Zack
Snyder e o roteirista David
Goyer falaram sobre a trama de “Homem
de Aço”, simbolismos e destruição promovida por deuses.
“Quando você tem dois deuses batalhando, é como se o seu mundo fosse
feito de papel”, contou Snyder, diretor da nova aventura do Super-Homem.
“Deuses não são cuidadosos. Um deles é, pelo menos, mas isso não importa
muito no calor da batalha”, falou em coletiva de imprensa na última semana
de maio, em Los Angeles, referindo-se aos antagonistas do longa, Superman (Henry Cavill) e o General Zod (Michael Shannon).
A ideia do diretor é fazer
um encontro entre a destruição e o simbolismo nessa nova aventura do herói.
“Nosso objetivo foi pegar um quadrinho e leva-los às telas da melhor
maneira possível, sem preocupações com realismo e fatos do mundo real. É uma
obra de ficção, mas com preocupações verdadeiras sobre o que ela representa.
Superman é uma metáfora sobre encontrar seu lugar no mundo, para essa jornada.
Todo mundo é incompreendido quando jovem, quando criança. Esse um sentimento
universal”, continua o diretor.
Já David Goyer contou que “todos
conseguem se identificar com não ser compreendido e buscar seu lugar no mundo.
Mas a grande diferença é que Kal-El tem a responsabilidade de escolher entre
mudar o planeta ou não. Ele conta com os ensinamentos de seus pais para
escolher, mas ao final é a voz de seu pai biológico, Jor-El, que o guia na
decisão definitiva. Kriptonianos não escolhem seus destinos – essa é a
diferença fundamental entre humanos e eles”.
A grande preocupação dos
produtores do filme é em tornar o Superman um herói “bacana”, já que existe
alguns super-heróis muito mais malandros por aí nas telas conquistando a nova
geração de expectadores da sétima arte.
“Superman é legal? É legal fazer o certo. Ele é um trabalhador
voluntário em escala global, alguém que não busca glórias pelo que faz.
Superman é legal sim”, afirmou Snyder.
“Homem de Aço” também resgata o simbolismo como elemento chave da
trama.
“A relação entre Jesus Cristo e Superman não foi inventada por nós.
Existe desde a criação do personagem. Mas é uma dessas coisas que desaparecem
nas últimas décadas... eu achei que deveríamos voltar a falar dessa mitologia e
da importância desse personagem e sua relevância para o momento”, explica o
diretor.
“A mitologia da história estabelece um paralelo interessante com a
história de Cristo, dando uma camada de interesse extra ao filme. Filosofia, religião,
respeito aos quadrinhos, tudo isso nos interessou”.
O roteirista também exalta
outras referências mitológicas.
“O mito de Moisés é outra influência. Superman tem raízes no Novo e
também no Velho Testamento. Ele é um personagem messiânico e ao mesmo tempo
meio Beowulf, meio Gligamesh, entre outros heróis clássicos que representam a
conciliação entre os deuses e nós”.