SE
VOCÊ ACHA QUE O THE CURE É UMA
BANDINHA ALEGRE E DIVERTXIDA POR CAUSA DE BOYS
DON’T CRY, PREPARE-SE!!!
(...)
Introdução triunfal, né? NOT.
O
The Cure vem ao Brasil!!!!...E eu,
enquanto estou aqui na expectativa para a compra dos ingressos, vou escrever um
pouco (pouco?) para vocês, mais para saciar a minha ansiedade do que para
entretê-los (brincadeira, gentes lindas!!!). Não sei se é porque eu vivi um
amor grande, triste e conturbado ao som do The Cure, mas esses ingleses me
tocaram profundamente (sempre eles!) e hoje eu sou muito grata a Robert Smith que decidiu trazer seu
show de quase (PASMEM!) TRÊS HORAS para as terras tupiniquins.
O
show do The Cure já era plantado
desde o ano passado, quando o sr. Smith, disse após uma apresentação na Suíça
que viria à América do Sul! Desde então, fãs em polvorosa esperam por esse
momento, que está chegando, e é claro que eu, amante incondicional do amor e
das músicas sobre sofrimento do amor, não podia deixar de dar pitaco e fazer
uma mini (mini?) análise de qualquer coisa sobre a banda. Para isso, escolhi o
meu CD favorito do The Cure (pelo
menos por enquanto) e que também ocupa um lugar no Top 10 CDs do coração: o Disintegration.
Como
eu disse acima, eu conheci o The Cure
num momento de fraqueza emocional (tempos difíceis...) e, como dá pra perceber
pelo nome, o Disintegration não é,
digamos, um álbum muito alegre. De fato, não é. É pesado. Então, amigo, se a
sua vibe é curtir a dor de um amor acabado, em suas várias nuances, esse é o
seu CD! Aliás, eu só recomendo escutar o Disintegration
se o seu estado de espírito for esse, pois, se não, você corre forte risco de
não aguentar 10 minutos de música com, pelo menos, 4 ou 5 minutos apenas
instrumentais.
Mas,
enfim, o CD! O Desintegration é
espetacular!!! E, como já disse, é sombrio. A começar pela capa, que me dá medo
(sério!). O CD todo tem uma tônica bem dark e foi feito no meio de muita
pressão pra fugir do estereótipo pop, e de muita droga, as well (o efeito
delas, aliás, é PERCEPTÍVEL nas músicas! Rs!). A crítica especializada diz que
esse é o melhor álbum do The Cure e
ele é tão aclamado/amado por todo mundo que a banda saiu em turnê tocando APENAS
o CD e pior: NA ORDEM! Eu tenho um CD chamado Entreat que mostra um show dessa época em Wembley e em verdade, em
verdade, eu vos digo: é quase a mesma coisa do que ficar em casa, pois a
execução das músicas se aproxima muito à do álbum (tirando a música que dá nome
ao CD, que ganhou uma acelerada ao vivo). Mas os shows lotavam e os fãs iam à
loucura!
ENFIM,
O ÁLBUM (bora parar de fugir do assunto!). Ele é de 1989 (ano do meu
nascimento! Só amor!), tem doze músicas, todas possuindo instrumental longo,
triste, com linhas de baixo bem acentuadas, sintetizadores constantes e bateria
marcante. Como eu conheço cada canção de cór e salteado, dá para fazer um
comentário rápido (rápido?) sobre elas:
-
Plainsong + Pictures of You: Começo épico e dá a tônica do álbum. Com as duas
primeiras músicas do CD, essa dobradinha [vai aprontar altas confusões] é de
matar. Soube que em alguns shows a banda as vinha tocando juntas e se isso
acontecer em São Paulo, vou enfartar. Eu sempre dizia para o meu ~ex~ (alguns
anos mais velho do que eu) que toda vez que eu escutava Plainsong, imaginava ele cantando pra mim. E depois vinha Pictures of You para preencher os
momentos de vazio que ficavam quando ele ia embora (ain, que romântxico!
Contudo, já dizia Falcão, “o amor é lindju, mas é de vrido!”). Nossa, como eu
já chorei ouvindo Pictures of You!!
Arre!
-
Closedown + Lovesong + Last Dance:
músicas lindas e que vão dando a toada do CD... Lovesong entrou para o Greatest
Hits. Já se você fechar os olhos em Last
Dance dá pra ver a poeira da sua casa formando um casal dançando a última
dança (com o perdão do pleonasmo) na penumbra.
-
Lullaby + Fascination Street + Prayers
for Rain + The Same Deep Water as You:
Com essas músicas, o CD vai se desenvolvendo na mesma estrutura das cinco primeiras.
Lullaby é uma das minhas músicas
favoritas e se destaca nesse meião, chamando a sua mente (que já ia looooge com
os instrumentais) de volta pro álbum. Ela já foi single e entrou pro Greatest Hits também. Fascination
Street é aquela “reviravolta”, acelerando o ritmo, que cai novamente com Prayers for Rain e The Same Deep Water as You. Apesar de gostar de todas as músicas,
se eu fosse escolher a menos boa seria Prayers
e The Same Deep Water as You também
iria no mesmo caminho, não fosse a letra, que é simplesmente linda
(simplesmente no sentido de simples mesmo, porque ela é muito simples).
-
Disintegration + Homesick + Untitled:
Finalmente, o final (arre, redundância de novo!!). Não adianta o CD ser todo
bom e o desfecho ser uma bela porcaria ficar abaixo das expectativas, né? É o
anticlímax e deve ser evitado a qualquer custo. Mas não é o que acontece aqui.
O final é apoteótico! Nessas últimas músicas, a banda joga o resto de
sofrimento na ponta do microfone e tão líquidas e certas quanto as suas lágrimas
nesse momento, amigo, é a dor que transpassa nessas músicas. Em Disintegration, um dos pontos altos, é
possível escutar os objetos quebrando (tem esse efeito na música, prestem
atenção!) e as coisas estão, literalmente, se desintegrando, assim como a alma
do eu-lírico! É, de longe, a música mais agitada do CD e a versão ao vivo,
acelerada, ficou infinitamente melhor! Aí vem Homesick, uma introdução linda com piano e aquela sensação de
abandono. Finalmente, Untitled
completa o álbum e o feeling deixado por Homesick,
deixando a mensagem de que a vida é isso aí!
Enfim,
é a sua dose diária de tristeza. Mas é um excelente CD.
Porém
caso você tenha achado over, horrível e deprimente, para a sua felicidade essa
fase do The Cure ocorreu apenas no
começo da carreira, depois no Disintegration
e agora no final, com o 4:13 Dream.
Se você, leitor meu de cada dia, escutar os Between Days desses CDs (com o
perdão do trocadilho temático! Rs!) não vai reconhecer a banda e vai entender o
porquê dela ter sido UM GRANDE SUCESSO POP (isso mesmo, você leu POP! PÓPÊ! Que
nem o Papa que é “pope” em inglês e pop em português e que renunciou!).
Então,
fica a dica! Quem quiser acompanhar isso (e muito mais), a oportunidade começa
amanhã, à meia-noite, no site da Livepass.
E EU, que estou mais tranquila e menos ansiosa pelos ingressos, vou
abandoná-los para ouvir os barracos da reunião do condomínio vizinho (#adoro)!
Rs!
Fuiz!
Por
Louisy
Rodrigues
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