Há 30 anos, ninguém queria
falar sobre sexo e prazer. O mundo vivia uma outra pandemia, mas a rainha Madonna
mostrou que era possível. Na verdade, havia uma urgência. Quanto custa
entrar pra história? No caso do disco “Erotica”, o preço talvez tenha
sido peitar o conservadorismo e levar sua popularidade a diferentes extremos –
uma decisão que, por outro lado, cravou seu nome para sempre nos fundamentos da
música pop.
Para celebrar a data, Madonna
e equipe resolveram presentar os fãs com a remasterização de videoclipes da era
e, finalmente, a disponibilização de maxi-singles até então restritos a
formatos analógicos como o vinil, as fitas K-7 e o CD. Além de “Deeper and
Deeper”, “Bad Girl” e da própria faixa-título, que foram revisitadas a
fim de aprimorar a qualidade dos registros, a cantora compartilhou o EP “Bad
Girl”, que traz além das versões originais uma porção de remixes.
“Erotica”, o disco, chegou na companhia do livro “SEX” e trouxe uma Madonna destemida. Sob a persona artística de Dita Parlo, a cantora abordou de forma escancarada temas como o prazer sexual feminino, fetiches, liberdade e a necessidade de se investigar os próprios sentimentos. A epidemia de AIDS/HIV também foi um assunto abordado no projeto em letras como “Why Is It So Hard?” e “In This Life?”.
Controverso do início ao
fim, o LP rendeu ainda uma turnê mundial. Em 1993, a “Girlie Show Tour”
cruzou os oceanos e passou por países como Reino Unido, França, Japão e Brasil.
Por aqui, foram duas paradas com ingressos esgotados nos estádios do Maracanã e
do Morumbi.
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