Vesúvio, álbum de músicas inéditas que Djavan lançou em 23 de novembro, tem sido omitido nas listas de
melhores discos de 2018 que pipocam desde o início deste mês de dezembro em
jornais, revistas e sites especializados.
De
fato, embora traga a assinatura refinada da obra autoral do compositor em
repertório pretensamente pop em que sobressaíram canções como Madressilva e Tenho medo de ficar só, o álbum Vesúvio é dos títulos menos arrebatadores da discografia do
artista.
Contudo,
Vesúvio merece figurar em qualquer
antologia fonográfica por ter a capa de disco mais expressiva de 2018 – esta,
sim, instantaneamente imponente, atraente, encantadora.
Nessa
capa criada pela equipe da Casa 6D,
a partir de foto de Nana Moraes, Djavan encara o ouvinte de frente, com
olhos de farol e com a cara pintada em semblante que evoca o rosto do
trompetista norte-americano de jazz Miles
Davis (1926 – 1991) na foto da também emblemática capa do álbum Tutu (1986).
Talvez
a evocação tenha sido involuntária. Mas o fato é que, na capa de Vesúvio, Djavan se conecta com Miles e, por tabela, com o mundo negro do
jazz entranhado na música tão brasileira quanto universal do artista alagoano.
E cria imagem forte, bela, que passa para a posteridade.
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