagens, a série permite que os fãs da franquia possam reconhecer elementos e caçar easter eggs enquanto aproveitam a nova trama, ao mesmo tempo em que aqueles que nunca colocaram um controle de videogame na mão ou sentaram na frente de um PC para jogar podem aproveitar completamente a adaptação e conhecer todas as facetas desse rico universo.
Apesar de boa parte da trama ter Lucy, em um trabalho bastante competente e que deve dar ainda mais destaque à Ella Purnell, como ponto principal, quase servindo como uma protagonista, Maximus e Cooper são igualmente importantes para o andamento da trama da temporada.
Assim como acontece com outros jogos da franquia de games, Fallout, a série, conta uma história inédita, inclusive fazendo parte da cronologia da franquia, se passando alguns anos após Fallout 4. Isso deu liberdade a Jonathan Nolan e Lisa Joy de olhar para frente sem medo de ser feliz, sem qualquer tipo de amarra relacionada a acontecimentos de jogos passados.
A escolha do elenco, principalmente com Purnell (a mais nova estrela de olhos grandes e franjinha de Hollywood) e Goggins é muito inspirada e faz o espectador ter vontade de ver mais deles. Lucy é uma personagem que funciona exatamente pela sua ingenuidade em relação ao mundo exterior, fazendo com que você torça por ela.
Já Cooper é o exato oposto disso. É típico personagem durão, mas que tem um passado trágico que o torna muito interessante. O ator brilha no papel do mutante caçador de recompensas, novamente mostrando por que é um dos atores mais interessantes de Hollywood nos últimos 15 anos, trabalhando em produções como Os Oito Odiados e The Righteous Gemstones.
Confesso ter achado Maximus, interpretado por Aaron Moten, o elo mais fraco do trio, apesar de ter alguns bons momentos ao longo da temporada. Parece faltar algo no personagem para que ele se destaque. Pelo menos a armadura que ele usa é pura doideira.
Um mundo devastado e fascinante
Como jogador, eu sempre fui bastante fascinado pelo universo da franquia Fallout. Nunca fui muito fã da outra grande série da Bethesda, The Elder Scrolls, mas os jogos pós-apocalípticos sempre me chamaram atenção.
Fallout 3, mesmo com suas falhas, ainda é um dos meus jogos favoritos até hoje, seguido por Fallout: New Vegas. Quase todos os jogos seguem caminhos distintos, tendo apenas o mundo pós-apocalíptico como ponto comum. A série segue exatamente esses passos, servindo como uma aventura assistida da franquia.
Essa certamente foi a maior sacada da produção, já que permitiu aproveitar um cenário rico, cheio de elementos interessantes, já devidamente desenvolvidos e prontos para colocar na tela. Com tudo isso já esquematizado, bastou colocar uma história que fosse envolvente e ainda conseguisse apresentar novos elementos para ter sucesso.
Fallout consegue tudo isso, principalmente ao trazer a sensação dos games, com encontros com figuras bizarras e uma constante aura de perigo e vontade de explorar todos os cantos dos lugares apresentados.
Até os bugs estão presentes
Como comentamos, a experiência da série Fallout se assemelha bastante a dos jogos — inclusive em seus tropeços. A franquia da Bethesda, assim como praticamente tudo o que a empresa faz, é bastante conhecida pelos bugs encontrados pelo caminho. É impossível que um título seja lançado sem que alguma coisa esteja quebrada ou que funcione de um jeito que não deveria. É algo que já virou uma característica da empresa e que é esperado a cada novo Fallout.
A sua adaptação se sai um pouco melhor em relação a isso, mas alguns problemas são bastante notáveis. O ritmo da temporada me incomodou um pouco, com um início muito corrido, tentando apresentar tudo o que precisa sobre a trama de uma vez só, enquanto outros episódios são demasiadamente longos, causando uma certa fadiga.
Assim como nos jogos, esses bugs podem ser tratados como coisas boas por algumas pessoas, já que esses episódios mais longos também ajudam alguns personagens e situações terem um pouco mais de espaço e tempo para respirarem e serem mais desenvolvidos.
Por se tratar de uma série de streaming com todos os episódios lançados de uma vez só, isso talvez seja sentido por aqueles que vão maratonar a temporada, como eu fiz. Por outro lado, se você assistir os capítulos no seu próprio tempo, talvez não perceba tanto esse "problema".
O futuro pode ser caótico, mas muito divertido
A temporada de Fallout consegue apresentar muito bem a ideia da franquia, sendo uma ótima história de ficção científica, aliada a uma das melhores adaptações de games para outra mídia. A sua história é relativamente fechada nos oito episódios, mas um gancho fenomenal e os envolvidos na produção já falando que têm tudo planejado caso a série ganhe mais uma temporada, me deixam empolgado com o que está por vir.
Emma Stone foi anunciada como a vencedora do Oscar de melhor atriz em 2024 na noite de domingo (10/3), por seu papel na fantasia cômica Pobres Criaturas. É seu segundo prêmio na categoria: em 2017, recebeu a estatueta por La La Land.
A categoria foi a maior surpresa da noite. A disputa estava acirrada entre Emma e Lily Gladstone, de Assassinos da Lua das Flores, pendendo mais para a segunda. Mas a plateia vibrou: Emma concebeu uma das melhores interpretações da temporada ao viver a peculiar Bella Baxter, moldando com destreza sua linguagem verbal e corporal para acompanhar o amadurecimento da personagem.
Pobres Criaturas, do cineasta grego Yorgos Lanthimos, estava indicado a 11 categorias, das quais venceu quatro. Adaptado de um romance do britânico Alasdair Gray, o filme é uma versão do clássico Frankenstein. Bella Baxter (Stone) é uma mulher trazida de volta à vida graças às artimanhas do cientista Dr. Godwin (Willem Dafoe): com um cérebro de bebê, ela vai conhecer o mundo, evoluindo com velocidade. É através das esquisitices de suas descobertas que o longa discute temas como existencialismo, sexualidade e liberdade feminina.
A vitória veio com gostinho especial para Emma, já que a atriz também assina como produtora do longa. Na campanha pelo Oscar, ela vinha exaltando o projeto enquanto uma parceria criativa com Lanthimos. "É sobre uma equipe que se uniu para fazer algo maior que a soma das partes. E essa é a melhor parte de fazer filmes, estamos todos juntos", ressaltou em seu discurso de agradecimento.
O que a atriz disse sobre Pobres Criaturas
Pobres Criaturas é o que costumam chamar de "polêmico": recheado de cenas de sexo e nudez, o filme recebeu críticas, e, por bancar tais passagens, Emma Stone foi considerada destemida. Em entrevista, a atriz disse não concordar com o rótulo.
"As pessoas falam muito do sexo e da nudez como se isso fosse a coisa mais corajosa que um ator pode fazer. Mas eu não concordo com isso, neste caso. O que é inspirador na personagem e intrigante de interpretá-la é que cada aspecto de sua vida é novo, e ela aprende com cada um deles, seja o sexo, a dança, a política, a filosofia ou a comida. Para mim, o sexo é parte do que acontece a uma pessoa que está se desenvolvendo rapidamente."
Outra discussão que o filme promoveu leva em conta que o longa tem uma protagonista feminina que esbanja liberdade sexual, mas é dirigido e escrito por homens. Por isso, há quem considere que Pobres Criaturas explore o corpo feminino para deleite das plateias masculinas.
Emma confessou ficar irritada com tal visão. "Porque isso tira a minha agência. Eu produzi o filme. Participei de cada etapa. Para mim era importante contar a história exatamente da maneira como fizemos. Sim, Yorgos é homem. Mas eu gostaria que as pessoas não desprezassem a minha participação na criação de Pobres Criaturas", disse. Segundo Emma, Bella Baxter é a personagem favorita que fez até o momento.
Relembre a trajetória de Emma Stone
Aos 35 anos, Emma ostenta um currículo extenso e, por que não, diverso. É uma atriz que todo mundo identifica por pelo menos uma produção. No começo da carreira, ela se destacou em filmes que tendiam ao besteirol, voltados ao público adolescente, como Superbad - É Hoje (2007), Zumbilândia (2009) e A Mentira (2010), além de ter vivido Gwen Stacy na franquia O Espetacular Homem-Aranha, protagonizada por Andrew Garfield. Também investiu em comédias românticas, como Amor a Toda Prova (2011). Espirituosa, já conquistava o público desde então.
Logo passou a integrar o elenco de filmes premiados, como Histórias Cruzadas (2012) e Birdman (2014). Em 2017, ganhou o Oscar de melhor atriz pelo papel em La La Land: Cantando Estações. No musical, ela interpreta uma aspirante à atriz, contracenando com Ryan Gosling e provando que sabe dançar e cantar. Mais recentemente, deu vida à vilã Cruella de Vil no filme Cruella, da Disney, que deve ganhar uma sequência em breve.
A parceria com o cineasta Yorgos Lanthimos começou em A Favorita (2018), que também foi indicado ao Oscar. Naquele ano, Emma concorreu como melhor atriz coadjuvante, mas não levou. OliviaColman, sua parceira de cena, faturou a estatueta de melhor atriz.
O longa é ambientado na Grã-Bretanha do século 18, sob o comando da rainha Anne (Colman), já numa fase da sua vida em que estava doente e com dificuldades. A atenção da rainha passa a ser disputada por Sara Churchill (RachelWeisz), a duquesa de Marlborough, com quem mantinha uma relação íntima em segredo, e a recém-chegada Abigail Masham (Stone), determinada a tomar o posto de favorita da monarca.
Com sua bizarrice particular, Lanthimos extrai uma performance saborosa e divertidíssima de Emma, inaugurando uma nova fase de sua carreira. Foi justamente naquela época que os dois começaram a conversar sobre Bella Baxter.
Em 2023, além de brilhar no cinema com Poor Things, Emma também apostou no streaming. Ela estrelou a série The Curse (disponível na Paramount+), uma comédia ácida sobre um casal de apresentadores de um programa de TV sobre reforma de casas que precisam lidar com uma maldição.
Atriz de "True Dectetive", da HBO Max, trocou a Princesa Leia de "Star Wars" para atuar em “Sexta-Feira Muito Louca”
A atriz norte-americana Jodie Foster revelou que por pouco não interpretou a Princesa Leia em “Star Wars” de 1977. A personagem acabou sendo feita por Carrie Fisher, mas Foster poderia ter aceitado o icônico papel se não fosse a Disney.
Na época, a Disney ainda não tinha os direitos da franquia — o que aconteceu apenas em 2012, com a compra da Lucasfilm –, mas Jodie Foster já estava escalada para um filme do estúdio e não quis deixar a produção. Ela confirmou a história no programa “The Tonight Show”, apresentado por Jimmy Fallon.
“Eles queriam uma Princesa Leia mais jovem, mas eu tive um conflito. Eu estava fazendo um filme da Disney e simplesmente não queria desistir do filme da Disney porque já estava sob contrato.”
A atriz não contou qual filme era, mas, segundo a Variety, pela proximidade de datas, era possivelmente a primeira versão de “Freaky Friday” — que depois se tornou “Sexta-Feira Muito Louca” no remake de 2003.
Jodie Foster ainda opinou se a escolha por Carrie foi a correta. “Eles fizeram um trabalho incrível. Não sei quão bom eu teria sido. Eu poderia ter tido um cabelo diferente”, disse.
Posteriormente, Carrie ainda reprisaria a Princesa Leia nos filmes “Império Contra-Ataca”, “O Retorno de Jedi”, “O Despertar da Força” e “Os Últimos Jedi”. A Lucasfilm também incluiu cenas da atriz em “Ascensão Skywalker”, gravado após a morte dela em 2016.
A Sony Pictures vem tentando emplacar um universo expandido com os personagens conectados ao Homem-Aranha, mas estranhamente, ela não pode ou não quer usar outra versão do herói neles. Seja por imposição do Marvel Studios e sua relação com a versão de Tom Holland ou simplesmente porque querem emplacar um universo próprio, o fato que essa indefinição chega ao seu ponto mais baixo em Madema Teia, o mais recente título desse universo do Aranha sem o Aranha.
Aliás, a tentativa de criar um universo compartilhado aos moldes do MCU não é nova e vem desde O Espetacular Homem-Aranha 2, quando sugeriu apresentar o grupo de vilões Sexteto Sinistro. De lá para cá, praticamente tudo desandou, o estúdio emprestou Peter Parker para o Marvel Studios e, ainda assim, não desistiu da ideia desse grande universo. E o novo filme mostra que talvez seja a hora de desistir de insistir na ideia.
Isso porque Madame Teia poderia ser, por mais incrível que pareça, o primeiro filme dessa leva que faria um pouco de sentido por mostrar uma aliada do Aranha, personagens que se tornam heroínas e, com muita boa vontade, poderia se mostrar um potencial prequel do Homem-Aranha interpretado pelo Tom Holland. O problema é que ele é um filme ruim, equivocado, que parece uma colcha de retalhos e o que ainda continuou nela é constrangedor.
Madame Teia começa em 1973, quando a mãe de Cassandra Webb, Constance, procura no meio da Amazônia Peruana uma aranha que, segundo pesquisas, teria um veneno capaz de dar poderes a quem fosse picado — ou seja, a coisa toda já inicia da forma maus pueril possível.
Esses poderes fariam parte de uma lenda de um povo, Las Arañas, que protegeria a floresta com habilidades especiais. Para ajudá-la a buscar o aracnídeo, Constance contrata Ezekiel Sims, um sujeito com seus próprios planos nefastos.
Como você já deve imaginar, Ezekiel rouba a aranha e atira em Constance — que, vale a pena lembrar, fez tudo isso enquanto estava grávida de oito meses. Ela acaba sendo resgatada pelo Homem-Aranha peruano, provando que a tal lenda local é real e dá à luz Cassie, morrendo logo em seguida.
Essa introdução é constrangedora por vários motivos, sendo o mais gritante a existência dos Homens-Aranha peruanos que vivem no mato, assim como uma pessoa consegue se embrenhar no meio da selva amazônica com oito meses de gestação e acha uma boa ideia.
Porém, esse começo também dá o tom do que devemos esperar sobre o resto da trama de Madame Teia. Tudo é muito absurdo, os diálogos são constrangedores, a história se desenvolve de um jeito extremamente previsível, mas ao mesmo tempo, confuso. De início, você já sabe que é só ladeira abaixo. E é.
A pior parte de tudo é que, por baixo de todo esse caos, existe uma história que poderia ser explorada. A trama principal basicamente coloca Cassandra Webb em 2003, já com 30 anos, despertando poderes psíquicos ligados à aranha que salvou a sua vida durante seu nascimento.
Ela acaba cruzando o caminho de três garotas, Julia, Mattie e Anya, que são caçadas por Ezekiel que, assim como Cassie, também consegue ver o futuro. O vilão está atrás das garotas por ter visto que, em alguns anos, elas se tornarão heroínas e causarão a sua morte.
Dentro dessa configuração, é possível imaginar que Cassie tenta salvar as três jovens, entrando em conflito com o vilão. É exatamente isso que acontece, mas então, você começa a notar que o filme sofreu influências externas, mudando o que aparentemente deveria ser.
Alguém meteu a mão nesse filme
O primeiro sinal de que Madame Teia não é o filme que Dakota Johnson filmou é o fato de 95% das falas do vilão Ezekiel, interpretado pelo ator francês Tahar Rahim (Napoleão), foram dubladas na pós-produção. A prática do ADR, que é basicamente regravar falas que não foram bem capturadas durante as filmagens, faz parte da produção de qualquer filme, mas o negócio é tão mal feito aqui que parece que falas inteiras foram alteradas.
O fato de o filme se passar em 2003 também não faz sentido dentro do universo que a Sony tenta construir no cinema. Pouco antes da estreia, os produtores logo afirmaram que Madame Teia se passa no seu próprio universo, o que deixa tudo ainda mais confuso. Ou eles simplesmente desistiram de criar conexões.
Assistindo ao longa e considerando vários rumores que circularam na internet durante a sua produção, é possível criar uma teoria. Madame Teia foi concebido como um filme que mostraria Cassandra Webb, interpretada por Dakota Johnson, descobrindo seus poderes enquanto trabalhava com Ben Parker, interpretado por Adam Scott, em 2003.
A cunhada de Ben, Mary, aparece na história e está grávida de um garoto. Ezekiel Sims tem uma visão que alguém com poderes aracnídeos será o seu fim, e começa a caçar pessoas que poderiam ter esses poderes no futuro, trombando em Julia, Mattie e Anya.
Cassandra vê os ataques antes de acontecer e salva as três. Em uma reviravolta, Ezekiel descobre que o possível responsável pela sua morte ainda não nasceu, indo atrás de Mary Parker, que é salva por Cassandra e as três garotas.
Peter Parker nasce em 2003 e cresce para se tornar o Homem-Aranha da Sony, com uma timeline que se alinha ao aparecimento da versão de Tom Holland. Tudo no filme faz mais sentido se for seguir essa ideia, inclusive com os rumores de que um Cabeça de Teia apareceria na história. Só que não é nada disso que nos foi entregue na versão final.
A afirmação que o longa se passaria no seu próprio universo deixa a impressão que os seus produtores tiveram que mudar tudo no meio do caminho pois alguém falou "Não podemos usar o Homem-Aranha, se virem". Isso explicaria o ritmo esquisito do filme, vários diálogos claramente regravados do vilão e até mesmo a participação de Ben e sua cunhada na trama, completamente largados como óbvios easter eggs.
Isso talvez não tornasse Madame Teia um filme melhor, mas combinaria bem mais com a forma como as personagens são apresentadas e a história que ele tenta contar.
Notem que eu não falei do elenco, que faz o que pode com um roteiro cheio de furos e diálogos constrangedores. Adam Scott (Ruptura) como Ben Parker é uma escolha inspirada e ponto alto do filme, pois mesmo interpretando uma versão mais jovem do personagem, é possível ver ele tentando criar o sobrinho como uma boa pessoa.
Sydney Sweeney (Todos Menos Você) como Julia, a futura Mulher-Aranha, tenta o que pode com o material que lhe é dado, de uma adolescente frágil e abandonada que tenta crescer até se tornar a heroína do futuro, mas o roteiro não colabora muito com ela. O mesmo acontece com Celeste O'Connor (Ghostbusters: Mais Além) e Isabela Merced (Superman Legacy), que até conseguem passar a aura de adolescentes do início dos anos 2000 em todos os seus clichês.
Dakota Johnson (Cinquenta Tons de Cinza) me deixou confuso, já que, em algumas cenas, parece estar se divertindo com a galhofa que é a história e, em outras, é desconfortavelmente ruim ao tentar levar tudo muito a sério. É impossível não cair na risada quando ela recebe a versão do "Com grandes poderes, vem grandes responsabilidades" vinda do Homem-Aranha peruano. Não tem como.
Um filme que é uma viagem no tempo
Madame Teia se passar em 2003 chega a ser irônico, já que foi nesse período em que estúdios de Hollywood começaram a ver novamente o potencial de adaptações de quadrinhos, quebrando a cara com algumas tentativas ruins.
Muitos já compararam o filme com longas como Elektra, estrelado pela Jennifer Garner e lançado nessa mesma época, e acho que não está muito longe disso. Madame Teia não chega no nível do "tão ruim que fica bom", mas também não é horrível que você não consiga assistir. Por incrível que pareça, ele não é entediante.
Você começa a esperar pelo próximo absurdo previsível sem se sentir muito ofendido por ele. Assistindo a ele, me senti novamente no começo dos anos 2000, com direito às músicas da época. Só faltou tocar Hoobastank em alguma cena.
Comparando com outras produções do universo estendido da Sony, ele ainda consegue ser mais divertido de assistir do que Morbius. Não que isso fosse muito difícil.
Diana Nyad, nadadora de longa distância que ganhou notoriedade ao, em 1974, ganhar a competição do Golfo de Nápoles com um recorde feminino (8h11m – 35 km), ao, em 1975, nadar ao redor da Ilha de Manhattan (45 km) e, em 1979, nadar das Bahamas até a Flórida (164 km), tentou, em 1978, aos 28 anos, cruzar o oceano entre Havana, Cuba e Key West, Flórida, uma travessia de 180 km, com a ajuda de uma gaiola de tubarão, mas, depois de 42 horas de esforço, foi retirada da água pela equipe médica. O longa-metragem Nyad, coproduzido e distribuído pelo Netflix, é a ficcionalização da história real da nadadora tentando novamente essa travessia nada menos do que 33 anos depois, aos 61 anos e, ainda por cima, sem a proteção da gaiola.
Com direção do casal Jimmy Chin e Elizabeth Chai Vasarhelyi, especializado em documentários sobre esportes radicais com os ótimos e premiados Free Solo e The Rescue no currículo, em sua primeira obra ficcional, Nyad é uma fascinante história real que deve quase toda sua força e valor à dupla central de atrizes, Annette Bening como a nadadora do título e Jodie Foster como sua amiga de longa data e treinadora Bonnie Stoll. E não quero com isso desmerecer a direção de Chin e Vasarhelvi, mas sim, ao contrário, saudá-la por justamente entender a importância de se focar nessas excelentes atrizes sexagenárias que continuam mostrando sua capacidade dramática, dando-lhes tempo para maturar suas personagens e a relação amorosa, mas conflitante entre elas.
O roteiro da estreante em longas Julia Cox é simples e usa a estrutura clássica dos “filmes de esporte” que Hollywood sabe fazer tão bem ao destilar a impossibilidade e a quase literal loucura do que Nyad pretende fazer, reunindo traços de obsessão, teimosia e demonstração daquela qualidade admirável, mas por vezes perigosa, que é a fusão de se recusar a admitir derrota e de nunca desistir de seus sonhos. Cox sabe criar flashbacks em momentos chave da projeção para dar estofo ao passado da protagonista, dando-se até o luxo de criar suspense nessa construção, o que aumenta ainda mais a importância do que tenta fazer, mas, assim como o trabalho de direção, a roteirista confia em Bening e Foster para darem vida a diálogos que, saindo de atrizes menos experientes, não passariam de clichês do gênero.
E as atrizes simplesmente dominam todas as cenas em que aparecem, o que é basicamente o filme todo, com Bening, ainda por cima, demonstrando um vigor e forma físicas impressionantes, sem vergonha alguma – como ela não deveria ter mesmo, mas que a sociedade em geral e Hollywood em particular em tese a força a ter – de quase que literalmente desnudar sua idade diante das câmeras, algo que, em grau menor, Foster também faz. Ou seja, além de todas as mensagens edificantes que ficam bem claras no filme, há também, em segundo plano, a discussão sobre o envelhecimento de atrizes hollywoodianas, um tabu que, ainda bem, vem sendo consistentemente derrubado por obras como Grace and Frankie e, agora, Nyad.
Mas não seria justo de minha parte ignorar a presença e a atuação de Rhys Ifans no elenco de apoio como o cuidadoso e genial navegador John Bartlett que cria as rotas marítimas para Nyad. Com aquela simpatia que lhe é peculiar – quando ele quer, claro -, o ator estabelece com muita facilidade um rapport tanto com Bening quanto com Foster, só que em níveis claramente diferentes, como se seu personagem olhasse para Nyad com uma espécie de admiração absoluta e para Foster como uma igual, em seu cuidado e seriedade com o trabalho que lhe é confiado. Os três são muito naturais mesmo em situações extremas, como a feroz discussão que Nyad e Bartlett têm ou quando o céu literalmente cai sobre a cabeça deles em uma das tentativas de travessia, com a delicada trilha sonora composta por Alexandre Desplat pontuando esses importantes momentos com grande destreza e, melhor ainda, sem parecer intrusiva, algo que, claro, foi escolha da direção durante a sincronização sonora em pós-produção.
A grande verdade, porém, é que Nyad não seria Nyad sem o espetacular trabalho da equipe de maquiagem. Assim como eu sempre costumo afirmar que a melhor computação gráfica é aquela que não conseguimos dizer com certeza que é computação gráfica, a melhor maquiagem, para mim, normalmente é aquela que duvidamos ser maquiagem. Reputo bem menos fascinante transformar, por exemplo, Brendan Fraser em um obeso mórbido em A Baleia, do que Bening depois de dezenas de horas na água, com os efeitos do sol, do sal e de criaturas marinhas em sua pele. No primeiro caso, por melhor que seja o trabalho, o espectador sabe que é maquiagem, o que costuma quebrar um pouco a imersão e, no outro, a imersão é absoluta a ponto de ser perfeitamente crível imaginar que a atriz realmente passou dias na inclemente água salgada do Atlântico.
Nyad só realmente não funciona quando a direção tenta criar suspense e perigo na travessia que saem abertamente do esgotamento físico da nadadora. E não é o caso de os perigos não terem efetivamente acontecido – não sei se aconteceram -, mas sim a maneira quase episódica como eles aparecem, especialmente a sequência envolvendo tubarões que é algo amplamente esperado na linha da Arma de Tchekhov, mas que ganha uma execução paupérrima e contraproducente em uma obra que não precisava disso. Seja como for, não há como não apreciar a direção de Jimmy Chin e Elizabeth Chai Vasarhelyi, além do roteiro de Julia Cox que funcionam quase que exclusivamente como palcos para Annette Bening e Jodie Foster brilharem em uma história que por si só é imediatamente atraente.
Nyad (Idem – EUA, 03 de novembro de 2023) Direção: Jimmy Chin, Elizabeth Chai Vasarhelyi Roteiro: Julia Cox (baseado em livro e vida de Diana Nyad)
Elenco: Annette Bening, Jodie Foster, Rhys Ifans, Karly Rothenberg, Jeena Yi, Luke Cosgrove, Eric T. Miller, Garland Scott, Belle Darling, Pearl Darling, Anna Harriette Pittman, Johnny Solo, Eric T. Miller
Mais uma produção da cantora, compositora, atriz e mamãe Halle Bailey! De acordo com a revista Variety, a artista é uma das estrelas de um musical ambientado no verão de 1977 e baseado na infância de Pharrell Williams em Virginia Beach.
Ela se junta a Kelvin Harrison Jr. e Da’Vine Joy Randolph no elenco do projeto ainda sem título e produzido pelo próprio Williams em parceria com Mimi Valdés e Gil Netter.
Michel Gondry, conhecido por “Brilho Eterno de uma Mente Sem Lembranças” (2004), é quem dirige. Já a dupla Martin Hynes, de “Toy Story 4” (2019), e Steven Levenson, de “Tick, Tick… Boom!” (2021), se responsabiliza pelo roteiro.
Os trabalhos cinematográficos mais recentes de Halle, vale lembrar, são o live-action de “A Pequena Sereia”, lançado em maio de 2023, e a adaptação de “A Cor Púrpura”, em fevereiro deste ano. Na TV, ela fez “Grown-ish” de 2018 e 2022.
Ela também investe na carreira musical, tendo entregue as faixas solo “In Your Hands” e “Angel” nos últimos meses. Espera-se, ainda, que ela e a irmã Chloe retomem o duo Chloe x Halle.
A cantora e compositora mineira Marina Sena agora tem um quadro para ostentar as certificações do segundo álbum de sua carreira, “Vício Inerente”, lançado há quase um ano.
O disco em si, por ter batido a marca de 150 milhões de streams, tem certificação de Ouro, assim como a faixa “Olho No Gato”. Já as músicas “Dano Sarrada”, “Tudo Pra Amar Você” e “Que Tal”, parceria com Fleezus, tem de Platina.
“Fiquei muito feliz com os resultados desse trabalho que fiz com tanto amor e carinho pela arte, pela música”, comenta Marina em material enviado à imprensa.
A cantora completa: “Receber o reconhecimento e carinho da minha gravadora [Sony Music] me permite ser ainda mais confiante do que já sou. Temos muito caminho juntos ainda e vamos movimentar muita coisa”.
“Vício Inerente” chegou em abril de 2023, dando continuidade à discografia solo de Marina após a estreia “De Primeira”. Além das citadas “Olho No Gato”, “Dano Sarrada”, “Tudo Pra Amar Você” e “Que Tal”, o projeto entrega outras oito faixas.
A confirmação do show apoteótico de Madonna nas areias de Copacabana abalou a internet, os fãs e, claro, todas as plataformas digitais — incluindo a mais popular delas, o Spotify.
Todo mundo foi ouvir os hits da Rainha do Pop, que desembarcará por aqui para show único e de graça no dia 4 de maio.
Pensando nisso, a gente foi atrás de dados e descobriu que, no streaming preto e verde, o Brasil é o quarto país que mais dá plays nos álbuns e nas faixas da cantora.
A gente só perde para os Estados Unidos, país natal da cantora e número um do ranking, seguido de Reino Unido, em segundo; México, em terceiro; e Alemanha em quinto lugar, depois de nós.
Segundo informações dadas pela companhia, entre os usuários daqui, somente neste primeiro trimestre, houve um crescimento de 33% em plays e de 26% em horas de consumo.
São Paulo e Rio de Janeiro são as únicas cidades brasileiras entre as TOP 50 no mundo com o maior consumo de conteúdos da Madame X.
A capital paulista, inclusive, é a terceira no ranking global com mais de meio milhão de ouvintes mensais, atrás de Londres, no Reino Unido, e Santiago, no Chile.
As faixas de Madonna mais escutadas no Spotify no Brasil de 01 de janeiro a 31 de março de 2024:
La Isla Bonita Hung Up Material Girl 4 Minutes (feat. Justin Timberlake & Timbaland) Like a Virgin
Os álbuns de Madonna mais escutados no Spotify no Brasil de 01 de janeiro a 31 de março de 2024:
True Blue Confessions on a Dance Floor Like a Virgin Ray of Light
As faixas de Madonna que mais cresceram no Spotify no Brasil de 01 de janeiro a 31 de março de 2024:
Bad Girl I Don’t Search I Find Nothing Fails Bitch I’m Loca (feat. Maluma) God Control
Os álbuns de Madonna que mais cresceram no Spotify no Brasil de 01 de janeiro a 31 de março de 2024:
Erotica Hard Candy American Life MDNA Rebel Heart
As faixas de Madonna mais adicionadas à playlists de usuários no Spotify no Brasil de 01 de janeiro a 31 de março de 2024:
Material Girl Hung Up 4 Minutes (feat. Justin Timberlake & Timbaland) La Isla Bonita Like a Prayer
A voz de “Confessions on the Dancefloor” (2005) nem chegou à capital carioca e já está causando. Dados já mostram que o evento deve crescer o número de turistas estrangeiros na cidade — algo em torno de 27,3% (via O Globo).
A rainha do pop vem ao Brasil, no dia 4 de maio, para uma apresentação histórica. Ela tocará seus grandes sucessos na praia de Copacabana, no Rio de Janeiro, e o evento terá entrada gratuita.
O anúncio aconteceu no último dia 25/03, em um site oficial feito especialmente para o evento, que marca também a primeira visita da popstar ao país para shows em mais de dez anos.
O show está marcado para começar às 21h45 e terá transmissão ao vivo no Multishow e na TV Globo. O Globoplay trará o show para os logados free no simulcasting da TV Globo, e no Multishow para os assinantes do Globoplay + Canais.
A The Celebration Tourin Rio é uma produção da Bonus Track em parceria com a Live Nation. O evento é apresentado pelo Itaú, com patrocínio da Prefeitura do Rio de Janeiro, Governo do Estado do Rio de Janeiro e cervejaria Heineken. Apoio é do streaming Deezer.
O show em questão também cumpre o dever de encerrar a “The CelebrationTour”, responsável por repassar suas quatro décadas de êxitos. Na setlist estão clássicos do pop como “Nothing Really Matters”, “Holiday”, “Erotica”, “Vogue” e “Crazy for You”.
As filmagens da 2ª temporada de “Gen V”, spin-off de “The Boys”, foram adiadas por tempo indeterminado devido à trágica morte de Chance Perdomo, que interpretou Andre Anderson, um estudante popular com capacidades de manipulação magnética.
De acordo com o Deadline, em matéria publicada nesse sábado (30), o início da produção dos novos episódios começaria no dia 8 de abril.
Agora, os roteiristas e produtores da série enfrentarão o dilema de como prosseguir com o projeto sem um de seus atores principais. Eles terão que revisar a nova temporada e refazer todos os roteiros para descartar o personagem do artista ou reformular o papel.
A notícia da morte de Chance Perdomo, anunciada no último sábado (30), pegou todo mundo de surpresa. Em nota enviada por sua assessoria de imprensa à revista Variety, o ator sofreu um acidente de moto, no norte do estado de Nova York, nos Estados Unidos, quando voltava para Toronto, no Canadá, e não resistiu.
Citando autoridades, os representantes do ator afirmaram que nenhum outro indivíduo esteve envolvido no acidente.
“É com o coração pesado que compartilhamos a notícia do falecimento prematuro de Chance Perdomo como resultado de um acidente de motocicleta. As autoridades informaram que não houve outras pessoas envolvidas. Sua paixão pelas artes e seu insaciável apetite pela vida foram sentidos por todos que o conheceram, e seu calor continuará presente naqueles que ele mais amava. Pedimos que respeitem o desejo da família por privacidade enquanto lamentam a perda de seu amado filho e irmão”, diz o comunicado.
De origem afro-latina, Perdomo nasceu em Los Angeles (EUA), mas foi criado no Reino Unido, onde decidiu abdicar dos estudos em direito para priorizar a carreira como ator. Em “O Mundo Sombrio de Sabrina”, seu primeiro papel de grande notoriedade, ele interpretou o bruxo Ambrose Spellman.
Em seguida, outros papéis importantes surgiram: além da série “Gen V”, e “O Mundo Sombrio de Sabrina”, Perdomo também atuou na trilogia “After” e no longa “Kill By My Debt”, que mais tarde lhe rendeu uma indicação ao BAFTA, principal prêmio do cinema inglês.