segunda-feira, 13 de agosto de 2018

A rainha do pop completa 60 anos e nós escolhemos os 15 melhores clipes de sua carreira

Preparem-se porque aqui no Ponto Zzero vai rolar o #Madonna60. Durante toda a semana, nós estaremos comemorando o aniversário da rainha do pop com matérias a homenageando. São 60 anos de Madonna vivendo entre nós, mostrando toda sua arte, seu poder, seus clipes maravilhosos, apresentações marcantes, influenciando gerações e gerações de cantoras…

Ao longo dessas seis décadas de existência ~quase quatro delas liderando a indústria musical~, a cantora foi pioneira em inúmeras esferas, entre elas a do videoclipe. Tem assunto melhor pra começar esse especial #Madonna60 no Ponto Zzero?

Foi a partir deste formato que, no início dos anos 1980, Madonna, junto com Michael Jackson, Prince, Janet Jackson e muitos outros, dominou a arte de fazer videoclipes, fez a sua fama e ditou muuuuitas tendências. Deu trabalho selecionar tão poucos vídeos maravilhosos em um catálogo cheio de pérolas. Foi tarefa árdua. Mas listamos os 15 melhores vídeos do ícone, do muito bom até o excelente (porque, convenhamos, não dá pra dizer que ela tem um clipe ruim – o Get Together é apenas uma apresentação no power point).


Pare o que você estiver fazendo e venha com a gente:


15. Hollywood

Vamos começar essa lista com Hollywood, terceiro single do disco American Life. A atitude do momento era questionar o modo de vida americano e Madonna não perdeu tempo em mostrar as duas faces da cidade. Cheio de referências ao trabalho do fotógrafo Guy Bourdin, o vídeo é um bom exemplo de como a parceria dela com o francês Jean Baptiste Mondino, que também fez os clipes de Justify My Love, Don’t Tell Me e Human Nature, rendeu bons frutos. Olha essa fotografiaaaaa!


14. Open Your Heart

Aqui a palavra é anos 1980. Esse clipe é uma viagem! Um garoto entra no que parece ser um clube noturno e encontra Madonna toda performática, vestindo o que seria o embrião do famigerado sutiã de cone da Blond Ambition Tour. Ele a observa por uma fresta e o resultado disso é pura fascinação!

O orçamento foi baixo, mas sabe quando a música tem um quê de doçura? É um peep show com a Madonna! É a Madonna dançando. Com peruca, com um collantzinho! Icônico. É a música que a Britney canta em frente ao espelho em Crossroads.


13. Cherish

Se tem uma coisa que Madonna sabe conservar são bons contatos. Depois de ter trabalhado com Herb Ritts em algumas sessões de fotos ~entre elas, a da capa do disco True Blue~ ela resolveu se reunir novamente com o fotógrafo para o clipe de Cherish, uma balada supergostosinha, ilustrada por homens vestidos de sereia e uma Madonna toda clean, correndo pela praia. Corta pra hoje, Beyoncé faz o mesmo em Drunk in Love, só que numa praia à noite. Não é qualquer cantora que faz um clipe somente com p&b na praia e manda bem. Tem que ser Madonna. Ou Queen B.


12. Bedtime Story

Achou que a gente não ia falar de conceito? Em 1994 a Björk escreveu essa música para a Madonna. Elas nunca se encontraram, mas a islandesa enviou uma letra para ela que se tornaria não somente a veia do trabalho que ela lançaria naquele ano, mas também o cenário mais surreal da história dos clipes.

Madonna aparece numa sociedade futurista que faz testes em humanos. Divagação total pelo universo místico do inconsciente e uma verdadeira obra prima ~tanto que o vídeo atualmente fica numa sala do Museu de Arte Moderna de Nova York, em exposição permanente. Tá, meu bem?


11. Papa Don’t Preach

Papa Don’t Preach foi certamente o primeiro embate direto da Madonna com a igreja católica. O ano era 1986 e as questões femininas estavam em alta. No vídeo da canção, que é quase um curta-metragem, ela encarna uma garota que engravida do namorado

Trouxe o debate para a roda e ganhou os nossos corações com este que é um dos clipes mais legais dos anos 1980. E tem o papai dela sendo o Danny Aiello, ator icônico de Hollywood.


10. Ray of Light

O objetivo da era Ray of Light foi o de revolucionar. Bebendo na fonte da música eletrônica, Madonna convidou o então desconhecido diretor Jonas Akerlünd e caiu na estrada para uma série de filmagens frenéticas que olhando a primeira vista, parecem ter sido feitas do dia para a noite, mas levaram 14 dias para serem reunidas.

Tudo frenético e agitado, correndo pela cidade alucinadamente e terminando a noite numa balada, tudo isso combinado a alguns dos melhores vocais da carreira. O resultado? Inúmeros prêmios, entre eles o Grammy na categoria Vídeo do ano e o VMA de 1998 de melhor clipe do anooooo!


9. Bad Girl

Os anos 1990 renderam à Madonna inspiração para trabalhos primorosos, como o próprio clipe de Erotica, lançado em 1992. Mas desse álbum, sem dúvida, a melhor produção é a de Bad Girl, derradeiro single do CD. Aqui, Madonna encarna uma empresária bem sucedida, quase uma versão Miranda Priestly do drama.

Produção cinematográfica, viu? Sabe quem dirige o clipe? David Fincher, que depois chegou em Hollywood fazendo S7ven, Clube da Luta, A Rede Social e Garota Exemplar.


8. Express Yourself

O mesmo David Fincher que fez Vogue e Bad Girl para Madonna também fez esse. Nesse clipe, a referência é o filme Metrópolis, a revolução industrial, mas com um toque feminista da rainha do pop. Ela é a mulher dominante.

Ela tem um exército de homens sem camisa dançando para ela. Ela transa com um deles. Ela é chique, ela tem um gato preto, vestidões… Tem muita chuva, é meio Blade Runner… É um festival de imagens riquíssimo. Ela tá toda noir, ela.


7. Human Nature

Olha aí o Mondino novamente. Ele já tinha feito o Justify My Love e chocado o mundo com a polêmica e agora voltava a trabalhar com Madonna num video que fala sobre censura, sobre ser quem você é e não se desculpar por isso.

A ideia de Human Nature é bem simples. Madonna aparece com trancinhas, batom preto, roupa toda de couro, bem mulher gato, num clipe totalmente branco com uma coreografia absurda de boa junto com os dançarinos. É assim que se faz clipe, gente. Madonna ensinou pro mundo inteiro.


6. Like a Prayer

Taí um dos vídeos mais polêmicos da história da cultura pop. Madonna fala de religião, de preconceito. A rainha do pop canta no meio de crucifixos em chamas e vive um amor proibido. Tira um santo do altar da igreja e o beija na boca. Era então um santo? Ou um amor da vida dela que era perseguido pela polícia? Veja o clipe e tira suas próprias conclusões.

Nessa época, a Pepsi tinha feito um contrato milionário com a cantora para ter a música Like a Prayer num dos comerciais da Pepsi. Ao lançar o clipe e Madonna ser excomungada pela igreja católica e ser criticada por Deus o mundo (nesse caso, figurativamente falando), a marca de refrigerantes cancelou o contrato. A rainha do pop manteve o clipe como era e não alterou nada. Fique com seu dinheiro, Pepsi. Muahuahauhaua!


5. Take a Bow

Paixão de cinema: imagina só você, uma dama da sociedade espanhola da década de 1940, se apaixonando por um toureiro. Amor impossível é o tema de Take a Bow, uma das maiores obras-primas da cantora. O clipe, filmado no sul da Espanha, serviu inclusive para dar uma forcinha na hora da seleção de Madonna para o filme Evita, musical que deu à cantora o Globo de Ouro de melhor atriz três anos depois. Lindo de morrer! Que lingerie maravilhosa, M!


4. Frozen

Em 1998, Madonna já sabia direitinho o que queria dali em diante, pois colocou toda a equipe em uma van e foi até o deserto de Mojave, o mais árido e mais seco dos Estados Unidos, e gravou o videoclipe de Frozen, uma das baladas mais belas do catálogo.

Mais uma vez morena e encarnando uma espécie de deusa gótica, é nesta canção que ela apresenta o conceito dark do disco Ray of Light, disco que seria lançado pouco tempo depois. A direção é do britânico Chris Cunningham, que fez vários clipes do Aphex Twin e a obra-prima All is Full of Love, da Bjork.


3. Rain

Ela tá de cabelinho preto curtinho, no meio da comunidade japa. Rain é um dos vídeos mais sofisticados da Madonna. Filmado completamente em preto e branco e colorido artificialmente pra dar aquela tonalidade azul maravilhosa, o videoclipe mostra a artista em várias poses reflexivas, lidando com o drama que é viver um amor não correspondido. A direção é do Mark Romanek, que já fez clipe pra todo-artista-pop-que-você-conhece-no-mundo.


2. Justify My Love

As primeiras posições não poderiam deixar a desejar. Esse é lindooooo! Mais uma obra-prima em forma de clipe. Madonna conseguiu ser extremamente sexy e ousada num clipe cheio de fetiches e com todas as formas de amor. A direção é do francês Jean-Baptiste Mondino, que também fez o Don’t Tell Me. Na época, Justify My Love foi censurado pelas televisões. Nem a MTV topou exibir. Madonna lançou um VHS só com o clipe e vendeu horrores nos supermercados e bancas de revista.

Vendo o burburinho sobre o clipe, as emissoras decidiram exibir. Madonna fez questão de não cortar nada. O clipe como você vai ver está do jeito que a rainha do pop quis. No final, ela sai toda safadinha do “bordel” e o clipe manda o recado: “Pobre é o homem cujo prazer depende da permissão do outro”.


1. Vogue

Um dos melhores clipes da história dos videoclipes. Tá no mesmo patamar de “Thriller” de Michael Jackson. Dirigido por David Fincher (que depois chega para fazer Express Yourself e Bad Girl para Madonna), o vídeo é perfeitamente coreografada e iluminado.

A ideia é uma homenagem ao cinema e ao glamour dos astros e dos filmes da década de ouro de Hollywood. Só que Madonna fez isso com as gays negras, asiáticas e marginalizadas mais POC possíveis, numa época em que a comunidade LGBTQ sofria com o surto da Aids e o preconceito era muito maior que o de hoje. E a dança “voguing”, que todo mundo agora conhece por causa de “Pose”.

Sem Madonna, a música pop não seria porra alguma. Queremos mais 60 anos de Madonna. Como é bom viver na mesma época que ela. Todo mundo aprende. Todo mundo recebe arte provocativa com qualidade absurdamente boa. Rainha do pop mesmo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário