Existe entre o belo e o vulgar uma tênue linha,
Quando a arte sobressai o vulgar se arruína.
Existe entre as pessoas e o amor uma breve dor
Que vira prazer quando sobressai o esplendor.
E assim, como de certo e de bom modo,
No tom bom das coisas boas, pincelo a aquarela,
Invento riso fácil e coisa à toa, transbordo,
Vaza tinta em que me melo, encharco a tela.
No abstrato sou substrato que se extrai do subjetivo;
No concreto sou matéria fruto do que cativo;
No espaço sou força antagônica que se move,
Sou no meu desejo sem fim a força que comove.
No meu semblante que contempla o horizonte
Sou parte que reparte da arte e de repente parte.
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