Eu tinha esperança em ver Lady Gaga diminuir a extensa e
cansativa fase de exposição da imagem para dar mais espaço a música, que mesmo
aqueles que não curtem muito seu estilo, sabem que ela faz de primeira
qualidade.
Recentemente li uma
resenha do Zeca Camargo sobre o novo
disco da cantora, o ARTPOP, onde
exaltou ao máximo os vocais, produção e letras, e pensei, deve ser realmente “o
álbum”. Baixei imediatamente e fui conferí-lo.
Foram cerca de quatro
audições para não escrever nada que fosse contra a extensa massa de “little
monster”, os fãs que manobram, com certa fúria, as opiniões e críticas de tudo
que a loira faz.
As críticas na maioria dos
portais vêm sendo publicadas com atraso. Eles temem fazer um texto pouco honesto
sobre o novo trabalho de Gaga. Penso que seja justamente esperando o resultado
das vendas e críticas dos gigantes dos Estados Unidos em relação ao disco.
Como disse, foram, cerca
de quatro audições e enquanto escrevo essa resenha o disco vem tocando mais uma
vez. Pois bem, vamos ao que interessa.
ARTPOP
não chega a ser um disco ruim. Segue uma linha harmônica com qualidade nas
letras e sons. Diria que um disco bom. O nível de algumas faixas não chega a
mostrar o que Lady Gaga tanto falou
nesses dois anos em que o material vinha sendo preparado. Segundo a revista
Billboard, o álbum vem se saindo bem nas vendas e pode debutar com 220 mil
cópias. Números inferiores ao do disco “Bionic”,
da Christina Aguilera, que debutou
com 260 mil cópias e é considerado pelos fãs de Gaga um flop.
O material abre com a
pouco inspirada “Aura”, que não ficou
legal nem no filme “Machete Kills”,
seguida por “Vênus”, provavelmente um
dos futuros singles de ARTPOP por
ser comercial, só que ineficiente para o álbum. Para não me perder no faixa a
faixa, vou logo a parte que interessa, já que parte dos fãs ainda não compraram
o material/ ou não se acostumaram com as músicas.
“Applause”, faixa título do disco, que se tornou um marco na
carreira da artista, estreou na Billboard e nas paradas do globo em posições
insatisfatórias, mostrando que o que seria uma volta com força total, com
planos para mudar o popart foi um tremendo fiasco. O fato é, ARTPOP não impressionou os críticos, e
agrada apenas aqueles fãs que não entendem muito de música.
Pensei que em termos
comerciais, a cantora se sairia bem pela quantidade de fãs espalhados pelo
globo. Só que parece que nem os littles Monsters se renderam ao álbum.
A coisa está tão preta que
a gravadora Insterscope Records vem estudando a possibilidade de cortar US$ 25
milhões de divulgação que a loira tinha para promover o material. Claro, tudo
isso pela baixa quantidade de vendas, que se comparada ao “Born This Way”, de 2011, que estreou com vendas superiores a 1
milhão de cópias, logo logo cairá no esquecimento.