sexta-feira, 2 de setembro de 2011

O Beijo... Por Paulo Henrique Alves Pinheiro


É como se o beijo o fôlego partisse,
Prendesse a alma em outro corpo,
O íntimo do ser voasse a um sopro
E o coração batendo solto sorrisse...
É como se o olhar à divindade fosse,
Extravasassem à carne loucos desejos,
O hálito ganhasse forma nos seus beijos
E o imenso mundo a um cantinho caísse... 
O momento se eternizasse num instante,
O corpo em chamas o ato esquentasse,
E a boca viajasse a uma órbita distante...
Como se do princípio o presságio se fizesse
E duas almas encontrassem em peito arfante
A eternidade que um momento propusesse...

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