terça-feira, 25 de dezembro de 2018

Djavan apresenta a capa de disco mais expressiva de 2018 ao evocar Miles Davis e o mundo negro do jazz

Vesúvio, álbum de músicas inéditas que Djavan lançou em 23 de novembro, tem sido omitido nas listas de melhores discos de 2018 que pipocam desde o início deste mês de dezembro em jornais, revistas e sites especializados.

De fato, embora traga a assinatura refinada da obra autoral do compositor em repertório pretensamente pop em que sobressaíram canções como Madressilva e Tenho medo de ficar só, o álbum Vesúvio é dos títulos menos arrebatadores da discografia do artista.

Contudo, Vesúvio merece figurar em qualquer antologia fonográfica por ter a capa de disco mais expressiva de 2018 – esta, sim, instantaneamente imponente, atraente, encantadora.

Nessa capa criada pela equipe da Casa 6D, a partir de foto de Nana Moraes, Djavan encara o ouvinte de frente, com olhos de farol e com a cara pintada em semblante que evoca o rosto do trompetista norte-americano de jazz Miles Davis (1926 – 1991) na foto da também emblemática capa do álbum Tutu (1986).

Talvez a evocação tenha sido involuntária. Mas o fato é que, na capa de Vesúvio, Djavan se conecta com Miles e, por tabela, com o mundo negro do jazz entranhado na música tão brasileira quanto universal do artista alagoano. E cria imagem forte, bela, que passa para a posteridade.

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