domingo, 29 de abril de 2012

Interview with Arthur Seabra



Arquiteto formado pela UnP, Arthur Seabra trabalhou no escritório Projeto 1! Arquitetura, até resolver mudar para Dublin com o intuito de melhorar no inglês e buscar novas experiências.

Com o dom para o desenho, o jovem participou de um curso de ilustração de livros em 2011 com Andrea Ebert, onde ilustrou seu primeiro trabalho, o livro “O circo de Arthur”, não lançando em circuito nacional. A partir daí Arthur recebeu o convite para ilustrar “As Cores das Boas Ações”, livro espírita que tem lançamento agendado ainda para 2012.

O Ponto Zero, claro, não poderia deixar de apresentar esse artista potiguar para nossos internautas com um pequeno bate papo direto de Dublin.


PZ: Como surgiu o interesse na arte de desenhar?

O interesse por desenhos surgiu quando criança, eu colecionava alguns álbuns de figurinhas e meu pai começou a reproduzir aquelas figuras e foi ali que vi pela primeira vez surgir um desenho e então comecei a fazer o mesmo e com isso fui melhorando.

PZ: Quando foi que você sentiu que queria entrar nessa área?

Sempre tive vontade de usar meus desenhos para algo. Na escola costumava desenhar os amigos, e até alguns professores e em 2011 fiz o curso “Ilustrando um livro” com a ilustradora Andrea Ebert, que me mostrou a possibilidade de ganhar dinheiro através dos desenhos e a partir daquele curso comecei a despertar interesse por essa área.

PZ: qual seu primeiro trabalho de reconhecimento?

Acho que o maior reconhecimento do meu trabalho está acontecendo agora, nessa minha temporada em Dublin com a exposição em Junho junto com os desenhistas da cidade. Tudo isso está gerando um grande retorno dos amigos e interesse do publico.

PZ: O diploma de arquiteto ajudou a abrir portas na área de ilustração gráfica?

Acredito que sim, as pessoas sempre associam a arquitetura com o desenho. Eu mesmo fiz essa relação e escolhi cursar arquitetura por ser um desenhista e isso me ajudou muito no curso e agora como desenhista, as pessoas gostam de saber que também sou arquiteto. Uma coisa completa a outra.

PZ: A mudança para Dublin ajudou de que forma?

Eu vim para Dublin para estudar inglês e trouxe os desenhos originais dos livros que ilustrei e o meu material de desenho. No começo do intercambio quando não tinha muito o que fazer eu parava no quarto e começava a desenhar a cidade e os pontos turísticos que estava conhecendo e me identificando. No segundo mês de intercambio conheci um grupo de desenhistas () que fazem exatamente o que eu estava fazendo, desenhando Dublin. Então me chamaram para participar desse grupo (e isso sim me ajudou muito). Foi a partir do grupo que comecei a levar a sério o negocio de desenhar a cidade.

PZ: Faria tudo novamente?

Sim, faria tudo novamente. Até porque os melhores planos da vida são esses que vem espontaneamente e considero que encontrar esse grupo de desenhistas foi um plano do destino.

PZ: Sua família deu o apoio necessário para sustentar sua vontade de investir na área de desenho?

A minha família sempre me apoiou com os desenhos, até porque fui influenciado pelo meu pai e na família dele tem vários desenhistas. Quando mostrei os desenhos nos livros todos ficaram muitos felizes, e também agora com o sucesso dos desenhos para Dublin.
PZ: Uma inspiração.

Ver os meus desenhos sempre publicados

PZ: Você pensa em voltar a morar em Natal? De que maneira pretende investir na sua área aqui?

Sim, eu voltarei em breve e continuarei trabalhando com arquitetura e com os desenhos. Tem o lançamento do livro “As cores das boas ações” e outros trabalhos, também estou preparando um site ainda para esse ano e também fui convidado pelo escritório de arquitetura "Bezzerra & Cerchi" para expor um trabalho no espaço das arquitetas na Casa Cor RN.

PZ: Quem quiser trabalhar com você, como deve fazer?

A melhor forma de trabalhar comigo é entrando em contato, de preferência por e-mail, no arthurvicttor@gmail.com

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