Em
entrevista à BBC neste fim de
semana, Martin Scorsese disse que
pensou em topar um convite, digamos, inusitado. O cineasta revelou que foi
convidado pra dirigir o filme do Coringa,
lançado no último mês de outubro.
Na
entrevista, ele disse que pensou muito sobre o projeto ao longo dos últimos
quatro anos, mas que recusou por questões particulares.
“Decidi que não tinha tempo. Todd me disse
‘Marty, isso é seu’ e eu respondi ‘Não sei se quero’. Por motivos pessoais, eu
não quis me envolver, mas conheço bem o roteiro”.
O
cineasta também afirmou que a narrativa é uma “extensão de um parque de diversões” e que o Coringa não se enquadra na categoria “filmes de super-heróis”. Segundo
Scorsese, no momento em que recebeu o convite sua cabeça estava cheia de
incertezas – e o mais prudente foi não arriscar:
“É o desenvolvimento desse personagem para um
personagem de quadrinhos. Ele se desenvolve pra uma abstração. Isso não
significa que é uma arte ruim, só não é pra mim. Não são filmes fáceis de fazer,
há muitas pessoas talentosas fazendo um bom trabalho, gosto muito delas. Mas
realmente acho que é a extensão de um parque de diversões”.
Em
outubro de 2019, Scorsese esteve no centro de uma das situações mais
controversas do ano ao dizer que a Marvel
“não faz cinema”. Para o diretor, as
produções de super-heróis nada mais eram do que um parque de diversão e não
possuíam a devida profundidade.
À
ocasião, vários atores e diretores se posicionaram contrários e a favor de
Scorsese, fazendo com que a pauta fosse debatida por semanas a fio.
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