quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

The Cure - Por Louisy Rodrigues



SE VOCÊ ACHA QUE O THE CURE É UMA BANDINHA ALEGRE E DIVERTXIDA POR CAUSA DE BOYS DON’T CRY, PREPARE-SE!!!

(...)


Introdução triunfal, né? NOT.

O The Cure vem ao Brasil!!!!...E eu, enquanto estou aqui na expectativa para a compra dos ingressos, vou escrever um pouco (pouco?) para vocês, mais para saciar a minha ansiedade do que para entretê-los (brincadeira, gentes lindas!!!). Não sei se é porque eu vivi um amor grande, triste e conturbado ao som do The Cure, mas esses ingleses me tocaram profundamente (sempre eles!) e hoje eu sou muito grata a Robert Smith que decidiu trazer seu show de quase (PASMEM!) TRÊS HORAS para as terras tupiniquins.

O show do The Cure já era plantado desde o ano passado, quando o sr. Smith, disse após uma apresentação na Suíça que viria à América do Sul! Desde então, fãs em polvorosa esperam por esse momento, que está chegando, e é claro que eu, amante incondicional do amor e das músicas sobre sofrimento do amor, não podia deixar de dar pitaco e fazer uma mini (mini?) análise de qualquer coisa sobre a banda. Para isso, escolhi o meu CD favorito do The Cure (pelo menos por enquanto) e que também ocupa um lugar no Top 10 CDs do coração: o Disintegration.


Como eu disse acima, eu conheci o The Cure num momento de fraqueza emocional (tempos difíceis...) e, como dá pra perceber pelo nome, o Disintegration não é, digamos, um álbum muito alegre. De fato, não é. É pesado. Então, amigo, se a sua vibe é curtir a dor de um amor acabado, em suas várias nuances, esse é o seu CD! Aliás, eu só recomendo escutar o Disintegration se o seu estado de espírito for esse, pois, se não, você corre forte risco de não aguentar 10 minutos de música com, pelo menos, 4 ou 5 minutos apenas instrumentais.

Mas, enfim, o CD! O Desintegration é espetacular!!! E, como já disse, é sombrio. A começar pela capa, que me dá medo (sério!). O CD todo tem uma tônica bem dark e foi feito no meio de muita pressão pra fugir do estereótipo pop, e de muita droga, as well (o efeito delas, aliás, é PERCEPTÍVEL nas músicas! Rs!). A crítica especializada diz que esse é o melhor álbum do The Cure e ele é tão aclamado/amado por todo mundo que a banda saiu em turnê tocando APENAS o CD e pior: NA ORDEM! Eu tenho um CD chamado Entreat que mostra um show dessa época em Wembley e em verdade, em verdade, eu vos digo: é quase a mesma coisa do que ficar em casa, pois a execução das músicas se aproxima muito à do álbum (tirando a música que dá nome ao CD, que ganhou uma acelerada ao vivo). Mas os shows lotavam e os fãs iam à loucura!


ENFIM, O ÁLBUM (bora parar de fugir do assunto!). Ele é de 1989 (ano do meu nascimento! Só amor!), tem doze músicas, todas possuindo instrumental longo, triste, com linhas de baixo bem acentuadas, sintetizadores constantes e bateria marcante. Como eu conheço cada canção de cór e salteado, dá para fazer um comentário rápido (rápido?) sobre elas:

- Plainsong + Pictures of You: Começo épico e dá a tônica do álbum. Com as duas primeiras músicas do CD, essa dobradinha [vai aprontar altas confusões] é de matar. Soube que em alguns shows a banda as vinha tocando juntas e se isso acontecer em São Paulo, vou enfartar. Eu sempre dizia para o meu ~ex~ (alguns anos mais velho do que eu) que toda vez que eu escutava Plainsong, imaginava ele cantando pra mim. E depois vinha Pictures of You para preencher os momentos de vazio que ficavam quando ele ia embora (ain, que romântxico! Contudo, já dizia Falcão, “o amor é lindju, mas é de vrido!”). Nossa, como eu já chorei ouvindo Pictures of You!! Arre!

- Closedown + Lovesong + Last Dance: músicas lindas e que vão dando a toada do CD... Lovesong entrou para o Greatest Hits. Já se você fechar os olhos em Last Dance dá pra ver a poeira da sua casa formando um casal dançando a última dança (com o perdão do pleonasmo) na penumbra.


- Lullaby + Fascination Street + Prayers for Rain + The Same Deep Water as You: Com essas músicas, o CD vai se desenvolvendo na mesma estrutura das cinco primeiras. Lullaby é uma das minhas músicas favoritas e se destaca nesse meião, chamando a sua mente (que já ia looooge com os instrumentais) de volta pro álbum. Ela já foi single e entrou pro Greatest Hits também.  Fascination Street é aquela “reviravolta”, acelerando o ritmo, que cai novamente com Prayers for Rain e The Same Deep Water as You. Apesar de gostar de todas as músicas, se eu fosse escolher a menos boa seria Prayers e The Same Deep Water as You também iria no mesmo caminho, não fosse a letra, que é simplesmente linda (simplesmente no sentido de simples mesmo, porque ela é muito simples).

- Disintegration + Homesick + Untitled: Finalmente, o final (arre, redundância de novo!!). Não adianta o CD ser todo bom e o desfecho ser uma bela porcaria ficar abaixo das expectativas, né? É o anticlímax e deve ser evitado a qualquer custo. Mas não é o que acontece aqui. O final é apoteótico! Nessas últimas músicas, a banda joga o resto de sofrimento na ponta do microfone e tão líquidas e certas quanto as suas lágrimas nesse momento, amigo, é a dor que transpassa nessas músicas. Em Disintegration, um dos pontos altos, é possível escutar os objetos quebrando (tem esse efeito na música, prestem atenção!) e as coisas estão, literalmente, se desintegrando, assim como a alma do eu-lírico! É, de longe, a música mais agitada do CD e a versão ao vivo, acelerada, ficou infinitamente melhor! Aí vem Homesick, uma introdução linda com piano e aquela sensação de abandono. Finalmente, Untitled completa o álbum e o feeling deixado por Homesick, deixando a mensagem de que a vida é isso aí!

Enfim, é a sua dose diária de tristeza. Mas é um excelente CD.


Porém caso você tenha achado over, horrível e deprimente, para a sua felicidade essa fase do The Cure ocorreu apenas no começo da carreira, depois no Disintegration e agora no final, com o 4:13 Dream. Se você, leitor meu de cada dia, escutar os Between Days desses CDs (com o perdão do trocadilho temático! Rs!) não vai reconhecer a banda e vai entender o porquê dela ter sido UM GRANDE SUCESSO POP (isso mesmo, você leu POP! PÓPÊ! Que nem o Papa que é “pope” em inglês e pop em português e que renunciou!).

Então, fica a dica! Quem quiser acompanhar isso (e muito mais), a oportunidade começa amanhã, à meia-noite, no site da Livepass. E EU, que estou mais tranquila e menos ansiosa pelos ingressos, vou abandoná-los para ouvir os barracos da reunião do condomínio vizinho (#adoro)! Rs!


Fuiz!











Por Louisy Rodrigues

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