A
obra deve estrear nos cinemas em 2024 e está em pré-produção. Em entrevista,
Diarak afirmou que busca entregar “toques de terror e surrealismo” à
história, que atraiu a atenção de todo o Brasil 11 anos antes.
“O
Parasita brasileiro!!! [em referência ao filme de 2019, dirigido por Bong Joon
Ho]. O puro suco do Brasil, sem precisar apelar para os estereótipos e os
clichês das comédias nacionais, que ninguém aguenta mais. Queria fazer algo que
fosse realmente engraçado, mas que tivesse diferentes camadas de interpretação”,
disse o responsável pelo longa.
O
filme dará aos personagens nomes alternativos, por questões jurídicas, e deve
se basear em teorias do autor. “É um filme simples e complexo ao mesmo
tempo, porque é cheio de elementos e também levanta algumas questões
interessantes, dentre elas a espetacularização do ridículo. Mas adianto que não
há juízo de valor”, explicou.
“Não
dá pra dizer que é baseado em fatos reais, porque é fruto de uma grande
mentira, mas posso definir como a minha visão criativa da história, aliada às
minhas teorias. Esse será o meu primeiro longa que vai sair do papel e eu sabia
que tinha que fazer um ‘filme evento’”.
Por
enquanto, ainda não há uma produtora definida para o longa, ainda que este já
tenha recebido propostas importantes. A dupla de atores que vai interpretar o
casal de protagonistas, Vera e Kléber, também é incerta. Diarak cita, por ora,
nomes com os quais gostaria de trabalhar como Maeve Jinkins e Emilio
Orciollo Netto.
As
gravações devem começar no segundo trimestre de 2024. “Há certa expectativa
entre os envolvidos de que o filme se tornará o sucessor natural de Minha Mãe é
Uma Peça nos cinemas. Salienta-se, entretanto, que apesar do paralelo traçado e
por conta de certa carga dramática que o filme terá, há prioridade na escalação
de atores em detrimento de comediantes, com exceção de algumas participações
especiais pontuais já confirmadas”, afirma a assessoria de imprensa do
autor.
O
caso
A
fim de recapitular: Maria Verônica simulou uma gravidez natural de
quadrigêmeas (que, segundo especialistas em fertilidade, tinha uma chance em 15
milhões) e passou a receber diversas doações, após alegar que passava por
dificuldades. As bebês tinham até nome: Maria Clara, Maria Eduarda, Maria
Fernanda e Maria Vitória.
Após
terem ido a diversos programas de TV, a farsa acabou sendo descoberta nos
bastidores pela jornalista Chris Flores. O advogado da educadora, Enilson
de Castro, foi quem assumiu a farsa e revelou que ela usava uma barriga
feita de silicone com enchimentos. Não demorou muito para que a figura da
grávida, mais tarde diagnosticada como pseudologia fantástica, se tornasse
meme. A expressão “de Taubaté” também foi tida como sinônimo de mentira.
O
episódio também foi resgatado pelo jornalista Chico Felitti em um
episódio do podcast “Além do Meme”, disponível nas plataformas de
streaming.